Texto Argumentativo

Texto Argumentativo

Afinal de contas, o que é argumentar? Quando e como usamos esse

recurso linguístico? Toda vez que interagimos com outra pessoa, usamos

a argumentação. É por meio dela que buscamos persuadir ou convencer

o outro do nosso ponto de vista.

Segundo Platão e Fiorin (2001, p. 175), a argumentação é “qualquer

tipo de procedimento usado pelo produtor do texto com vistas a

levar o leitor a dar sua adesão às teses defendidas pelo texto”.

Uma ideia geral ganha mais credibilidade quando está acompanhada de

exemplos concretos e adequados.

Vamos, então, fazer um exercício. Leia o texto abaixo e identifique os

seguintes itens:

1. Tese

2. Argumentos

3. Conclusão

Segundo esses autores (p. 284), “argumenta-se não só com aquilo

que é necessariamente certo, mas também com o que é possível,

provável, plausível”. Para a argumentação ter sucesso, é imprescindível

que a tese seja desenvolvida com argumentos relevantes que

lhe deem sustentação e, ainda, que se use linguagem comum com o

auditório, o que dá clareza a tudo o que é dito.

De acordo com Patrick Charaudeau (1992, apud EMEDIATO, 2007, p.

160), para que exista argumentação, são necessários:

uma afirmação (proposição, tese) sobre o mundo que seja importante

para alguém e cuja legitimidade possa ser sujeita a controvérsia;

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Comunicação e Expressão

um quadro de problematização induzido pelo sujeito que argumenta

e que orienta a perspectiva na qual ele insere o problema levantado

em sua afirmação, tese ou proposição;

um sujeito engajado nesse questionamento e que desenvolve um

raciocínio problematizador para tentar estabelecer uma verdade

sobre a sua afirmação;

um outro sujeito que esteja interessado pela mesma afirmação, questionamento

e verdade, constituindo assim o alvo da argumentação. Este é

o interlocutor que precisa ser persuadido ou convencido.

Platão e Fiorin (2001, p. 284) definem argumento como “todo procedimento

linguístico que visa a persuadir, a fazer o receptor aceitar o

que lhe foi comunicado, a levá-lo a crer no que foi dito e a fazer o

que foi proposto”. Assim, pode-se dizer que se trata daquela frase ou expressão

que faz emitir, brilhar uma ideia.

Já para Wander Emediato (2007, p. 161), a base do discurso argumentativo

pressupõe a existência de posições contra ou a favor,