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Saúde e Integralidade na perspectiva da avaliação em Saúde Mental

Por:   •  28/3/2016  •  Resenha  •  4.858 Palavras (20 Páginas)  •  228 Visualizações

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Saúde e Integralidade na perspectiva da avaliação em Saúde Mental

        Segundo o Ministério da Saúde (2004) as práticas de saúde mental no conjunto das políticas de saúde no Brasil são marcadas por tensões e movimentos sociais que resultaram na construção do SUS. Esse sistema de saúde, que acompanha a nossa evolução, é apontado pelas Reformas Sanitárias e Psiquiátricas iniciadas em meados da década de 70. Com isso, elaboraram-se novas políticas com base em diretrizes, que trazem mudanças importantes para a organização e o desenvolvimento das práticas em saúde. A luta pela democracia conquistou a garantia fundamental da saúde como direito principal do ser humano, responsabilizando o estado pelo provimento das condições indispensáveis ao seu pleno exercício.

        (ALVES, 2001) aponta que o prestígio da integralidade na proposta da complicação, especialmente no caso da saúde mental, é entender que a busca por uma abordagem científica que visa à unidade do conhecimento. Assim, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade identificando as necessidades do usuário (se usuário, logo possui necessidades de saúde), o mesmo que busca identificar suas necessidades de perceber-se como cidadão garantir seus direitos. Isto é, significa envolverem-se em outras questões além da área da saúde, questões a serem construídas.

        Ainda para o mesmo autor (ALVES, 2001) Agindo, refletindo, o movimento pela manutenção dos hospícios acaba por tornarem-se mais visíveis tanto nas necessidades de redes de atenção de base comunitária, quanto a carência e fragmentação dos serviços de rede e emendas. Com isso, se aposta na possibilidade de investir em práticas de integralidade como alternativa de buscar formas de garantir o acolhimento das necessidades da saúde mental em espaços de liberdade. A integralidade sugere a noção da saúde mental como parte da saúde, então, pode se dizer que a saúde mental é também a saúde como um todo. Pois a pessoa em sofrimento psíquico não deixa, por esse motivo, de apresentar as demais necessidades de saúde, contendo em si todas as necessidades de saúde de qualquer pessoa. As pessoas não se dividem em suas necessidades. Sendo assim, fica claro que as necessidades em saúde mental são aquelas que não podem separar-se das demais necessidades em saúde e, assim sendo, devem ser acolhidas em qualquer serviço de saúde, com facilidade no acesso e conforme for o nível da necessidade. Nos sentidos da integralidade, suas precisões devem ser abrigadas em qualquer serviço de qualquer área de acordo com o que as especificidades determinem.

Triagem

        O primeiro encontro terapêutico é o alicerce para as futuras intervenções, pois irá tratar de um tema que envolve um possível caminhar do cliente para uma modificação. Este é um momento único, onde sutilmente uma relação começa a ser adaptada e cada palavra, cada gesto e cada olhar devem ser fortemente considerados, assim sendo, um grande banco de dados será reunido em uma quantidade limitada de tempo. Caso o paciente não se sentir mobilizado pelo primeiro atendimento, talvez não continue na sua busca por ajuda e, nesse sentido, a triagem promove uma conscientização maior do paciente bem como da família em relação aos seus problemas. Entrevistas de triagem costumam ser mais do que coleta de dados com os quais se organiza um entendimento clínico sucinto que vai orientar o encaminhamento. As entrevistas dirigem-se em forma de intervenção breve, dando aos clientes oportunidades de se engajarem em seu próprio acolhimento, tornando-se responsáveis por seus problemas (Ancona-Lopez, 1996).        

        O acolhimento entende-se uma disposição afetuosa do psicólogo, uma atitude de escuta que visa receber, aceitar, em que a demonstração do sofrimento já proporciona alívio ou mesmo certa clareza em relação à situação vivida, criando condições de ser modificada. A triagem tem por finalidade oferecer oportunidade ao Estagiário de vivenciar este processo de recepção e avaliação dos pacientes, esboçando os diversos quadros psicopatológicos, e ampliando o raciocínio clínico. No tempo limitado estabelece-se uma relação que permita reunir as informações iniciais sobre o paciente e reconhecer os sintomas e denuncias trazida. (Ancona-Lopez, 1996).

        O Estagiário/entrevistador deverá recolher a maior quantidade de informação possível em apenas 50 minutos, reconhecendo os desajustamentos trazidos na queixa pelo cliente. A triagem vem apresentar um espaço de acolhimento para a queixa e para o sofrimento psíquico, além de ter respeito e valorização do que é trazido para a sessão. Ficar atento quanto às armadilhas que poderão aparecer, como por exemplo: Preocupação excessiva em coletar informações e, deixando de lado o acolhimento; Fugir de assuntos ou explorar vários assuntos ao mesmo tempo; Atropelamento de perguntas; Confundir a Triagem com Aconselhamento Psicológico. A triagem deve ser como todo encontro que se pretenda pessoal e de uma busca constante de uma relação interpessoal que inclui a afirmação do outro como pessoa, e a  importância do profissional/estagiário e cliente são o mesmo tipo de ser. E ainda que esse encontro, não se caracterize como psicoterapia, é por si só terapêutico. (Ancona-Lopez, 1996).

A entrevista Psicológica

        Segundo relatos que vem ao longo da história,  o termo entrevista instituía da origem de um encontro face a face entre pessoas para uma conferência formal, num determinado tempos.

        (BLEGER, 1960) cita como definição de entrevista psicológica como sendo um campo de trabalho no qual se investiga a conduta e a personalidade de seres humanos. Podendo ser também a entrevista psicológica um processo grupal, ou seja, com um ou mais entrevistadores e/ou entrevistados, é um processo com duas direções  de interação, entre duas ou mais pessoas com o propósito previamente fixado no qual uma delas, o entrevistador, procura saber o que acontece com a outra, o entrevistado, buscando agir conforme esse conhecimento.

         Ainda segundo (BLEGER, 1980), a entrevista se diferencia de acordo com o favorecido. A entrevista cujo desígnio é a coleta de dados, o que se é pesquisado, valorizando, apenas, o resultado da mesma.

        A entrevista psicológica pode ser classificada em: entrevista inicial; entrevistas subsequentes e entrevista de devolução, caracterizadas de forma diferente, e mostrando objetivos distintos conforme o momento em que elas ocorrem.

A entrevista Inicial  > É a primeira entrevista de um processo de psicodiagnóstico. Sendo ela Semi estruturada, qual o cliente tem liberdade para apresentar seus problemas e o entrevistador tem clareza de seus objetivos.

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