Teoria Das Relações Humanas

A Teoria das Relações Humanas surgiu como oposição à Teoria Clássica, pois através dela a ênfase deixou de ser dada ao trabalho propriamente dito e à estrutura organizacional, e passou para as pessoas que trabalham e participam da organização. Esta teoria impulsionou a abordagem humanística através do desenvolvimento das ciências sociais, como a psicologia.

A partir de então, o homem deixa de ser visto apenas como um instrumento de produção e o seu lado pessoal passa a ser considerado importante para o desenvolvimento da organização, e então as ações dentro das fábricas passam a ser voltadas para a satisfação dos operários.

As quatro primeiras décadas do século XX foram marcadas pela Teoria Clássica que defendia uma administração preocupada com o método de trabalho e as tecnologias usadas no meio empresarial e industrial. A aceitação dessa teoria não era total, obviamente se notava que o foco estava no ganho da elite industrial, enquanto os empregados sofriam exploração para o alcance desse objetivo.

A Teoria das Relações Humanas teve o surgimento originado da necessidade de um entendimento mais humanizado do trabalho. Segundo Sampaio a “Teoria das Relações Humanas determinou que as pessoas são motivadas pela necessidade de aprovação e reconhecimento social nas atividades grupais sociais em que convivem” Ela possui quatro principais fatos que caracterizam a sua origem:

1. A necessidade da substituição da Teoria Clássica americana que defendia conceitos de rigidez, por conceitos mais humanizados e democráticos na administração de pessoal.

2. A aplicação do estudo das ciências humanas principalmente em indústrias, começou a tornar irrelevante a Teoria Clássica.

3. O humanismo da administração que recebeu colaboração das ideias de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin.

4. A experiência de Hawthorne foi uma das principais influências para a Teoria das Relações Humanas, ela foi realizada entre 1927 e 1932 e coordenada por Elton Mayo.

2.1. A experiência de Hawthorne

No ano de 1927, na fábrica de Hawthorne em Chicago iniciou-se uma experiência que pretendia alcançar um resultado sobre quanto a iluminação podia influenciar na eficácia dos trabalhadores. Anexo a isso, ainda foram feita experiências que levavam em consideração a condição de trabalho, a fadiga, acidentes de trabalho e a rotatividade em relação à produtividade.

Na primeira fase da experiência de Hawthorne separaram-se dois grupos que realizavam o mesmo trabalho, enquanto um grupo trabalha com luz intensa todo o tempo o outro possuía luz com intensidade variável. Nessa fase verificou-se a questão psicológica fortemente manifestada, já que os trabalhadores se sentiam obrigados a trabalhar mais no momento em que luminosidade era melhor. Dessa forma, identificou-se que os operários mostram-se menos eficientes de acordo com o fator psicológico.

No ano de 1927 iniciou-se a segunda fase da experiência de Hawthorne. Nesta fase 5 moças que montavam os relés e mais uma operária que fornecia as peças para as 5 era o grupo experimental observado. As trabalhadoras sabiam que estavam participando de uma pesquisa para estabelecer possíveis mudanças nas condições de trabalho como intervalos, lanches e