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Organização Social E Indicadores Socioeconômicos No Brasil

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Por:   •  31/5/2014  •  790 Palavras (4 Páginas)  •  343 Visualizações

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Influência de variáveis socioeconômicas e de saúde materno-infantil sobre os níveis de retinol no colostro humano

Durante a gestação, a ingestão e as reservas hepáticas de vitamina A maternas são fundamentais para garantir a transferência placentária desse micronutriente para o feto, representando a primeira fonte desse nutriente16. A média de ingestão de vitamina A observada em mulheres gestantes de países em desenvolvimento (660 µgRE/dia) é inferior à metade da encontrada entre os países desenvolvidos (1.540 µgRE/dia)17. Em gestantes atendidas na rede pública do Rio de Janeiro, a ingestão média de vitamina A foi de 2.692 µgRE/dia18, enquanto que em populações carentes de Campinas (SP), foi encontrada uma média inferior à dos países em desenvolvimento19. Neste estudo, foi encontrado um consumo médio de vitamina A adequado, similar ao encontrado por Ortega20, apesar de a maioria das nutrizes pertencerem ao grupo de baixa condição socioeconômica. Porém, apenas 55% das mulheres tinham um consumo suficiente desse micronutriente para atender suas necessidades (770 µgRE/dia, DRI 2001), fato também encontrado por Moura21 em São Paulo, indicando o baixo consumo populacional de alimentos ricos em vitamina A.

A condição socioeconômica materna tem sido apontada como fator associado à concentração de vitamina A no leite. Newman17 constatou que o nível desse nutriente é inferior no leite de nutrizes de países em desenvolvimento quando comparado aos de mulheres de países desenvolvidos. Estudos com mulheres suecas e etíopes, não-privilegiadas e privilegiadas, encontraram valores de retinol de 40 a 53,2 e de 28,3 a 33,2 µgRE/100 ml, respectivamente22. A renda também afetou a concentração de retinol no leite de nutrizes em Bangladesh23.

No Brasil e em alguns países da América Latina, a carência de vitamina A é considerada um problema de saúde pública com grande freqüência de manifestações subclínicas24. Essa situação está presente nas populações com ingestão habitual próxima às necessidades basais ou abaixo das recomendações, tornando-se preocupante em situações particularmente críticas durante os períodos de crescimento e desenvolvimento, como na gestação e na lactação. A deficiência subclínica de vitamina A, comum em nossa região, mascara a real condição clínica sem evidenciar os sintomas de hipovitaminose A. Talvez essa seja a explicação para a ausência de correlação entre a baixa condição socioeconômica materna e a concentração de vitamina A no leite encontrada em nosso estudo. A renda e a escolaridade, além de não afetarem os níveis de retinol do colostro, ainda apresentaram uma inversão na expectativa dos resultados, com média mais baixa em mulheres de renda ou escolaridade mais altas. Esse fato também foi observado por Vitolo et al.19 em mulheres de Campinas. Entretanto, os estudos onde houve influência da condição socioeconômica materna sobre a concentração de vitamina A no leite foram realizados principalmente em populações vivendo em pobreza extrema, com alta freqüência de manifestações clínicas de hipovitaminose A.

Além disso, o valor médio de retinol no colostro foi 93,1+51,1 µg/100 ml, estando de acordo com os níveis encontrados por Macias25 em mulheres cubanas. Ao adotarmos os pontos de corte já mencionados, observamos que apenas

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