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Resenha - Filme "Uma Verdade Inconveniente"

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Por:   •  18/11/2014  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  927 Visualizações

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ATPS Química Ambiental – Resenha dos Filmes

Embora atualmente o tema “Aquecimento Global” seja recorrente em todos os meios de comunicação, ele ainda é apresentado como se todas as opiniões fossem unânimes e não houvesse discussões no meio científico. Porém, trata-se de um assunto bastante controverso, que gera linhas distintas de discussão e defesa. Os filmes “Uma Verdade Inconveniente” e “A Grande Farsa do Aquecimento Global” apontam essa discussão por pontos de vista antagônicos.

“Uma Verdade Inconveniente”, que tem como um dos autores o ex-presidente norte-americano Al Gore, defende a ideia de que estamos à beira de um apocalipse causado pelo acúmulo de CO2 na nossa atmosfera. O filme, que traz uma carga emocional exagerada, contando histórias sobre a família do ex-presidente, sobre quando era criança vivendo em uma fazenda, tenta atrair a atenção das pessoas mostrando como Al Gore é uma pessoa comum que se preocupa com um mundo melhor para as futuras gerações – incluindo seus filhos.

Nesse documentário, embora em alguns pontos apareçam vestígios de pesquisas científicas ou algum tipo de estudo que foi elaborado, a mensagem principal não é pautada em ciência. Ele traz um tom mais apelativo, mesmo utilizado pelos grandes veículos de comunicação, afirmando que algo precisa ser feito para diminuirmos a quantidade de dióxido de carbono que emitimos. Contudo, não toca em pontos fundamentais, como o que poderia ser feito pelas grandes nações, alternativas às tecnologias hoje utilizadas e etc.. Também não deixa muito claro quais foram os parâmetros utilizados para a conclusão de que o CO2 é o nosso grande vilão.

Se partirmos da premissa de que essas emissões precisam ser diminuídas, é plausível esperar que os governos tomem medidas urgentes para evitar que o planeta chegue a essa catástrofe já calculada. Se os gases responsáveis pelo aquecimento são oriundos principalmente da queima de combustíveis fósseis, é preciso que as atividades que geram esses gases sejam diminuídas imediatamente.

Porém, aqui existe um impasse, pois para os países diminuírem a emissão desses gases implica em desacelerar seu crescimento – as indústrias precisariam diminuir sua produção, uma vez que a tecnologia empregada hoje ainda não contempla uma baixa emissão de gases. Mesmo para os países já desenvolvidos, que por esta teoria são responsáveis por grande parte da situação atual, a diminuição dessas emissões também significaria desacelerar em alguns setores. Os EUA, por exemplo, que emitem cerca de 20% do CO2 lançado na atmosfera, não aceitaram os termos do protocolo de Kioto, já que aplica-los faria com que as petrolíferas norte-americanas, por exemplo, corressem o risco de se tornar menos competitivas no mercado.

Opostos a isso, estão os países africanos, por exemplo. Mais pobres, com uma indústria bastante precária, sofrem com problemas para a geração de energia – que não podemos comparar a casos esporádicos de “apagões” como ocorrem no Brasil.

O documentário traz ainda uma ideia de que as pessoas que são contra essa hipótese do CO2 agem como verdadeiros inimigos do nosso planeta.

Vale mencionar ainda que trata-se de um filme que foi produzido em um país às vésperas de uma eleição, cercado de ideias políticas.

Do outro lado temos o documentário “A Grande Farsa do Aquecimento Global”, que desde o primeiro momento faz questão de apresentar os seus idealizadores, que são cientistas das mais renomadas instituições do mundo. Tais cientistas, normalmente não são citados nos meios de comunicação em massa, levando o grande público

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