AS METAMORFOSES DO MUNDO DO TRABALHO E SUAS IMPLICAÇÕES NO FAZER PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
Trabalho Escolar: AS METAMORFOSES DO MUNDO DO TRABALHO E SUAS IMPLICAÇÕES NO FAZER PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: geokarla • 31/1/2014 • 2.451 Palavras (10 Páginas) • 1.238 Visualizações
JUSTIFICATIVA:
O cenário que rege o mundo do trabalho, ao longo dos anos, tem passado por diversas transformações que mexeram profundamente não apenas com a estrutura econômica da sociedade, como também com a estrutura social.
A partir de tais transformações o mercado passou a exigir um trabalhador, antes de tudo, adaptado as novas condições de trabalho, caracterizadas pela flexibilização, desregulamentação e exploração do trabalho tanto no setor público quanto no privado.
No entanto, essa intensificação do sistema vigente limitou o campo do fazer do assistente social, onde se apresenta de forma complexa, uma vez que, o profissional busca superar o intenso quadro de exclusão, através da implementação e da aplicação plena das políticas públicas, onde tal qual possa definir o tipo de atuação e formulação, diante dos interesses da classe que vive da força de trabalho.
A partir desses fatores, nota-se uma forte limitação na atuação do assistente social. Essa limitação decorre do quadro de desestruturação do mercado de trabalho onde os profissionais da categoria também estão inseridos. Nesse complexo cenário o profissional de Serviço Social precisa enfrentar baixas remunerações, forte concorrência com outras categorias, relações contratuais sem o mínimo de estabilidade, dentre outros.
Nesse sentido, ganham barganha teórica e práticas novas concepções teóricas referentes a atuação profissional do assistente social diante de tantas transformações. Avaliando os desdobramentos de tais transformações na sociedade do capital, observa-se a necessidade de aprofundar investigações sobre os profissionais de Serviço Social e suas estratégias de atuação no contexto das metamorfoses do mundo do trabalho. Destacando como pressuposto essencial o aprimoramento profissional no enfrentamento da questão social a partir de tais transformações.
OBJETIVOS:
GERAL:
- Apreender as tendências e particularidades na atuação profissional do assistente social, no enfrentamento as metamorfoses do mundo do trabalho.
ESPECÍFICOS:
- Avaliar as implicações do processo de trabalho no Capitalismo, no cotidiano profissional dos assistentes sociais;
- Identificar de que maneira os assistentes sociais, têm buscado superar as limitações impostas pelo mundo do trabalho e suas metamorfoses;
- Contribuir para o aprofundamento da temática, aprimorando as estratégias de atuação do Serviço Social.
PROBLEMATIZAÇÃO TEÓRICA:
O mundo do trabalho, antes de tudo, se apresenta como uma temática ampla e de alta complexidade, colocando-se como chave principal do processo de reprodução da vida humana, consequentemente como um espaço onde ocorre uma intensa exploração dos trabalhadores que dependem da venda de sua força de trabalho para sobreviver. Estamos aqui nos referindo a um elemento central do sistema capitalista: o trabalho.
Conforme a transição do feudalismo para o capitalismo, as relações sociais que os homens estabeleciam no processo de produção e reprodução dos bens, foram apropriadas pelo capital. O trabalho então passou a ter outro papel na nova sociedade vigente o de ser materializado ou objetivado em valores de uso.
Diante disto, passou a ser atrelado ao processo de produção, exploração e dominação, através de mecanismos de expropriação do valor da força de trabalho excedente, ou denominado assim, de mais valia em que o capitalista se apropria de longas jornadas excessivas de trabalho ou mediantes a introdução de inovações tecnológicas (mais valia absoluta e relativa), onde de acordo com Marx (1974), apud Antunes (2011):
O capitalismo tem a tendência a reduzir ao necessário o trabalho vivo diretamente empregado, a encurtar sempre o trabalho requerido para fabricar um produto explorando as forças produtivas sociais do trabalho e, portanto, economizar o mais possível o trabalho vivo diretamente aplicado. (Marx, apud Antunes, 2011, p. 97).
O trabalho consiste em uma atividade que visa atingir determinado objetivo. Trabalhar é uma condição inerente a toda e qualquer sociedade. No trabalho o homem transforma a natureza em algum tipo de mercadoria. O trabalho é o exercício da capacidade humana de acrescentar valor as mercadorias. Conforme Netto (2007):
Na base da atividade econômica está o trabalho – é ele que torna possível a produção de qualquer bem, criando os valores que constituem a riqueza social. Por isso, os economistas políticos sempre concederam ao trabalho uma importância especial em seus estudos, (NETTO, 2007, p.29).
Força de trabalho representa a condição de realizar trabalho útil. É no processo de trabalho que o homem busca seus meios de sobrevivência. Sem condições de trabalhar o ser humano perde sua fonte de manutenção. O homem representa o principal elemento no processo das forças produtivas, por isto é o responsável por fazer a ligação entre a natureza, ás técnicas e os instrumentos. De acordo com Netto (2007) o trabalho é fundante do ser social.
O homem vive uma constante busca por satisfação de suas vontades e necessidades. Vale apena salientar que antes de possuir desejos – vontades - o ser humano possui necessidades fisiológicas, como por exemplo, a alimentação. A respeito disto Netto (2007) diz que:
[...] a satisfação material das necessidades dos homens e mulheres que constituem a sociedade – obtêm-se numa interação com a natureza: a sociedade, através dos seus membros (homens e mulheres), transforma matérias naturais em produtos que atendem às suas necessidades. Essa transformação é realizada através da atividade a que denominamos trabalho, (NETTO, 2007, p. 30).
O mundo do trabalho tem passado por transformações que abalaram profundamente a estrutura econômica, política e social da sociedade. Essas transformações são decorrentes de crises econômicas muito frequentes no sistema Capitalista. Nessas crises, a classe detentora do capital se ver ameaçada, daí realiza mudanças com o objetivo de manter o constante crescimento de suas riquezas.
Segundo Boschetti (2011), o período compreendido entre meados do século XIX e terceira década do século XX, é marcado pelo princípio do trabalho como mercadoria e regulado pelo mercado livre. Ou seja, é marcado
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