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Escolhas De Vida

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Por:   •  31/10/2013  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  420 Visualizações

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Habermas e a formação de alianças

através do agir estratégico

Habermas (1987, 1989), através de sua Teoria da Ação

Comunicativa (TAC), analisa e estabelece formas de comunicação

por meio da linguagem. De acordo com a teoria habermasiana,

a evolução da linguagem tem ligação direta com a evolução da

sociedade e, conseqüentemente, das relações sociais.

Habermas (1987) baseia sua teoria em dois ambientes

de relações humanas, que são apoiados nas interações sociais

criadas e legitimadas segundo os interesses do coletivo e do

meio em que este opera. Estes dois ambientes são:

(a) O primeiro é o “mundo da vida”, no qual as formas de

relação seriam pautadas em leis universais de preservação

da vida e em interações espontâneas entre sujeitos,

subsidiadas pela cultura da sociedade à qual

pertencem. Esse ambiente se caracteriza por relações

entre sujeitos baseadas na “ação comunicativa”

(Habermas, 1987), sendo esta desvinculada de normas

de ação sistêmicas, segregadoras e estratégicas. A

interação entre indivíduos se dá com o objetivo de troca

de informações na busca por consensos, sem segundos

interesses, preservando seus valores fundamentais

culturalmente adquiridos.

(b) O segundo ambiente tem as formas de comunicação

baseadas na “ação estratégica”, é constituído pelos sistemas

dirigidos pelos meios poder (sistema político) e

moeda (mercado), e mantém uma relação de apropriação

e colonização com o mundo da vida. Tem como

princípio a obtenção de um comportamento útil para o

agente da ação da fala, por parte do ouvinte, numa

relação de desiguais, na qual um detém o domínio

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sobre o outro (Almeida, 2005). O ambiente profissional

estaria inserido no mercado e exige dos sujeitos

que ajam de acordo com formas estratégicas de comunicação.

Comentando a teoria habermasiana, Rouanet (1987,

p. 159) caracteriza a ação estratégica como:

Esse tipo de inter-relação se dá especificamente em ambientes

nos quais a relação entre os sujeitos é voltada para a

realização de ações secundárias à comunicação. Não consiste

numa troca de informações visando o consenso, mas sim, na

busca por um resultado interessante, do ponto de vista dos

objetivos pessoais de cada um.

Em relação a esse tipo de comunicação, Habermas

(1989, p.164) cita que:

Nota-se que esse tipo de ação recorre a posições de

disputa. Nesse ambiente, a prioridade dos interlocutores é a

“(...) de caráter social, mantém regras de escolha racional

e busca exercer influência sobre outros participantes.

Estabelece um mundo de relações de poder, mediado

por imperativos ou ordens, que devem ser seguidas pelo

interlocutor, procurando evitar sanções”.

“Na medida em que os atores estão exclusivamente orientados

para o sucesso, isto é, para as conseqüências do

seu agir, eles tentam alcançar os objetivos de sua ação

influindo externamente, por meio de armas ou bens,

ameaças ou seduções, sobre a definição da situação ou

sobre as decisões ou motivos de seus adversários. A coordenação

das

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