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Ideia De Ciência Como Conhecimento Crítico

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Por:   •  11/10/2014  •  799 Palavras (4 Páginas)  •  423 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

UNIDADE DE APRENDIZAGEM: TEORIA DO CONHECIMENTO

Prof. Joel Irineu Lohn, MSc.

Atividade de aprofundamento referente ao capítulo 01 do Livro didático da disciplina.

O texto abaixo foi extraído do livro:

CUNHA, José A. Filosofia: iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual, 1992.

A IDEIA DE CIÊNCIA COMO CONHECIMENTO CRÍTICO

Interessa-nos, finalmente, considerar em que consiste esse conhecimento novo, criado a partir de atitudes críticas e problematizadoras, conforme é anunciado por Sócrates em sua alegoria da caverna. Esse conhecimento novo é operado pelo logos, e a apropriação da realidade por ele realizada se chama, de um lado, filosofia, quando examina as bases de todo o conhecimento, e, de outro lado, ciência, quando se aplica à investigação das causas eficientes dos acontecimentos.

Ainda não é o momento de analisar com maior precisão a relação entre a filosofia e a ciência. Cabe, no entanto, acompanhar Sócrates, em outro diálogo de Platão, intitulado Teeteto, para ver como ele aplica a atitude crítica e problematizadora visando definir que conhecimento novo é este que procura. Sócrates, no trecho selecionado para leitura, parece concluir que esse conhecimento novo sobre o mundo, que constitui a ciência, consiste em interpretações conceituais, as quais os intérpretes têm boas razões para considerar como verdadeiras. O que não fica claro neste diálogo é em que condições uma interpretação pode ser considerada “verdadeira”. Mas a resposta desta questão somente será obtida com o nascimento dos métodos experimentais do século XVII.

O QUE É O CONHECIMENTO?

Sócrates – Mas, voltando ao início da discussão, como é que poderíamos definir ciência? Não vamos desistir da investigação, presumo eu.

Teeteto – De modo nenhum, a não ser que tu mesmo desistas.

Sócrates – Diz-me então qual a melhor definição que poderíamos dar da ciência, para não entrarmos em contradição conosco mesmos.

Teeteto – É exatamente a que procuramos dar, Sócrates. Da minha parte, não vejo outra.

Sócrates – Qual é ela?

Teeteto – Que opinião verdadeira é a ciência? A opinião verdadeira, parece, é infalível e tudo o que dela resulta é belo e bom.

Sócrates – Não há como experimentar para ver, Teeteto, diz o chefe de fila na passagem do rio. Aqui dá-se o mesmo: o que temos a fazer é avançar na investigação. Talvez venhamos a esbarrar nalguma coisa que nos revele o que procuramos. Se pararmos por aqui, é que não descobriremos nada.

Teeteto – Tens razão. Vamos em frente e examinemos!

Sócrates – O problema não exige um estudo prolongado, pois existe toda uma profissão que mostra bem que a opinião verdadeira não é a ciência.

Teeteto – Como é possível? Que profissão é essa?

Sócrates – A desses modelos de sabedoria a que se dá o nome de oradores e advogados. Tais indivíduos, com a sua arte, produzem a convicção, não entusiasmo, mas sugerindo as opiniões que lhes aprazem. Ou julgas tu que

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