A Sociedade depende diretamente de como o indivíduo se forma culturalmente e intelectualmente

A sociedade depende diretamente de como o indivíduo se forma culturalmente e intelectualmente, pois dependendo da predominância de determinados valores em determinadas regiões, os indivíduos terão certas tendências que refletirão na imagem da sociedade local. Hoje no Brasil, apesar de o hábito da leitura estar crescendo lentamente, ainda sim é bem baixa a demanda anual de livros por pessoa, não deixando de citar que pouco mais de 30% da população não lê livro algum anualmente. Tais fatos muitas vezes acabam empobrecendo os valores sociais, profissionais e intelectuais da população brasileira visto que para que um cidadão tenha um hábito de ler, mesmo que não exageradamente, o mesmo tem que se desenvolver em um ambiente que pelo menos o incentive a leitura, ambiente que muitas vezes se faz insuficiente devido a carência de tal incentivo do governo, da escola e principalmente da família. Essas 3 parte essenciais não funcionam separadamente: o governo, a instituição de ensino e a família. O governo fornecendo os recursos para as instituições de ensino e para os alunos, como bibliotecas, material, ambiente para estudos, entre outros. Em respeito às instituições de ensino, é necessário que se construa uma autonomia dentro de cada uma. Hoje, muito do que é reproduzido em sala de aula parte de pesquisas advindas das universidades, como investigações sobre leitura, escrita e aprendizado. Cria-se então uma relação de dependência, quando, na verdade, a universidade deveria funcionar como uma parceira. Por mais que saibamos que o Estado controla como se deve fazer, ele não está todos os dias na escola. E por fim na família, é indispensável que haja material de leitura disponível, mas a quantidade nem sempre é qualidade. O importante é que, primeiramente, não se force o hábito de leitura na família como uma obrigação, mas sim como um prazer. É muito mais produtivo que a família converse e discuta sobre o que leu.

Outro ponto a se abordar são os valores da atualidade que as vezes podem ir de frente ao hábito de leitura. Vivemos em um momento em que há excesso de material disponível. O que também pode ser prejudicial, pois uma pessoa pode ler coisas que não são, necessariamente, de uma fonte confiável. É uma novidade do tempo contemporâneo. Existe muito acesso ao texto, mas não ao conhecimento. A grande quantidade de informação disponível foi propiciada, principalmente, pelo avanço da tecnologia, em especial o da internet e por isso o brasileiro prefere assistir TV, ouvir rádio ou acessar a internet a ler.

De acordo com o Ibope Inteligência com 5 mil entrevistados em 315 municípios entre junho e julho de 2011, a média de leitura do brasileiro é de 4 livros por ano, sendo apenas 2,1 livros até o fim. Esses números representam uma base educacional defeituosa juntamente a formação social contemporânea do indivíduo aliados ao avanço tecnológico usado de forma supérflua, tais elementos que aliados levam a alienação certa parte da população que deixa de entender o verdadeiro propósito de uma boa leitura, que contribui não só para o intelecto como também como forma de entretenimento, visto que o prazer de ler, independente do material, é algo sem igual no sentido de trabalhar diretamente com a imaginação com o leitor e com o entendimento do mesmo, no caso de um livro de aventura, por exemplo, onde o leitor será diretamente responsável pela imagem