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RESENHA SOBRE SUBJETIVAÇÃO, EDUCAÇÃO E FILOSOFIA

Por:   •  23/7/2016  •  Resenha  •  569 Palavras (3 Páginas)  •  332 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

PROFESSOR(A): FERNANDA MOTA

TURMA: EDUCAÇÃO FÍSICA       2016.1

RESENHA SOBRE SUBJETIVAÇÃO, EDUCAÇÃO E FILOSOFIA

FELIPE AUGUSTO DE SOUSA VIEIRA

TERESINA, 14/07/2016


Algo que chama muita atenção, é sobre o fato da educação contemporânea não estar contribuindo para a formação de pessoas donas de si. O autor José Policarpo, argumenta convincentemente, que a educação não apresenta hoje alternativas objetivas, frente à racionalidade exterior e antagônica, ou seja, essa educação não está sendo desenvolvida de uma boa forma, que faz com que o indivíduo não reflita sobre seus atos e mude suas atitudes.

De acordo com Michel Foucault, nos interessa estudar quais são os mecanismos e as técnicas através das quais um indivíduo é constituído como sujeito, ou seja, como o indivíduo é sujeitado nas instituições educacionais. Mas também cabe analisar como a filosofia é aplicada na prática das salas de aula. Foucault sempre foi obcecado pelo poder, mas ele revela que o tema principal de suas pesquisas foi o sujeito e não o poder. E, para pensar a questão da subjetividade, ele faz a seguinte pergunta: “que somos nós?”, a partir disso, ele vai formular várias outras perguntas que vão fazer a gente pensar no por que e como devemos agir no mundo.

Na teoria, a escola tem por função, ser um espaço de “preparação” para o futuro ou para uma melhor inserção na sociedade, além de promover conhecimentos necessários para introduzir um indivíduo no mercado de trabalho, ou seja, transformar a pessoa em sujeito, em cidadão com conhecimento. Mas o que vemos na prática, é algo totalmente diferente dessas ideias, onde o ser humano é preparado apenas para o mercado de trabalho, e não é preparado para a vida, para poder conviver em sociedade, não aprendem como pensar por si mesmo e nem tirar suas próprias conclusões.

E quando se fala de trabalhar a subjetividade nas escolas, aplica-se o éthos filosofante, propondo suas três linhas diretrizes essenciais. O termo “éthos” significa caráter e está relacionado a pessoa, ou seja, o seu caráter. Então a pessoa utiliza a filosofia para se construir, para melhorar o seu agir no meio que está inserida, refletindo sobre sua pratica e com isso mudando sua realidade. A éthos filosofante propõe três linhas diretrizes da subjetividade na escola, a primeira é: “colocar em questão os procedimentos, regras e técnicas que constituem nossa subjetividade”, onde ela problematiza aquilo que é dominantemente mais aceito, as evidências mais comuns, questionando a forma de se produzi, legitimar e problematizar as relações de poder; a segunda: “reconhecer, compreender e avaliar as pressuposições e consequências de tais dispositivos”, depois de questionar a normalidade nas escolas, agora é preciso reconhecê-la, compreendê-la e avaliá-la, pensando em que se sustenta esses questionamentos, avaliar o espaço na hora de produzir, legitimar ou fazer circular essas verdades na escola; E o terceiro: “resistir aos dispositivos de subjetivação dominantes”, pois quando rejeitamos algum dispositivo dominante, tornamos possível a emergência de outras formas da subjetividade, que podem ser pensadas coletivamente e esses modos de dominação, permitem afirmar práticas reflexivas de liberdade.

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