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Sócrates E Os Sofistas

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Por:   •  13/4/2014  •  551 Palavras (3 Páginas)  •  483 Visualizações

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Sócrates foi um marco na história da filosofia. É a partir dele que a problemática ético-política passa a ser o primeiro plano da discussão filosófica como questão urgente na sociedade grega, superando a visão da natureza como questão principal.

Os sofistas influenciaram e contribuíram para a filosofia e estudos de linguagem fornecendo seus ensinamentos, técnicas e habilidades aos governantes e políticos em geral. Com isso, eles preparavam o homem para participação na vida política. Apesar de ter um pensamento oposto ao de Sócrates, eles compartilhavam o mesmo interesse pela questão política do homem em uma democracia.

Os principais sofistas foram Protágoras e Górgias. Protágoras, com sua célebre frase “O Homem é a medida de todas as coisas, das que são como são e das que não são como não são”, define bem o modo de pensar de diferentes pessoas. Isso significa que cada pessoa tem uma forma de pensar, de desejar, de buscar algo para si, de forma que impossibilita a existência de uma verdade absoluta. A verdade depende de cada um, depende sempre das circunstâncias em que cada sujeito se encontra. Esse fragmento sintetiza duas das ideias principais dos sofistas: o relativismo e o humanismo. Protágoras ensinava retórica, preparando o cidadão para debater e ganhar uma causa, em vez de provar um ponto de vista.

Para Górgias, nada existe de real, e se nada existe, não é possível o homem conhecer verdadeiramente algo; e mesmo que exista e possa ser conhecido, seria impossível comunicar esse conhecimento a outros.

Entretanto, como já dito anteriormente, é o pensamento de Sócrates que marca o nascimento da filosofia clássica desenvolvida por seus herdeiros Platão e Aristóteles. Sócrates foi condenado à morte por criticar um desvirtuamento da democracia ateniense e por questionar os valores e atitudes da época. Em seu julgamento ele faz um longo discurso, no qual ironiza seus acusadores e assume as acusações dizendo-se coerente com o que ensinava. Ele recusa-se fugir ou declarar-se como inocente, pois isso equivaleria a renegar suas ideias e princípios.

A concepção filosófica de Sócrates pode ser caracterizada como um método de Análise conceitual. Essa concepção é descrita por seus sucessores, principalmente Platão e Aristóteles, pois Sócrates nada escreveu efetivamente, uma vez que valorizava o debate e o ensinamento oral. O método Socrático envolve questionamentos do senso comum, das crenças e opiniões que temos baseadas nas nossas experiências. É nesse sentido que a reflexão filosófica mostra que, com frequência, não sabemos aquilo que mostramos saber. O método envolve a fragilidade desse entendimento e aponta para a necessidade de aperfeiçoá-lo através da reflexão.

Sócrates caracterizou seu método como maiêutica, que significa “a arte de fazer o parto”. Ele fez uma analogia à sua mãe que era parteira, pois ele também se considerava um parteiro, mas de ideias. Portanto, o pensamente de Sócrates é oposto ao dos sofistas, pois ele acreditava na necessidade do conhecimento de uma verdade única sobre a natureza das coisas, afastando opiniões e buscando a definição das coisas. Já os sofistas, acreditavam que o conhecimento é relativo à experiência concreta do real e a verdade resulta apenas das nossas opiniões sobre as coisas, sendo a verdade: múltipla, relativa e mutável (relativismo).

Marcondes,

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