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Enxerto Gengival Livre

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Por:   •  3/4/2013  •  2.139 Palavras (9 Páginas)  •  1.136 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A estética tem sido muito preconizada ultimamente em nosso meio, por isso um cirurgião-dentista deve identificar e minimizar as alterações teciduais como a perda da papila interdental, recessão tecidual vestibular, defeitos do rebordo e perda de tecido queratinizado. Esse problema tem sido muito frequente na população, trazendo comprometimento funcional, estético e psicológico.

A recessão gengival consiste no deslocamento apical em direção a raiz dentária dos tecidos periodontais, dentre eles a gengiva. Este deslocamento provoca exposição da raiz, tornando-a passível de problemas, como por exemplo, cárie radicular e a hipersensibilidade dentária. Trata-se de um problema que se inicia com o tempo, sendo sua velocidade de evolução determinada pela intensidade das causas que serão discutidas. É mais encontrada em adultos e idosos, porém, podemos observar também, com menos frequência, em crianças.

Ela pode ocorrer em apenas um determinado dente ou em um grupo de dentes. Pode estar relacionado a vários fatores como inflamação gengival por placa bacteriana, trauma de escovação, posição dentária, quantidade insuficiente de mucosa queratinizada e assim não é possível associar isoladamente sua presença.

Várias técnicas foram desenvolvidas com o intuito de recobrir superfície radicular exposta,tais como: enxerto gengival livre; Retalhos posicionados lateralmente; Retalhos posicionados coronariamente Retalhos de dupla papila; Técnica de tecido conjuntivo com alta previsibilidade de sucesso.

2 PROPOSIÇÃO

Este trabalho tem por objetivo demonstrar a importância da terapia das recessões gengivais existentes através das cirurgias mucogengivais.

2 Revisão de Literatura

O enxerto de tecido conjuntivo subepitelial foi introduzido na periodontia por Tezel em 1975, objetivando aumentar a espessura do tecido queratinizado.

Recessão gengival consiste no deslocamento apical dos tecidos periodontais, dentre eles a gengiva provocando exposição da raiz radicular, tornando-a passível de problemas como a cárie radicular e a hipersensibilidade dentária.

Oliver, Brown e Loe (1998) relataram um estudo epidemiológico nacional dos Estados Unidos, onde se observou o parâmetro periodontal de recessão maior ou igual a 3mm em 15% da população, aumentando o índice em 0,5% dos 18 aos 24 anos, até 45% naqueles com mais de 65 anos, sendo que 3% de todas as áreas examinadas apresentavam esse grau de recessão.

Albandar e Kingman (1999) apresentaram os resultados da avaliação de 9.689 indivíduos na 3° Avaliação Nacional de Saúde e Nutrição, nos Estados Unidos, na qual foi observada a prevalência de recessão maior ou igual a 1mm em 37,8% dos casos e a extensão em 8,6% dos dentes.

O deslocamento apical da gengiva pode ocorrer por diversas causas, embora seja um problema multifatorial. Os estudos de Parffit e Mjor (1994) demonstram que, nos dentes em que havia maior dificuldade de higienização, houve maior acúmulo de biofilme bacteriano, gengivite, com maior gravidade e maior prevalência de recessão. Da mesma forma, Trott e Love (1966) encontraram cálculo em 25,5% dos casos de incisivos inferiores com recessão, sugerindo existência de um desalinhamento dentário.

Stoner e Mazdyasna (1980) realizaram um estudo sobre recessão periodontal em incisivos inferiores de indivíduos com 15 anos de idade. O índice de placa médio encontrado foi 1,0 para os casos com recessão e 0,8 para os casos sem essa alteração. Maynard e Wilson (1980) observaram que pacientes com recessão periodontal e mucosa alveolar no nível cervical apresentam desconforto na higienização do local afetado.

Traumatismo a partir da técnica de escovação errada, e força excessiva utilizada na escovação faz com que os tecidos gengivais se desloquem, expondo a raiz ao meio bucal.

Ainamo et al. (1986) Avaliaram estudantes na Finlândia, em uma localidade reconhecida como referência em qualidade de cuidados odontológicos e educação para saúde bucal. Os resultados sugeriram que o elevado índice de recessão encontrado nos jovens de 17 anos da casuística deveria ser mais atribuído à técnica de escovação do que propriamente ao acúmulo de placa ou desconhecimento sobre saúde bucal.

Tezel et al. (2001) reforçaram a ideia da influencia do trauma mecânico da escovação dentaria a ocorrência da recessão periodontal. Os autores examinaram 110 indivíduos sendo 55 destros e 55 canhotos. Os canhotos apresentaram maior índice de recessão do que os destros, sendo que as áreas de recessão nos canhotos se localizavam mais do lado esquerdo e nos destros do lado direito.

Forças inadequadas verticais ou laterais em um dente ou em um grupo de dentes fazem com que o ligamento periodontal perca sua inserção com a gengiva, promovendo o deslocamento apical dos tecidos gengivais sendo assim, ocorre quando o indivíduo tem problemas de oclusão, quando não há um contato correto entre os dentes.

Lindhe (1988) afirma que, o trauma oclusal representa alterações periodontais patológicas ou de adaptação, que podem acompanhar forças excessivas provenientes dos músculos da mastigação. Parffit e Mjor (1964) não encontraram correlação entre a quantidade de trespasse vertical e o grau de recessão nos participantes de suas casuísticas, enquanto Trott e Love (1966) mostraram que apenas 11,6% dos incisivos centrais inferiores com recessão apresentaram trauma nos movimentos excursivos. Harrel e Nunn (2004) concluíram que não havia relação entre as discrepâncias oclusais, oclusão traumatológica e a ocorrência da recessão periodontal. Estes autores ainda alertam que não há dados consistentes na literatura para comprovar a existência de tal relação.

Schoo e Van der Velden (1985) observaram que, em casos de recessão já instalada, a progressão da lesão independeria da largura da faixa de mucosa queratinizada remanescente. A eliminação do trauma pela escovação seria o principal fator para evitar o avanço do processo.

Restaurações e próteses insatisfatórias do ponto de vista funcional, ambas as situações criam uma dificuldade de higienização da área, promovendo o acúmulo de alimentos, formação da placa bacteriana e posterior inflamação dos tecidos gengivais, podendo resultar no deslocamento gengival. Outros fatores como o tabagismo e o bruxismo

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