Desconstrução de Mito sobre violência contra mulheres
Por: Nilmara Caroline • 24/11/2018 • Dissertação • 647 Palavras (3 Páginas) • 357 Visualizações
Quando tratamos do assunto violência, muitas das vezes, relacionamos machucados e feridas á palavra, porém esta forma de caracterizar o termo não demonstra toda sua amplitude. A violência se dá de várias formas, podendo ser patrimonial, social, moral, psicológica e física inclusivamente.
A violência contra mulheres, em nosso país e em todo o mundo é um assunto bastante delicado que não recebe toda a atenção que deveria. Embasando-se em dados estatísticos, mostraremos o por que de tantos direitos infligidos que na maioria das vezes são silenciados pelas próprias vítimas.
Há vários mitos que circundam a sociedade, que se constituem de forma a internalizar o que as vezes a falta de informação aliada ao senso comum tendem a constituir o pensamento da mulher.
Um desses mitos, é a ideia de que uma mulher em situação de violência não se esquiva da própria por comodismo, ou seja, não se incomoda, por isso não denuncia o agressor.
O fato a ser analisado é que, não é a falta de “incomodo”, de certa forma, ninguém gosta de ser violentado, mas sim as condições que impedem a tomada de atitudes.
Dentre as condições para que a vítima se sinta impossibilitada de efetuar a denuncia, podemos listar algumas. Começaremos pela crença de que será a “última vez” e que o companheiro mudará. Esta forma de pensar, é o que na maioria das vezes faz com que as agressões se repitam, sempre a espera de que seja a última. Em pesquisa feita pelo DataSenado no ano de 2011, revelou-se que 11% das vítimas crêm nisso.
As condições de como criar os filhos sem o auxilio do companheiro também é um fator influenciador, pois revela a pesquisa feita pelo Instituto Avon em 2011 que 20% das mulheres em situação de violência temem este fator.
A falta de conhecimentos a cerca dos direitos acarreta em uma redução de denúncias, uma vez que o baixo nível de escolaridade está fortemente correlacionado. Uma mulher bem informada, consegue na maioria das vezes visualizar o leque de opções para uma vida independente, enquanto outras não têm esta mesma perspectiva. A pesquisa feita pelo DataSenado aponta que 12% das mulheres, em 2011 que não tinham informações sobre seus direitos não denunciavam.
Outra pesquisa realizada pelo Instituto Avon em 2011, aponta que existe uma parcela de 6% das mulheres que não denunciam por um motivo de difícil compreensão (pelo menos para o senso comum) a dependência afetiva pelo parceiro. Este tópico é difícil de ser julgado, já que temos de respeitar as vontades e sentimentos próprios de cada um.
Visitando várias fontes de pesquisa, o que pode se dizer que leva á anulação na maioria das vezes de atitude em casos de violência contra mulheres, sem dúvida é o medo do agressor. O medo aparece no topo de quase todas as pesquisas. O DataSenado em 2009 afirmou que 78% das mulheres que quando indagadas sobre o assunto, disseram que não denunciariam por medo. Em 2011 a porcentagem caiu para 68%, o que representa pouco avanço em dois anos, porém já é satisfatório saber que as mulheres já estão tomando um maior posicionamento.
Ao analisar os inúmeros fatores que impedem a realização de uma denúncia, podemos concluir que não é a falta de incomodo por parte da vítima que faz com que ela continue nessa situação, e sim diversas questões. Para desconstruir este mito é necessário que
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