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O Paper Ozonioterapia

Por:   •  21/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  4.387 Palavras (18 Páginas)  •  134 Visualizações

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Utilização do ozônio na sanitização alimentar: opção no combate a microrganismos e resíduos

Ayelen Sol Carla Ceballos

Rosangela Kazue Takagi

Solange Max

Vitor Deivisson Brito Paredes

Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI

Biomedicina (BBI0208) - Seminário Interdisciplinar

16/03/21

RESUMO

A

Palavras-chave: ozônio; sanitização; cloro; alimentos; microrganismos, úlceras, medicina.

1 INTRODUÇÃO

        A sanitização dos alimentos é uma etapa fundamental antes que os mantimentos cheguem aos mercados e mesas da sociedade. Portanto, compreendendo que alimentos podem conter uma variedade de microrganismos, além dos resíduos agrotóxicos, instrumentos desinfetantes se fazem absolutamente necessários para a mitigação de potenciais efeitos negativos a saúde humana. Tradicionais métodos como o uso do cloro tem se tornado questionáveis pelo perigos apresentados a natureza, ao homem e acerta de sua         real eficácia, por isso, o ozônio se apresenta como alternativa inovadora e eficiente na sanitização de diversos alimentos(SILVA et al.,2011).

A tecnologia tem adentrado com força no aprimoramento de técnicas que trazem soluções para um dos problemas que o mundo tem sofrido há anos, que é a deterioração microbiana dos alimentos, tanto nos processos de produção, estocagem e distribuição o qual traz consigo a perda desses alimentos em grande escala e em curto período de tempo. Fatores intrínsecos como as características peculiares que cada alimento possui, como a atividade da água (aw), a acidez ou pH, o potencial de oxirredução (Eh), a composição química (presença de nutrientes), conduzem naturalmente a proliferação desses microrganismos (PINTO,LANDGRAF,FRANCO,2019),. E fatores extrínsecos como a temperatura, umidade relativa de equilíbrio, a atmosfera gasosa e higiene do local em que esses alimentos estejam submetidos podem favorecer a produção exacerbada desses, levando a degradação dos alimentos e contaminação nos seres humanos acarretando doenças e até mesmo a morte (PINTO,LANDGRAF,FRANCO, 2019). A escolha de um agente desinfetante eficaz para a realização do processo de desinfecção de alimentos é primordial para que tal processo seja exitoso.

O cloro é um produto constantemente utilizado durante a sanitização de vegetais, e ele tem estado em discussão por conta dos aspectos prejudiciais que pode trazer, além da sua verdadeira efetividade. Em meio a essa problemática está o ozônio, este tem se mostrado uma opção inovadora mais eficaz que o cloro e demais desinfetantes, observado a sua alta oxidação e pela capacidade de purificação da água (WYSOK et al., 2006). Há um debate e a realização de um comparativo do ozônio com agentes frequentemente utilizados para sanitização, acerca dos efeitos que estes podem causar a natureza, ao organismo humano, ou como estes podem comprometer a vida útil dos alimentos, ou o estado destes durante sua distribuição, o presente trabalho também alerta aos cuidados e protocolos a serem tomados para o eventual uso da ozonização como estratégia de descontaminação dos alimentos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A origem e estrutura físico-química do ozônio

                      A decomposição dos alimentos provinda dos microrganismos tem gerado uma problemática para as indústrias e com o objetivo de aumentar a vida útil dos alimentos para o consumo, evitando assim o desperdício, o estudo sobre a utilização do ozônio ao combate dos microrganismos tem sido realizado (SILVA et al., 2011). Nos Estados Unidos foi adotado seu uso nas indústrias alimentícias sem restringência. No Brasil, a aplicação do ozônio com essa finalidade ainda é limitada, não havendo ainda uma legislação específica para o seu uso em alimentos (CHIATTONE, TORRES & ZAMBAIAZI, 2008). Segundo Gonçalves (2011), na indústria do pescado no Brasil, iniciou-se sua utilização em fase de experimento e o resultado tem sido animador.

                  A ação do ozônio como agente germicida obteve notoriedade no final do século XIX, na França, quando começou a ser utilizado como desinfetante nas Estações de Tratamento de Água (ETA) (COURACCI FILHO et al., 2003; DA SILVA et al., 2011). O estudo e aplicação do ozônio tem crescido amplamente, principalmente no que se refere como agente oxidante, bem como para desinfecção em tratamento de águas superficiais durante o processo da produção de água potável no continente europeu, nos Estados Unidos, tem crescido consideravelmente o seu uso como um pré-oxidante. (MONDARDO, SENZ & MELO FILHO, 2006). Os Estados Unidos declararam o ozônio como uma substância segura para a aplicação em alimentos durante os anos 90, como aborda Silva (2014, p.16): “Apenas nos anos 90, os Estados Unidos afirmaram o ozônio como uma substância GRAS para aplicação direta em produtos alimentícios”. (SILVA, GONÇALVES, 2014, p.16)  A descoberta do ozônio foi realizada pela primeira vez, por Christian Friedrich Schönbein, em 1839, durante o estudo acerca da decomposição eletrolítica da água. A identificação da composição triatômica do ozônio foi identificada, a qual contém apenas oxigênio, ocorreu duas décadas depois de sua descoberta. (SILVA, GONÇALVES, 2014).  

Figura 1 - Principais propriedades físico-químicas do ozônio.

[pic 1]

Fonte: (Pirani, 2010)

De acordo com Silva et al (2011): “O ozônio apresenta massa molar de 48 Da e condensa a -111,0 ◦C”. (SILVA et al., 2011, p.662) A seguir, a tabela apresenta as propriedades físico-químicas do gás.

Tabela 1 – Principais propriedades físico-químicas do ozônio.

[pic 2]

Fonte: Adaptado de Silva et al (2011) e Freitas-Silva et al (2013b) 

             Na região da estratosfera o ozônio é formado de forma natural quando a radiação ou energia elétrica age sobre o oxigênio. Outro aspecto a ser observado é a formação de ozônio na troposfera, em pequenas quantidades, como aborda Silva et al (2011): “Uma pequena quantidade de ozônio também é formada na troposfera como subproduto das reações fotoquímicas entre hidrocarbonetos, oxigênio e nitrogênio que são lançados por automóveis, indústrias, florestas e ação vulcânica” (SILVA et al., 2011, p.663). Embora, o gás que é produzido se mostre instável e sua decomposição no ar seja rápida.

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