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VIOLÊNCIA E ESCOLA

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Por:   •  22/8/2014  •  Trabalho acadêmico  •  2.679 Palavras (11 Páginas)  •  484 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE PEDAGOGIA

Fernanda Natália da Silva Costa

Mariana Salles Abranches Lemos

VIOLÊNCIA E ESCOLA: um estudo de caso sobre o bullying na modalidade EJA e no ensino fundamental municipal e particular em Belo Horizonte - MG

Belo Horizonte

2012

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Fernanda Natália da Silva Costa

Mariana Salles Abranches Lemos

VIOLÊNCIA E ESCOLA: um estudo de caso sobre o bullying na modalidade EJA e no ensino fundamental municipal e particular em Belo Horizonte - MG

Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia do Centro Universitário UNA, para aprovação na disciplina TCC II.

Professora Orientadora: Cecília Antipoff

Belo Horizonte

2012

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DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a nossos PAIS pelo incentivo, apoio, paciência e carinho nesta caminhada acadêmica. Agradecemos a eles por todos os anos de dedicação e incentivo. Vocês foram muito importantes nesta conquista!

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus por nos guiar em direção a caminhos de luta, caminhos de alegrias e aprendizados e por nos dar força para nunca desistirmos de nossos sonhos.

Agradecemos aos professores orientadores da presente pesquisa em especial a Profª. Gilmara que com clareza e paciência sempre nos orientou e esteve presente. Aos professores das escolas pesquisadas, que com colaboração e comprometimento, possibilitaram a realização deste trabalho.

À nossos pais e familiares pelo incentivo, apoio, paciência e carinho nesta caminhada acadêmica. Vocês foram muito importantes nesta conquista.

Às nossas orientadoras, Profª. Ana Barone e Profª. Cecília Antipoff que nos orientaram na produção e elaboração desta pesquisa.

Às nossas amigas Rosane e Ana Paula pelo companheirismo, conversas e trocas de experiências e a Alcione por humildemente nos prestar ajuda na correção deste trabalho.

Enfim a todos que torceram por nós, o nosso muito obrigado!

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RESUMO

O presente trabalho trata de um estudo sobre a violência nas escolas com enfoque no bullying. Esta pesquisa teve como universo de investigação professores da modalidade EJA e do sistema de ensino fundamental municipal e particular de Belo Horizonte. Tal investigação visou contribuir para conhecer o bullying, conhecer as estratégias das escolas para enfrentar o mesmo no contexto escolar e identificar os fatores que influenciam sua ocorrência nas escolas. Verificou-se que este fenômeno ocorre tanto por influência de aspectos culturais como individuais e que ainda há um despreparo tanto por parte dos pais, professores e das escolas no que diz respeito às estratégias utilizadas para o combate e prevenção do bullying.

Palavras-chave: Bullying. Violência. Escola.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................6

2 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................................8

2.1 Violência no contexto social e sua influência sobre o contexto escolar...................................8

2.2 Bullying no contexto escolar...................................................................................................10

3 METODOLOGIA..............................................................................................................................23

3.1 Métodos.................................................................................................................................23

3.2 Contexto de Pesquisa.............................................................................................................23

3.3 Sujeitos de Pesquisa...............................................................................................................24

3.4 Instrumento de Pesquisa........................................................................................................24

3.5 Coleta de dados......................................................................................................................24

3.6 Análise dos dados...................................................................................................................25

4 ANÁLISE DOS DADOS....................................................................................................................26

4.1 Identificação e Formação dos Professores Envolvidos na Pesquisa.......................................26

4.2 Concepções sobre Bullying.....................................................................................................29

4.3 Atitudes e Intervenções Tomadas pelos Professores.............................................................30

4.4 Fatores que Influenciam o Aparecimento do Bullying nas escolas.........................................31

4.4.1 Família e Mídia.......................................................................................................................31

4.4.2 Falta de Informação...............................................................................................................32

4.4.3 Classe Social e Raça................................................................................................................33

4.4.4 Falta de Consciência e de Respeito........................................................................................33

4.5 Reação dos Professores.........................................................................................................34

4.6 Consequências Trazidas pelo Bullying na perspectiva dos Professores.................................35

4.7 Como o Bullying é tratado pelos professores........................................................................36

4.8 Estratégias Utilizadas pelos Professores para Lidar com o Bullying......................................38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................40

REFERÊNCIAS.........................................................................................................................................42

APÊNDICE..............................................................................................................................................45

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1 INTRODUÇÃO

Vivencia-se nos dias de hoje, dentro do contexto escolar, atos de constrangimentos físicos e morais, comportamentos agressivos e anti-sociais, que protagonizam sérios problemas de violência dentro das escolas. Um dos maiores problemas e tipos de violência que vem sendo encontrado nas escolas é o bullying e o mesmo pode deixar sequelas por toda a vida dos indivíduos que sofrem esse tipo de agressão. O bullying é um ato que se caracteriza por agressões contínuas e intencionais, verbais, físicas e psicológicas, sem motivos evidentes, exercidos por um ou mais alunos contra um ou mais colegas, causando dor, angústia e sofrimento. Segundo Fante (2005) o bullying é o tipo de violência que mais cresce no mundo nos dias de hoje.

