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Visão geral do livro "A natureza da política", Carr

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Por:   •  2/6/2014  •  Resenha  •  460 Palavras (2 Páginas)  •  261 Visualizações

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APÍTULO I – O COMEÇO DE UMA CIÊNCIA

Como um dos primeiros a escrever sobre a ciência das Relações Internacionais, Carr, na primeira parte desta obra, escreve que “a ciência da política internacional está em sua infância”, ou seja, ainda está em processo de amadurecimento, acreditando que esta surgiu devida o interesse das pessoas, assim como toda ciência, pesquisa e tudo que se realiza, sendo que tal interesse surgiu no contexto do pós-guerra (1919), que promoveu uma demanda pelo estudo e popularização da política internacional com intuito de entender melhor os acordos e tratados de guerra entre os países envolvidos fazendo com que estes se relacionem

de uma melhor forma pela compreensão dos conflitos.

De acordo com o autor, toda ciência é iniciada de uma forma visionária, mas com o desenrolar das pesquisas, percebe-se que a teoria pode ser perfeita, mas na prática não é tanto. Para isso, é preciso agarrar-se mais ao fatos para fazer com que a ciência se torne legítima, não excluindo a utopia, que mesmo assim não deixa de ser um fator essencial para qualquer cientista. O realismo para Carr, é uma forma de criticar a utopia quando os projetos utópicos não funcionam por não conseguirem aplicar teoria à prática.

CAPÍTULO II – UTOPIA E REALIDADE

Neste capítulo, Carr aponta algumas antíteses da utopia versus realidade, como exemplos: livre arbítrio e determinismo; teoria e prática; o intelectual e o burocrata; esquerda e direita; ética e política. Classificando assim os utópicos como voluntaristas; teóricos intelectuais que muito teorizam buscando aplicar à realidade; e esquerdistas, como seres de capacidade intelectual superior, porém pouca experiência prática, E por último, a ética e a política; os utópicos buscam inserir a política numa ética já padronizada por eles, sendo

os realistas o contrário de todas essas características. O autor acredita que o estudo mais detalhado dessas antíteses possibilitaria uma melhor compreensão da política internacional sobre a crise do pós-guerra.

CAPÍTULO VII – A NATUREZA DA POLÍTICA

Com “A natureza da política”, Carr quis demonstrar como a natureza do homem é justamente se agrupar e a política é forma como os homens se organizam mais facilmente na sociedade, sendo impossível uma analise social considerando o homem isolado. Cita ainda o ainda válido argumento de Aristóteles do qual diz que o homem, por natureza, é um animal político. Ele aponta ainda dois comportamentos intrínsecos dos homens: cooperação e egoísmo, e os considera características fundamentais que devem ser dosadas de uma forma equilibrada na sociedade.

Carr diz que a inserção na sociedade não é mais voluntária, e que a sociedade moderna impõe de forma coercitiva a inclusão do indivíduo no meio social com suas devidas regras, mas que mesmo assim deve haver um senso de ação conjunta, seja por escolha ou forçadamente pelos governantes, que precisam dos governados para alcançarem seus objetivos.

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