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Etienne de La Boétie escreveu a obra "O Discurso da Servidão Voluntária" no século XVI, depois da derrota do povo francês contra o exército e fiscais do rei, que estabeleceram um novo imposto sobre o sal. Na obra, o autor pergunta-se sobre a possibi

Por:   •  21/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  928 Visualizações

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Etienne de La Boétie escreveu a obra "O Discurso da Servidão Voluntária" no século XVI, depois da derrota do povo francês contra o exército e fiscais do rei, que estabeleceram um novo imposto sobre o sal. Na obra, o autor pergunta-se sobre a possibilidade de cidades inteiras submeterem-se a vontade de um só. De onde um só tira o poder para controlar todos?

Discurso da Servidão Voluntária:

Etienne de lá Boétie já começa seu livro com ironia. O próprio titulo da obra nos deixa refletir e nos trás curiosidade, em relação ao que ele quis dizer com “servidão voluntária” ,ou seja, como alguém pode servir voluntariamente? A servidão nos faz pensar que alguém está sendo “obrigado” a servir e não esta servindo voluntariamente.

O autor deixa bem claro que é contrario a servidão quando diz em seu livro que “não há infelicidade maior do que estar sujeito a um chefe; nunca se pode confiar na bondade dele e só dele depende o ser mau quando assim lhe aprouver”. Entendo com esse trecho que diz que mesmo quando um senhor parece ser bom, a qualquer momento pode se tornar mal, então depender de alguém, estar sujeito à vontade de alguém, é estar inseguro.

No livro é discutido o fato das pessoas enquanto servos se deixarem levar pela servidão, pelo jugo neles imposto, sem pensar em lutar pela liberdade. Etienne diz que o tirano só tem poder quando o servo o suporta ao invés de contraria-lo, ou seja, enquanto o servo não questiona o seu tirano, mas ao contrario, sempre obedece suas ordens o tirano está forte, mas quando servo se levanta para lutar pela sua liberdade o tirano perde completamente suas forças.

Os homens se deixam levar por uma boa imagem, promessas e um belo discurso, e creem assim que esse belo homem ao qual eles confiam poderá trazer coisas boas, melhorias, paz, e até riquezas. Mas com o passar do tempo o senhor por estar viciado em dar ordens e elas serem cumpridas, pode começar assim usar o seu poder para governar mal, para fazer o povo sofrer com ordens injustas, e o povo obedece por estar acostumado a servir. E na maioria das vezes esse “senhor” ou “tirano” não é forte, é um mero covarde e fraco, que só tem o poder da palavra. Então porque continuar a servir alguém mais fraco que você?

“Chamaremos a isso covardia”? “Temos o direito de afirmar que todos os que assim servem são uns míseros covardes”? Pergunta Etienne. Esta obra nos chama a refletir como mil homens, um país, uma nação, se deixa submeter-se a um homem só.

“Nem é preciso usar violência, ele será destruído no dia em que o país se recusar a servi-lo. Não é necessário tirar-lhe nada, basta que ninguém lhe dê coisa alguma”. Entende-se com essa frase que é tão simples lutar pela liberdade, que na verdade nem precisa lutar com armas, e sim com atitudes.

Então o povo que se escraviza? Podem escolher serem livres, mas preferem contentar-se com a servidão.

Nesta obra os tiranos chegam a ser comparados com uma fogueira, “por uma pequena fagulha, acende-se o fogo, que cresce cada vez mais e, quanto mais lenha encontra, tanta mais consome”; ou seja, quanto mais eles roubam, exigem, dão ordens, mais querem ser servidos, quanto mais lenha mais fogo. Porem se acabar a lenha acaba o fogo, então o povo quando não se deixar levar por ordens, acaba cessando o poder do tirano.

Quem concede o poder ao tirano é o povo, então somente o povo pode aniquilar esse poder concedido.

“Não vos peço que o empurreis ou o derrubeis, mas somente que não o apoieis”. O povo parece que ama mais a escravidão do que a liberdade. Até mesmo os animais se mostram contrários à servidão. Defendem-se com suas garrar, chifres, patas, bicos, etc. mostrando o amor a liberdade.

“Até os bois sob o jugo andam gemendo,

E na gaiola as aves vão chorando”.

Os animas que são seres irracionais lutam pela liberdade, e os homens que são seres racionais preferem contentar-se com a escravidão.

A obra cita três tipos de tiranos. Os que conquistam o poder pela força, ou seja, guerra. Os que já nascem reis, por questão hereditária. E os que o povo elege. O livro descreve os tiranos que conquistam o poder por força, que governam como quem pisa em terra conquistada. Os que nascem reis governam como se o povo fosse escravo hereditário, governam uma nação como herança. E por fim, os que o povo elege governam com amor no começo, mas logo o poder toma conta de suas cabeças e eles governam com mais crueldade que os outros tiranos.

Apesar de terem três formas de reinar, a forma de governar acaba sendo a mesma.

Etienne insiste em demonstrar seu desprezo por servos que gostam de servir, e cita uma historia bíblica encontrada em 1ª Samuel, capitulo 8, onde o

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