A violência não é um tema recente, na antiguidade já eram vivenciadas diversas práticas violentas. Odalia (1985, p.14) relata que “uma das condições básicas da sobrevivência do homem, num mundo natural hostil, foi exatamente sua capacidade de produzir violência numa escala desconhecida pelos outros animais”. Sendo assim, a violência escolar tomou grande proporção nas sociedades e se manifestou nos níveis de escolaridade.

A violência protagonizada por jovens nas escolas é uma realidade constante que está presente em nosso contexto social e que vem crescendo a cada dia, principalmente em relação ao comportamento inadequado e agressivo entre os próprios alunos.

Sabe-se que a escola é um lugar para o processo de socialização, para a aquisição de valores éticos e morais, para a construção da identidade e da capacidade de relacionar-se e interagir. Sendo assim, é imprescindível que se tenha respeito ao próximo. Neste sentido Abramovay (2002, p.69) afirma que:

A construção de uma visão crítica sobre o fenômeno da violência mostra-se fundamental, na medida em que permeia todas as relações sociais, em que são profundamente afetados os membros da comunidade escolar, como, por exemplo, alunos, professores, diretores e pais.

Após levantamentos de dados e ações já existentes, houve uma contribuição para o preenchimento da lacuna que de acordo com os autores Abramovay e Rua (2002), Lopes Neto (2005), Simeão (2010), Rocha (200 [?] apud Pereira, 2009), Lucinda et al (2001), Calhau (2009), existem nas estratégias que a escola tem utilizado para abordar o bullying no contexto educacional, que se tornou o problema da presente pesquisa. Neste sentido Abramovay e Rua (2002, p.12) “percebem uma fraca discussão entre professores, pedagogos e gestores a

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respeito dos casos de violências que efetivamente estão presentes na escola”. Diante da fraca discussão existente segundo os autores, o problema de pesquisa se baseou nas estratégias que as escolas utilizam para lidar com o bullying no contexto educacional. Sendo assim, o objetivo central deste trabalho foi: conhecer as estratégias que as escolas utilizam para abordar este tipo de violência no contexto educacional. Os objetivos específicos foram: identificar os fatores que influenciam a ocorrência do bullying nas escolas e discutir as estratégias das escolas para enfrentar o mesmo no contexto escolar na perspectiva dos professores.

Foi utilizada como metodologia a pesquisa qualitativa, com a aplicação de questionários em escolas públicas e privadas da região do Barreiro e do bairro Jardim América. Por meio dos mesmos compreendeu-se como o bullying se manifesta no ambiente escolar. Tais procedimentos serão explicitados com mais detalhes no capítulo 3, onde serão abordadas especificamente as questões metodológicas. Sendo assim, foi importante trabalhar com o tema violência e escola, fazendo o recorte no bullying, que vem sendo tema de preocupação e de interesse nos meios educacionais, sociais e em todo o mundo. O trabalho em questão teve uma relevância social, pessoal e acadêmica. Como relevância social buscamos obter mais informações sobre o assunto para um conhecimento mais amplo, enfatizando questões para se viver dignamente perante a sociedade. Como relevância acadêmica por ser uma temática nova e ainda existir poucos materiais, o trabalho buscou aprofundar mais as discussões sobre o assunto com o objetivo de conhecer as estratégias para minimizar e eliminar o bullying. Já como relevância pessoal destacamos que este tema pode nos auxiliar em nossa atuação como futuras pedagogas na busca de conhecimentos mais amplos em como lidar com este tipo de problema dentro das instituições de ensino.

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1 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Violência no contexto social e sua influência sobre o contexto escolar

A violência segundo Costa (1984, p.30) “é o emprego desejado de agressividade com fins destrutivos. Agressões físicas, brigas, conflitos podem ser expressões de agressividade humana”. Neste sentido o que constitui a violência é a destruição do outro, o desrespeito e a negação em relação ao outro. Assim, Filho (2001, p.22) afirma que a violência “organiza as relações de poder, de território, de autodefesa, de inclusão e exclusão e institui-se como único paradigma”.

