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Expressões Da "Questão Social" No Passado E Na Atualidade

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Por:   •  7/11/2013  •  1.184 Palavras (5 Páginas)  •  4.750 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Tendo em vista que a questão social está carregada de influências históricas, políticas e culturais, e que se configura por uma questão estruturante de relações sociais desiguais que se caracteriza pelo sistema capitalista, o presente trabalho tem como objetivo elucidar os impactos trazidos pelas mundas das expressões da questão social do passado e dos dias atuais.

DESENVOLVIMENTO

A Questão Social surgiu na Europa Ocidental do século XIX, designando o fenómeno de pobreza crescente entre os membros da classe operária. Devido a industrialização e a urbanização, gerando para classe trabalhadora condições de vida precárias, como também conscientizou essa mesma classe a lutas a favor dos seus direito.

O Brasil em 1930 passa nesse período por um declínio na sua produção de riqueza agrária e agrícola, iniciando o desenvolvimento industrial. Nesse processo de transição, as pessoas residentes nas regiões agrícolas e rurais migram para os centros industriais em desenvolvimento. Onde os trabalhadores são cada vez mais explorados e se evidencia um crescente acúmulo do capital por parte dos detentores dos meios de produção, o que propicia uma organização por parte do proletariado, em busca de melhorias nas condições de trabalho e vida. Para a burguesia e para os detentores do meio de produção, isso configurou uma ofensiva ameaça aos valores morais e éticos da sociedade.

Não podemos dizer que a questão social é algo natural, ao contrário, trata-se de uma construção sócio histórica que se manifesta de diferentes modos diferentes locais e períodos. Visto que problemas em sociedade sempre existiram, mas a questão social surge quando há uma reflexão, uma problematização, um confronto político de interesses antagônicos originadas no conflito capital-trabalho.

A questão social é única, porém se manifesta em inúmeras expressões: o desemprego, o analfabetismo, a falta alimentação, moradia, saúde, etc,

Desse modo, diante das mutações ocorridas no sistema capitalista atual, haveria o surgimento de uma “nova” questão social. Nova por romper com o período capitalista industrial e por “metamorfosear”, parafraseando (Castell, 1998), a velha questão social que surgiu para dar conta do fenômeno do pauperismo mais evidente na historia da Europa Ocidental, que experimentava os impactos da primeira industrialização no século XIX (Netto, 2001).

O autor entende que a questão social emerge no século XIX, mas que hoje temos uma nova versão da questão social (PASTORINI, 2010).

Desde a década de 1990 e até os dias atuais a sociedade brasileira vive e sofre processos de transformações econômicas e no mundo do trabalho, políticas, sociais, culturais e simbólicas em ritmo acelerado.

As manifestações da questão social, em cada momento histórico, assumem determinados contornos, mas se renovam, se ampliam e se tornam mais e mais complexas, com novas contradições que remetem, em última instância, a problemáticas particulares e desafiantes para o seu enfrentamento pela via exclusiva do acesso a benefícios vinculados à inserção produtiva no mercado de trabalho.

Nos dias atuais a Questão Social muito mais complexa do que no inico do século XIX. Segundo (Pereira, 2001) afirma que não há uma nova Questão Social, porque a questão social tem ênfase com o surgimento do capitalismo e essa base é a mesma até os dias atuais, o que temos são novas expressões. Ou seja, uma nova roupagem as “velhas questões”.

Na atualidade essas expressões da questão social está cada vez mais nítida e presente na sociedade, gerando números maiores de desemprego, analfabetismo, falta de moradia, saneamento básico, fome, violência, desigualdade social.

Onde são poucas famílias que tem direito aos serviços públicos, como: escolas, saúde, creches, saneamento, tornando a sociedade mais vulneráveis. Tendo um número considerável de famílias e comunidades que vivem em condições precárias, gerando assim uma qualidade de vida duvidosa.

Para tentar amenizar essas expressões foram criadas ONGs como respostas privadas às expressões da questão social, aparecendo como:

[...] referência no campo das práticas emergentes proliferando-se e também fomentando a cultura das iniciativas autônomas, por fora das instituições governamentais construindo uma antinomia entre eficácia pública e eficácia privada; em certa medida, surgem no cenário político e cultural, ao lado da também revalorizada rede de atividades filantrópicas, a revalorização do privado, do voluntarismo político e do apoliticismo (MOTA, 2000, p. 102).

Entretanto, a abrangência é limitada, as condições estruturais são pequenas, os recursos disponíveis são escassos, os projetos

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