O Homem é A Medida De Todas As Coisas
Trabalho Universitário: O Homem é A Medida De Todas As Coisas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: pontes666 • 6/6/2013 • 1.080 Palavras (5 Páginas) • 589 Visualizações
"O homem é a medida de todas as coisas", disse o sofista Protágoras de Abdera (485-411 a.C.). Assim, o ser humano passa a ser o centro das atenções. É esse o contexto de florescimento do movimento sofístico, muito mais ligado que está, portanto, à discussão de interesses comunitários, a discursos e elocuções públicas, à manifestação e à deliberação em audiências políticas, ao convencimento dos pares, ao alcance da notoriedade no espaço da praça pública, à demonstração pelo raciocínio dos ardis do homem em interação social.
A filosofia inicialmente tinha seu foco na natureza e isso levava também a discutir o relacionamento entre os homens.
O movimento sofista, criado pelos primeiros professores e que tinham opiniões divergentes, cinco séculos antes de cristo colocam o homem como o centro dessas discussões.
Se iniciando o chamado Século de Péricles passou-se a dar mais ênfase à mitologia, filosofia, política e história, devido à calmaria política do período, principalmente com a estruturação da democracia de Atenas, a expansão das fronteiras gregas, acúmulo de riquezas e intensificação do comércio,
Por serem homens dotados do dom da palavra e também educadores nesse tema, não penas em praça publica, mas podendo exercer influência sobre magistrados nos tribunais, tendo na palavra a definição do justo e do injusto, os Sofistas surgem como respostas às necessidades da democracia, que era exercer a cidadania por meio do discurso.
A técnica argumentativa faculta ao orador, por mais difícil que seja sua causa jurídica, suplantar as barreiras dos preconceitos sobre o justo e o injusto e demonstrar aquilo que aos olhos vulgares não é imediatamente visível.
Talvez se tenha noção, vulgarmente, de que os sofistas –muitos deles estrangeiros - formaram uma única escola, por estarem no cenário das polêmicas com Sócrates e seu discípulo Platão. "Os sofistas sempre foram mal interpretados por causa das críticas que a eles fizeram Sócrates e Platão. A imagem de certa forma caricatural da sofística tem sido reelaborada na tentativa de resgatar a sua verdadeira importância.
Os Sofistas foram, por parte de Sócrates, acusados de prostituição, visto que apenas lecionavam aos que lhes podiam pagar. Os sofistas, geralmente pertencentes à classe média, fazem das aulas seu ofício, por não serem suficientemente ricos para se darem ao luxo de filosofarem, já as pessoas das classes altas possuíam tempo livre, já que trabalhar era necessidade das classes média e baixa, os escravos. Os trabalhos dos sofistas era a gramática sendo precursores, retórica e dialética; por influência dos pitagóricos, desenvolvem a aritmética, a geometria, a astronomia e a música.
Os sofistas foram os primeiros a estabelecer uma diferença entre natureza e lei humana, sem, contrapô-las. O justo e o injusto, para os sofistas, não se originará na natureza das coisas, mas nas opiniões e convenções humanas, na forma da lei (nomos), oriunda da sua opinião (doxa). Em semelhança ao que versa o positivismo jurídico atual, segundo eles, o justo é o que está segundo a lei, e injusto o que a contraria. Numa segunda etapa, os sofistas afirmariam que a natureza se opõe à lei humana. Nesta, encontra-se fundada a igualdade natural de todos os homens; naquela, sua desigualdade antinatural.
Como opositores radicais da tradição, com os Sofistas surgia o relativo, o provável, o possível, o instável, o convencional e optam pelo predomínio da lei humana.
A deliberação sobre o conteúdo das leis não teria origem na natureza ou na divindade (nem mesmo com base nas deusas da justiça, Thémis e Diké), mas na vontade humana, definida por critérios humanos, e não naturais, pois fossem naturais, todas as leis seriam iguais. Por outro lado havia Sofistas que pregavam que os homens deveriam submeter-se ao poder daquele que ascendesse ao controle da cidade por meio da força; a justiça é vantagem para aquele que domina e não para aquele que é dominado.
Para os sofistas, o conceito de justiça é igualado ao de lei. Justo é o que está na lei, o que foi dito pelo legislador. "Em outras palavras, a mesma inconstância
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