A violência não é um tema recente, na antiguidade já eram vivenciadas diversas práticas violentas. Segundo Hayeck (2009, p.1), “as discussões sobre essas práticas tiveram início no século XIX, levando a violência a ser caracterizada como um fenômeno social, despertando os olhares e a preocupação do poder público e de estudiosos de diversas áreas”. A violência, apesar de ter sido caracterizada como um fenômeno social, ainda não havia passado a ser foco de discussões no contexto social. Apenas a partir de 1980, a questão sobre a violência começa a ser debatida com maior intensidade, toma-se consciência sobre a temática passando a fazer parte do modo de viver do homem em sociedade, passando a ser algo comum entre eles.

Com as transformações ocorridas na sociedade, com a conscientização sobre o problema da violência e o modelo de desenvolvimento implementado no Brasil, ocorreram mudanças no sistema educacional com a escolaridade obrigatória, influenciando na ocorrência de algumas mudanças na educação escolar. Assim Alves (2000, p.7), confirma,

A passagem de uma educação de elite para uma educação pública de massas, na tentativa de universalizar e democratizar a educação originou o alargamento da escolaridade obrigatória e o aumento, brusco, do número de alunos que permanecem na escola. Neste contexto, a escola deixa de ser reclamada como um direito, uma garantia de ascensão social e econômica, e passa a ser encarada, por muitos alunos, como um dever, uma imposição.

A escolaridade obrigatória fez com que com muitos jovens encarassem a escola com certo desinteresse, principalmente por esta tentar impor aos alunos a cultura dominante, diferentemente do que a sociedade lhes oferecia, resultando assim, em comportamentos agressivos e violentos promovendo de certa forma a exclusão social. A violência protagonizada por jovens nas escolas é uma realidade constante que está presente em nosso

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contexto social e vem crescendo a cada dia, principalmente em relação ao comportamento inadequado e agressivo entre os próprios alunos. Segundo Slomka (2006, p.14), “o comportamento agressivo sempre ocorreu nas escolas, sendo que com o aumento dos padrões estéticos de normalidade houve aumentos do comportamento agressivo”, ou seja, os alunos que não se encaixassem nestes padrões estéticos de normalidade eram motivo de discriminação e violência.

De modo específico, a violência dentro do contexto escolar apresentada por meio do bullying, torna-se cada vez mais frequente e tem sido motivo de preocupação para pais, educadores e sociedade. Não se trata de um fato isolado, mas ela é parte de um processo amplo, que vai além da escola, pois diz respeito a uma série de fatores que englobam todo um contexto social.

As causas da violência na escola, assim como na sociedade em geral, são múltiplas e complexas, mas a origem de todas elas pode estar situada nas intoleráveis condições econômicas e sociais criadas pelo tipo de modelo de desenvolvimento que foi implementado, ao longo dos anos, no Brasil (PINO, 1995, p.14).

Este modelo de desenvolvimento implementado no Brasil é o capitalismo. Ele colabora com a reprodução da cultura dominante e a reprodução da sociedade de classes, tornando a escola reprodutora dos interesses dos grupos dominantes, impedindo que a classe dominada perceba sua condição de exploração. Isto causa um impacto no planejamento pedagógico que se baseia na reprodução da dinâmica capitalista. Assim, segundo Sanches (2001, p.43), “a atividade pedagógica cumpre a função de legitimar o ideário cultural dominante, não deixando vir à luz a realidade objetiva da dominação e suas absurdas justificações”. A instituição escolar favorece os socialmente privilegiados classificando como irreal as teorias que idealizam criar um mundo melhor a partir da escola.

É preciso redefinir o papel da educação escolar, pois o trabalho pedagógico desenvolvido interfere significativamente no cotidiano da escola. É necessário buscar iniciativas voltadas para a diminuição da violência e da desigualdade social, a fim de minimizar os efeitos da mesma nas relações pedagógicas. Isto se torna essencial para enfrentar as situações de violência relacionadas ao bullying, que segundo Silva (2010, p.161) “é antes de tudo, uma forma específica de violência. Sendo assim, deve ser identificado, reconhecido e tratado como um problema social complexo e de responsabilidade de todos nós”. A instituição escolar juntamente com pais e comunidade deve buscar alternativas que possam transformar tais relações, superando a atual crise de violência nas instituições de

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ensino, para que assim o ambiente escolar se torne sadio e o bullying uma prática inaceitável nas relações interpessoais.

