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A Antropologia Nas Ciências Sociais

Por:   •  3/5/2021  •  Resenha  •  578 Palavras (3 Páginas)  •  169 Visualizações

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1ª Avaliação – Antropologia I

Prof.: Joana Miller

Monitora: Gleice Kelly Donato

Aluna: Luana Bastos

Questões a serem respondidas:

  • Questão 1 do Roteiro de Estudos do Roque de Barros - Discorra sobre a noção de cultura como uma lente que molda a nossa visão de mundo.

  • Questão 4 do Roteiro de Estudos do Laplatine - Como a Antropologia chega à constatação de que aquilo que acreditávamos ser natural é, na verdade, cultural?

Segundo Ruth Benedict, “a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo” (p. 67), em outras palavras, “o modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, resultado da operação de uma determinada cultura” (p. 68). Em decorrência disso, o ser humano irá apresentar comportamentos divergentes mesmo se utilizando do mesmo aparato biológico. Em tese, assim como ocorre com outros seres vivos, alguns comportamentos fisiológicos básicos deveriam ocorrer da mesma forma em todos os seres humanos por questões somáticas. No entanto, por conta do processo de endoculturação (aprendizagem constante de uma cultura por um indivíduo durante toda sua vida), esses comportamentos se apresentam de diversas formas em diferentes culturas pois eles são moldados por elas.

 Laraia cita alguns exemplos como o riso, o parto, a forma como se come, a própria escolha do que se come, entre outros. Tudo isso que consideramos como natural, na verdade, é condicionado pela cultura em que o indivíduo está inserido, assim, não é natural e sim cultural. Nesse contexto, o antropólogo francês Laplatine ressalta que essa diferenciação entre o que é de natureza e o que é de cultura, só é possível através do que ele chama de estranhamento, que é o encontro de duas culturas totalmente distintas. O choque que esse encontro causa é capaz de mudar a visão desses indivíduos sobre eles mesmos.

Diante das grandes diferenças entre suas culturas, eles poderão ter uma percepção mais focada sobre costumes e comportamentos cotidianos deles que antes, justamente por se passarem despercebidos, lhes eram naturais e agora, diante desse choque cultural, podem os constatar como algo de sua cultura. Quando percebemos essas diferenças culturais podemos enxergar que uma cultura não é capaz de representar toda a humanidade, no entanto, o indivíduo tem a tendência a julgar a dele como a “correta”.

Laraia destaca que as diferentes perspectivas de mundo de acordo com cada cultura têm como consequência a discriminação entre diferentes culturas. O homem vendo o mundo através de sua cultura tende a discriminar comportamentos estranhos (através do estranhamento de Laplatine), ou seja, o comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela sua cultura pois ele tem a tendência a estabelecer o seu estilo de vida como o mais correto e o mais natural. Essa tendência é denominada etnocentrismo e em seu pior cenário pode levar a disseminação de xenofobia, racismo e/ou julgamentos condenatórios sobre costumes de uma determinada cultura.

No âmbito desse contraste entre o que nos é semelhante e o que nos é estranho pode ser percebida essa tendência em diversos níveis. Por exemplo, dentro de um grupo como uma sociedade, temos a diferenciação por parentesco, assim, damos preferência e maior valorização aos nossos parentes. Quando a esfera vai além dos grupos, temos a tendência a fazer esse julgamento com base, por exemplo, nas nossas nacionalidades, assim, um brasileiro julgaria como melhor outro brasileiro, um francês outro francês, um estadunidense outro estadunidense e assim por diante.

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