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Surrealismo

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Por:   •  25/5/2014  •  Tese  •  1.978 Palavras (8 Páginas)  •  342 Visualizações

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Surrealismo

O Surrealismo foi um movimento artístico iniciado na França na década de 1920, entre o período da Primeira e da Segunda Guerra Mundial. Foi influenciado significativamente pelas teses psicanalíticas de Sigmund Freud, que defendia a importância do inconsciente na criatividade do ser humano. Segundo Freud, o artista deveria deixar os padrões racionais, morais e comportamentais impostos pela sociedade e dar vazão aos sonhos, permitindo assim a manifestação das informações advindas do inconsciente; já que esta mesma razão foi o fator causador de tanta destruição na Primeira Grande Guerra. O marco inicial do Surrealismo foi a publicação do Manifesto Surrealista em 1924, obra em que André Breton fixa as principais características do movimento : ausência de lógica, exaltação de uma realidade maravilhosa. Embora o Manifesto estivesse focado na literatura, as realizações mais importantes do Surrealismo se deram nas artes visuais. Os poetas surrealistas, além de rejeitarem os valores impostos pela burguesia, irão criar obras com conteúdo fundamentalmente contrário à lógica. No início de 1930, década conhecida pela expansão do movimento pelo mundo, o grupo surrealista publicou a revista Surrealismo a Serviço da Revolução, obra que demonstra o flerte que houve entre o movimento surrealista e os ideais marxistas de revolução. Em verdade, o movimento tentava uma síntese entre a teoria política de Marx e o método psicanalítico de Freud. Considerava a expressão das fantasias reprimidas a base da revolução: através delas seria possível derrotar o capitalismo. Mas foi apenas um flerte. Moscou exigia total fidelidade e subordinação da arte aos propósitos do Estado, o que não combinava nem um pouco com o ideal de liberdade desejado pelos surrealistas. Liberdade para criar e se expressar sem qualquer tipo de repressão ou censura, seja ela interna ou externa. O objetivo era uma profunda revolução psicológica, e não “apenas” uma tentativa de mudar a sociedade nos aspectos políticos e econômicos. Embora grande parte dos artistas simpatizasse com o comunismo, isso não foi uma regra. Salvador Dalí, por exemplo, declarou abertamente seu apoio ao Franquismo, e também não fez questão de esconder sua admiração por Hitler. Artistas, cineastas e dramaturgos do mundo todo absorvem em suas obras os traços do surrealismo. Oficialmente, o Surrealismo acabou em 1945. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o expressionismo abstrato ganhou força. André Breton, contudo, continuou fiel aos ideais surrealistas até sua morte, em 1966. Muitos outros artistas também continuaram - e continuam - a produzir trabalhos com o espírito surrealista até os dias de hoje.

Principais Artistas Surrealistas

Salvador Dalí

Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech nasceu em 11 de maio de 1904, na cidade espanhola de Figueres (Catalunha). Foi um dos mais importantes artistas plásticos (pintor e escultor) surrealistas da Espanha. Dalí teve grande influência da pintura romântica na juventude, mas a descoberta das teorias de Freud e os pintores metafísicos como Giorgio de Chirico fizeram uma grande diferença em seus trabalhos futuros. Criou o chamado método “paranóico-crítico” - representações delirantes e alucinatórias do pintor, que fazia dele uma personalidade pitoresca. Suas obras em pintura, das quais podemos destacar "Persistência da Memória" de 1931, são quase sempre representações de um universo onírico e bizarro, porém, com uma qualidade artística extraordinária.

Max Ernst

Max Ernst nasceu no dia 2 de abril de 1891, Brühl, Alemanha e morreu no dia 1 de abril de 1976, Paris. Foi um pintor alemão. Ele aprendeu a pintar sozinho enquanto estudava Psiquiatria e Filosofia na Universidade de Bonn, copiando pinturas de Van Gogh. Ernst pintou em duas e três dimensões e abordou muito o mundo dos sonhos e da imaginação. Ao conhecer André Breton em 1922 adentrou para o movimento surrealista. Em 1912, Ernst apresentou sua primeira mostra de arte chamada Sounderbund, na galeria Feldman, colônia, sua cidade natal. Apesar de ter lutado na Primeira Guerra Mundial, nunca deixou de pintar. Ernst junto com Hans Arp, fundou em 1919 o

grupo Dada (dadaísmo) que tinha a proposta de destruir todos os valores estéticos vigentes da época, uma reação contra uma sociedade moralmente destruída pela guerra. Max Ernst foi um artista bem versátil, publicou livros de poesia ilustrados e, em 1929, fez a colagem “A Mulher de 100 Cabeças” (La Femme 100 Têtes) , um ícone do surrealismo. Em 1930 interpretou um papel no filme “A Idade do Ouro”.

Joan Miró

Joan Miró nasceu em 20 de abril de 1893 em Barcelona. Na década de 1920 conheceu outros artistas surrealistas como André Breton. De 1925 a 1928, influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias. A pintura O Carnaval de Arlequim , 1924-25, inaugurou uma linguagem cujos símbolos remetem a uma fantasia inocente, sem as profundezas das questões surrealistas. No final de sua vida reduziu os elementos de sua linguagem artística a pontos, linhas, alguns símbolos e reduziu a cor, passando a usar basicamente o branco e o preto. Morreu em 1983, em Palma de Mallorca, na Espanha.

Antonin Artaud

Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud (Marselha, 4 de setembro de 1896 — Ivry-sur-Seine, Paris em 4 de março de 1948) foi um poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. O dramaturgo francês Antonin Artaud é o maior representante do surrealismo no teatro, através de seu teatro da crueldade. Artaud buscava, através de suas peças teatrais, livrar o espectador das regras impostas pela civilização e assim despertar o inconsciente da platéia. Um das técnicas usadas pelo dramaturgo foi unir palco e platéia, durante a realização das peças. Nas décadas de 40 e 50 os princípios do surrealismo influenciaram o Teatro do Absurdo. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário a filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowski e Eugenio Barba.

Giorgio de Chirico

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