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Pensamento Classico E Helinistico

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Por:   •  22/5/2014  •  2.124 Palavras (9 Páginas)  •  339 Visualizações

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Na Grécia Antiga, o período pré-socrático foi dominado, em grande parte,pela investigação da natureza. Essa investigação consistia na busca deexplicações racionais (cosmologia) para o universo manifestando-se naprocura de um princípio primordial (a arché) de todas as coisas existentes.Seguiu-se a esse período uma nova fase filosófica, caracterizada pelointeresse no próprio homem e nas relações políticas do homem com asociedade. Essa nova fase foi marcada, no início, pelos sofistas.Em uma época de lutas políticas e intensos conflitos de opiniões nasassembléias democráticas, os cidadãos sentiam necessidade de aprender aarte de argumentar em público.Os sofistas eram professores viajantes que vendiam ensinamentos práticosde filosofia: o desenvolvimento da argumentação, da habilidade retórica, doconhecimento de doutrinas divergentes. Ou seja, raciocínios e concepçõesutilizados na arte de convencer pessoas, que favoreceram o surgimento deconcepções filosóficas relativistas.

3. Etimologicamente, o termo sofista significa “sábio”. Entretanto com odecorrer do tempo ganhou o sentido de “impostor”, por ser a sofística,isto é, a arte dos sofistas, apenas uma atitude viciosa do espírito, uma artede manipular raciocínios, de produzir o falso, de iludir os ouvintes, semqualquer amor pela verdade.A verdade, em grego, se diz aletheia e significa a manifestação daquilo queé, o não-oculto.Aletheia se opõe a pseudos que significa o falso, aquilo que se esconde,que ilude.Os sofistas parecem não buscar a aletheia; se contentam com pseudos.Tanto assim, que se usa a palavra sofisma, derivada de sofista, paradesignar um raciocínio aparentemente correto, mas que na verdade é falsoou inconclusivo, geralmente formulado com p objetivo de enganar alguém.

4. Nascido em Abdera, Protágoras (480-410 a.C.) é considerado o primeiro e um dos mais importantes sofistas. Ensinou por muito tempo em Atenas, tendo como princípio básico a idéia de que o homem é a medida de tudo que existe. Conforme essa concepção, todas as coisas são relativas às disposições do homem, portanto não haveria verdades absolutas. A filosofia de Protágoras sofreu críticas por dar margem a um grande subjetivismo: tal coisa é“O homem é a medida de todas as coisas; verdadeira se para mim parece verdadeira.daquelas que são, enquanto são; e Qualquer tese poderia ser encarada como falsadaquelas que não são, enquanto não são.” ou verdadeira, dependendo da ótica de cada um.

5. Górgias de Leontini (487-380 a.C., aproximadamente), considerado um dos grandes oradores da Grécia. Aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras aponto de defender o ceticismo absoluto. Afirmava que: g) Nada existia; h) Se existisse, não poderia ser conhecido; i) Mesmo que fosse conhecido, não poderia ser comunicado a ninguém.“O bom orador é capaz de convencerqualquer pessoa sobre qualquer coisa.”

6. Nascido em Atenas, Sócrates (469-399 a.C.) é tradicionalmente considerado um marco divisório da história da filosofia grega. Por isso, os filósofos que o antecedem são chamados pré-socráticos e os que sucedem, de pós-socráticos. Sócrates desenvolvia o saber filosófico sempre dando demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática ou moral. Tanto quanto os sofistas Sócrates abandonou a preocupação em explicar a natureza e se concentrou na problemática do homem. No“Ele supõe saber alguma coisa e não entanto, contrariamente aos sofistas, Sócrates opunha-se ao relativismo em relação à questão dasabe, enquanto eu, não sei, tampouco moralidade e ao uso da retórica para atingirsuponho saber. Parece que sou um interesses particulares.pouco mais sábio que ele exatamentepor não supor que saiba o que não sei.”

7. Sócrates procurava um fundamento último para as interrogações humanas(O que é bom? O que é a virtude? O que é a justiça?), enquanto os sofistassituavam suas reflexões a partir dos dados empíricos, sem se preocuparcom a investigação de uma essência da virtude, a partir da qual a própriarealidade empírica pudesse ser avaliada.A pergunta fundamental que Sócrates tentava responder era: o que é aessência do homem?Ele respondia dizendo que o homem é a sua alma, entende-se “alma”como a sede da razão, o nosso eu consciente, que inclui a consciênciaintelectual e a consciência moral, que distingue o ser humano de todos osoutros seres da natureza.Por isso, o auto conhecimento era um dos pontos básicos da filosofiasocrática. “Conhece-te a ti mesmo”, era a recomendação básica feita porSócrates a seus discípulos.Sua filosofia era desenvolvia mediante diálogos críticos com seusinterlocutores. Esses diálogos podem ser divididos em dois momentosbásicos: a ironia e a maiêutica.

8. Na linguagem cotidiana, a palavra ironia tem um significado depreciativo,sarcástico ou de zombaria. Mas não é esse o sentido da ironia socrática. Nogrego, ironia quer dizer “interrogação”. De fato Sócrates interrogava seusdiscípulos naquilo que pensavam saber.O que é o bem? O que é a justiça? E a coragem? E a piedade? São exemplos dealgumas perguntas.Sócrates buscava demolir o orgulho, a arrogância e a presunção do saber.A primeira virtude do sábio é adquirir a consciência da própria ignorância.“Sei que nada sei” dizia Sócrates.A ironia socrática tinha, portanto um caráter purificador. Levando seusdiscípulos a confessarem sua próprias contradições e ignorâncias, onde antessó julgavam possuir certezas e clarividências, tomando consciência de suaspróprias respostas e das conseqüências que poderiam ser tiradas de suasreflexões, muitas vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos.

9. Libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam, os discípulospodiam então iniciar o caminho da reconstrução de suas próprias idéias.Novamente, Sócrates lhes propunham uma série de questões habilmentecolocadas.Nesta segunda fase do diálogo, o objetivo de Sócrates era ajudar osdiscípulos a conceberem suas próprias idéias. Assim, transportava para ocampo da filosofia o exemplo de sua mãe, que sendo parteira, ajudava atrazer crianças ao mundo.Por isso, essa face do diálogo, destinada à concepção de idéias, erachamada maiêutica, termo grego que significa “arte de trazer à luz”.

10. Nascido em Atenas, Platão (427-347 a.C.) foi discípulo de Sócrates. Fundou sua própria escola filosófica Academia. A maior parte do pensamento platônico nos foi transmitida por intermédio da fala de Sócrates, nos diálogos socráticos, escritos por ele mesmo, Platão. Teoria das idéias Um dos aspectos mais importantes da filosofia de Platão é sua teoria das idéias, que procura explicar como se desenvolve o conhecimento humano. Segundo ele, o

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