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Marx e Bakunin

Por:   •  14/6/2018  •  Artigo  •  1.120 Palavras (5 Páginas)  •  156 Visualizações

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ARTIGO¹: Marx e o Anarquismo

Marcelo Carpes Dib

Theo Simon

Marx e o Anarquismo

     Para tratar do tema Marx e o Anarquismo iremos utilizar Bakunin, como referência da corrente anarquista, e Marx propriamente dito, relacionando e apontando as similitudes e divergências no que diz respeito a seus pensamentos teóricos e práticos a fim de estabelecer um paralelo entre as duas ideologias.  Iniciaremos definindo previamente as formas teóricas em Marx e em Bakunin.

Em Marx o Estado sempre foi o Estado da classe dominante que subordina as classes ditas inferiores em prol da geração de riquezas para si com o mínimo de retorno possível para elas. Definição está, fundamentalmente determinadora na visão do marxismo sobre a revolução socialista e as tarefas do proletariado depois da derrubada da burguesia.

Em Bakunin o anarquismo se caracteriza pela luta contra o Estado. Acredita que o Estado – esta instituição política que concentra todas as funções de governo, administração e repressão em nossa sociedade – é o responsável pela falta de liberdade do homem. O Estado, com suas forças armadas, suas escolas, suas leis, seus impostos, sua religião oficial etc., é a fonte de toda injustiça, desigualdade e miséria espiritual em que vivemos.

     Partindo das formas com que a revolução se dá em Marx, a estrutura da revolução nas lutas operárias, que resultam em uma série de movimentos sociais com a finalidade de desenvolver um processo revolucionário de socialização, dando a ele, o proletário, o poder, a sua própria existência, seu trabalho, tudo de igual para igual, diferentemente da “socialização” capitalista que distribui de cima para baixo. A associação é um elemento fundante na ação operária, designando um processo e projeto revolucionário. Sendo este um processo longo onde uma série de mudanças iram ser realizadas até chegarmos ao ideal socialista ou anarquia.

     Em contrapartida em Bakunin temos o processo de revolução de forma imediata, realizada através de movimentos de massa, como os sindicais, e que teriam à partir da organização e da luta a sua revolução diretamente para a  anarquia, não sendo decorrente de um longo processo, e sim de uma brusca ruptura.

     Resumidamente o processo de Marx seria progressivo até alcançar a mudança completa do estado e da economia, não havendo uma ruptura radical para com o estado, e de Bakunin seria uma quebra rápida e incisiva no cerne do que antes eram os chamados estado e sistema capitalista.

Críticas partindo desta divergência foram feitas por Marx que afirma que a abolição do Estado sem uma revolução social anterior é um absurdo, a abolição do capital constitui precisamente a revolução social e traz, em si, uma transformação do conjunto dos meios de produção. Marx acrescenta ainda, para justificar a transição com a utilização do estado, que “necessite o proletariado do Estado, não para realização da liberdade e sim para reprimir seus adversários. O dia em que for possível falar-se em liberdade o Estado deixa de existir como tal”.

     Das estratégias também decorrem mais divergências, havendo momentos em que Bakunin aconselha seus companheiros italianos a uma colaboração com partidos burgueses para atingirem objetivos imediatos puramente políticos. Fato este que era extremamente repudiado por Marx e sua ideologia. Juntamente a isto também diverge-se o conceito de proletariado, ou também, neste caso, subproletariado, e seu papel na luta revolucionária, havendo grandes diferenças entre Marx e Bakunin. Marx não aspirava da perspectiva que visualiza os subproletariados, que estão realmente à margem da sociedade, como uma classe potencialmente revolucionária, não haverá revolução se depender deste grupo, eles são até mais suscetíveis a se renderem a polícia, a burguesia ou, até mesmo, o próprio estado. Bakunin ao contrário pensa que na verdade esta parcela da sociedade,“canalha”, “fezes” quase incontaminada pela civilização burguesa, trariam em seu ser interior as aspirações, as necessidades e misérias de sua vida coletiva, sendo assim a semente do socialismo do futuro, e que seria ela suficientemente poderosa para inaugurar e fazer triunfar a revolução social, deixando claro sua posição otimista perante esta parcela da sociedade.

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