2.2 Bullying no contexto escolar

Uma das manifestações que envolvem a violência na escola é o bullying. O bullying começou a ser pesquisado nas décadas de 1970 e 1980 na Suécia, onde grande parte da sociedade demonstrou-se preocupada com os problemas da violência. O Professor da Universidade da Noruega Dan Olweus, iniciou a investigação desse fenômeno, quando se verificou que tal violência era o motivo de inúmeras tentativas de suicídio entre adolescentes. Com isso, foi desencadeada uma campanha AntiBullying.

Conforme Silva (2010, p.72), “bullying é um termo de origem inglesa, adotado em vários países, para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar um sujeito e colocá-lo sob tensão”. Nos Estados Unidos, o bullying é de grande interesse, pois o mesmo cresce de forma alarmante, a ponto de estudiosos no assunto o denominarem como conflito global. O termo “valentão” e os verbos “brutalizar” e“tiranizar” são representados pela palavra inglesa “bully”, que ainda não possui uma tradução para a língua portuguesa. As pesquisas sobre bullying são recentes e ganharam destaque a partir dos anos de 1990. Apesar da grande divulgação do conceito e do mesmo ter ganhado força nas discussões sobre violência escolar no Brasil há uma dificuldade de encontrar estudos e materiais que venham a investigar o mesmo. Neste sentido, Lopes Neto (2005, p.165) conceitua o bullying como:

Uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão. A vitimização ocorre quando uma pessoa é feita de receptor do comportamento agressivo de uma outra mais poderosa.Tanto o bullying como a vitimização têm consequências negativas imediatas e tardias sobre todos os envolvidos: agressores, vítimas e observadores.

Segundo Fante (2005, p.4), “o bullying não se trata de um episódio esporádico, mas de um fenômeno violento que se dá em todas as escolas, e que propicia uma vida de sofrimento para uns e de conformismo para outros”, “principalmente por manifestar-se de maneira sutil e velada e por garantir sua propagação através da imposição da lei do silêncio” (Fante, 2005, p.92). Esse comportamento se manifesta dentro das instituições de ensino causando preocupação e temor nos estudantes que ali estão inseridos. O bullying acontece em todas as escolas, independentemente de sua tradição, sua localização ou poder aquisitivo dos alunos. Ele está presente em escolas públicas e particulares.

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Neste sentido:

O fenômeno bullying não escolhe classe social ou econômica, escola pública ou privada, ensino fundamental ou médio, área rural ou urbana. Está presente em grupos de crianças e de jovens, em escolas de países e culturas diferentes. [...] É um problema universal, uma epidemia invisível e admitida como natural em alguns casos, desvalorizada em outros e, na maioria das vezes ignorada (CHALITA, 2008, p. 81-82).

O bullying diz respeito a atitudes agressivas e intencionais que são praticadas por um ou mais estudantes, causando dor e angústia, levando a uma relação desigual de poder. Segundo Lima et al (2011) é predominante a ocorrência do bullying na faixa etária de 12 a 14 anos em crianças que buscam popularidade e status no grupo ao qual pertencem. As crianças deficientes e portadoras de necessidades educacionais especiais possuem maiores riscos de se tornarem vítimas de bullying, “riscos estes duas a três vezes maiores do que as crianças consideradas normais” (Fante, 2005, p.64). Os meninos são mais propícios tanto como autores, quanto como alvos a ocorrência do bullying. As meninas embora em menor frequência, também cometem e sofrem com a ocorrência do mesmo. Os meninos, na maioria das vezes, praticam o bullying por meio de agressões físicas e as meninas, por meio de agressões verbais. Sendo assim, Almeida et al (2008, p.11) diz que “há dificuldade em identificar o bullying entre as meninas por estar relacionado ao uso de formas sutis”. As ações dos meninos são mais fáceis de serem identificadas, eles são mais agressivos e usam de meios mais expansivos como: chutar e bater. Já as meninas agem de forma mais oculta como, por exemplo, fofocas, boatos, olhares, sussurros e exclusão.

Segundo Fante (2005), no 3° e 4° ano predominam os maus-tratos físicos, ameaças e chantagens contra os alunos mais frágeis e tímidos. “As reclamações mais comuns dos alunos das séries iniciais referem-se as ameaças que sofrem, caso não cumpram o que lhes for exigido pelo agressor” (Fante, 2005, p.64), por exemplo, ficar na fila da merenda no lugar do agressor, pagar em dinheiro valores que não deve e etc. Do 5° ano em diante, os maus tratos são velados tornando-se mais difícil sua identificação. “Ameaças, apelidos, difamações

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