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GUERRA DO PARAGUAI: UMA ANALISE REALISTA DO CONFLITO

Por:   •  21/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.148 Palavras (17 Páginas)  •  380 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

JÉFFERSON FELIPE ALVES DO NASCIMENTO

GUERRA DO PARAGUAI: UMA ANALISE REALISTA DO CONFLITO

Artigo apresentado no curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe como um dos pré-requisitos para a obtenção da nota parcial da disciplina de Teoria das Relações Internacionais I, sob a orientação do professor Júlio Cessar Cossio Rodrigues.

São Cristóvão -SE

Maio de 2016

GUERRA DO PARAGUAI: UMA ANÁLISE REALISTA DO CONFLITO

Jéfferson Felipe Alves do Nascimento[1]

RESUMO

        O presente artigo busca através de pesquisa bibliográfica, analisar a Guerra do Paraguai utilizando como ferramenta a teoria realista das Relações Internacionais, comparando dados entre os envolvidos de modo a descrever os fatos pela ótica do realismo com uma análise sucinta e detalhada, abordando as diversas características do momento histórico de conflito e também a capacidade da teoria realista de explicar o conflito.

        A teoria realista é abordada para que possa observar à implicação de seus conceitos e seu modo de analisar o conflito, o sistema, a busca pelo poder, o próprio poder como conceito e suas variações, além de evidenciar sua utilidade para o meio acadêmico e para a sociedade como ferramenta de interpretação da relação entre os estados, sua política, suas capacidades e fontes de poder, entre outros.

Palavras-chave: Guerra do Paraguai, Realismo, Relações Internacionais, Teoria Realista, Conflito.

ABSTRACT

        This article seeks through literature, analyzing the Paraguayan War using as a tool the realist theory of international relations, comparing data among stakeholders to describe the facts through optical realism with a succinct and detailed analysis, covering the various features of the moment history of conflict and also the ability of realist theory to explain the conflict.

The realist theory is used so you can observe the involvement of its concepts and their way of analyzing the conflict, the state system, the quest for power, power itself as a concept and its variations, and show its usefulness to academia and for society as a tool to interpret the relationship between the states, their politics, their capabilities and sources of power, and others.

Keywords: Paraguayan War; Realism Theory; International Relations; Conflict; Power Balance.

INTRODUÇÃO

        O texto tem como objetivo fazer uma analise da Guerra do Paraguai com a teoria realista das relações internacionais, sendo que ela é uma das mais importantes e que traz explicações reais do evento, ela tem como princípio a ênfase no Estado soberano, que é o ator mais importante do sistema internacional, que segundo Morgenthau é um sistema anárquico, ou seja, não existe um poder superior aos Estados que determine os comportamentos dos mesmos para que se possa obter ordem nas relações entre os entes soberanos.

         Os realistas tem o poder como um centro de analise, sendo dito que a relação entre Estado é uma relação essencialmente de poder, sendo o objetivo de todos os Estados soberanos preservar poder, aumentar poder e conservar poder (MORGETHAU, 2006), desse modo o poder é, para os realistas, uma premissa principal da teoria, sendo que o poder está em todos as ações do Estado.

        Neste artigo será analisado o conflito conhecido por Guerra do Paraguai, onde a teoria realista cabe de modo peculiar devido aos acontecimentos do conflito, entendendo o inicio do conflito como um desequilíbrio de poder entre os Estados, sendo o Paraguai guiado por Francisco Solano López, figura autoritária que detinha o poder e fazia do Paraguai uma potência que ameaçava seus vizinhos, além de invadir o território do Império Brasileiro, como uma tentativa de expansão.

        Para a teoria realista, a balança de poder é outro conceito importante para explicar as relações entre entes soberanos, de modo que elucide diversos comportamentos dos Estados, além de que a balança de poderes é uma das ferramentas para se chegar a paz mundial, sendo que o equilíbrio de poder trás estabilidade à anarquia.

        Entendendo a guerra do Paraguai como o maior conflito da América latina, que resultou em morte de mais de 70% da população do Paraguai e exterminou sua era de desenvolvimento e sua liderança no continente Sul-americano, de modo a trazer certo equilíbrio ao continente.

        Porém, tal equilíbrio veio de altos custos devido as perdas que sucedeu do conflito, entendendo que isso resultou na degradação do Paraguai, sua imersão em uma profunda crise na qual retirou todas as forças e formas de sobrevivência dos Estados, logo a tentativa de aumentar seu poder foi fracassada devido a força dos outros Estados que queria contudo conservar seu poder e também da Grã-Bretanha que tinha interesse no algodão e na abertura de mercado do Paraguai

UMA ANÁLISE REALISTA DA GUERRA DO PARAGUAI

        A teoria realista, uma importante vertente teórica das Relações Internacionais, faz parte do mainstream[2] de teorias da área, assim com toda a sua importância para a interpretação e analise da relação dos Estados no sistema internacional, a teoria será aqui utilizada para a análise.

        O realismo tem como premissa o poder e o pensamento racional do homem, Morgenthau ao teorizar o realismo, determinou seis princípios realistas das Relações Internacionais que foram, primeiro que “A política obedece a leis objetivas que são fruto da natureza humana e, por isso, qualquer melhoria social deve levar isso em conta” (SARFATI, 2005, p. 92), logo pode-se observar a natureza humana é presente nesta concepção, Segundo, “O interesse dos Estados é sempre definido em termos de poder” (SARFATI, 2005, p. 92), assim é possível identificar a importância do poder dentro da teoria realista, de modo que o poder é o motivador das relações, terceiro: “[...] destaca o poder como um conceito universalmente definido, mas cuja expressão varia no tempo e espaço” (NOGUEIRA, MESSARI, 2005, p. 34).

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