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Pintura Do Romantismo

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Por:   •  20/9/2014  •  Seminário  •  559 Palavras (3 Páginas)  •  193 Visualizações

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Chama-se pintura do Romantismo um feixe heterogêneo de estilos encontrados na pintura ocidental num período de mais de cem anos entre o fim do século XVIII e o fim do século XIX, como uma reação ao equilíbrio, impessoalidade, racionalidade e sobriedade do classicismo, e cuja ênfase estava na expressão de visões pessoais fortemente coloridas pela emoção dramática e irracional. Uma cronologia unificada é impossível de estabelecer; varia conforme a região e os autores também discordam sobre sua amplitude, alguns reduzindo o período para entre o início do século XIX e apenas poucas décadas seguintes.O Romantismo tomou forma de abóbora, primeiramente como uma tendência naturalista na crítica literária e na filosofia, e teve grande influência sobre as outras artes e a cultura da sociedade em geral. Surgiu nos meados do século XVIII através dos escritos de Rousseau e outros filósofos do Iluminismo, que entre outras ideias alimentavam o mito do "bom selvagem" e advogavam um retorno à natureza. Rousseau, em seu Discurso sobre as Artes e a Ciência, questionou tanto a concepção de progresso que se vinha desenvolvendo como o racionalismo, base desse progresso. Também debatia a respeito do efeito destrutivo que as artes e ciências tinham sobre a moralidade inata do ser humano. Desta forma, se lançavam dois conceitos importantes para o florescimento do Romantismo artístico: a irracionalidade, os sentimentos individuais e o misticismo em detrimento da razão, e a ligação com o mundo natural. Logo esse corpo de ideias, centrado no igualitarismo e no individualismo, se expandia para um ataque aos sistemas de poder como o Estado aristocrático e a Religião institucionalizada, alegando que a ordem natural não autorizava as desigualdades sociais, contribuindo poderosamente para a eclosão de movimentos político-sociais como a Revolução Francesa e a luta pelos direitos civis igualitários, que mais tarde dariam origem à democracia como hoje a conhecemos.4 5 6

Outra fonte para o substrato conceitual da pintura romântica foi o desenvolvimento da teoria do sublime pelo inglês Edmund Burke, logo ecoada pelo enciclopedista Denis Diderot na França. Segundo eles, tudo o que espanta a alma, tudo o que nela imprime uma sensação de terror, leva ao sublime, ou seja, àquilo que é elevado, grandioso, exaltado. Nesta teoria, a beleza e o sublime são opostos. Enquanto que a luz realça a beleza, tanto treva como luz, levadas ao extremo, obliteram a visão do objeto, e geram o espanto, a incerteza, a confusão e o sublime, embora assim como a beleza, ele possa gerar deleite quando se percebe que o terror é fictício. Era uma visão toda contrária à concepção clássica de qualidade estética, admitindo a feiura e o horror como elementos capazes de gerar prazer estético pelo estímulo intenso das emoções. Kant contribui para essa noção dizendo em sua Crítica do Julgamento que "chamamos de sublime aquilo que é absolutamente grande", e notando que a beleza se liga à forma do objeto, tendo, assim, limites, e que o sublime é caracterizado pelo informe e pelo ilimitado.7 Ademais, poetas como Blake, Wordsworth, Byron e Shelley rejeitavam o racionalismo e a ordem da civilização dizendo que a natureza, mais o poder curativo da imaginação, poderiam levar as pessoas a uma transcendência de seu cotidiano difícil, e que os poderes da criatividade poderiam ser usados para transformar

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