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Industrialização Da China

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Por:   •  22/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.125 Palavras (13 Páginas)  •  245 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho vou abordar de forma simples e resumida a historia da industrialização chinesa, assim como suas áreas de concentração industrial e sua diversidade de setores sem deixar de mostrar sua influencia na economia de outros países.

DESEN VOLVIMENTO I

HISTÓRIA DA INDUSTRIALIZAÇÃO

O começo da transformação de uma economia cuja produção era determinada pelo governo central em uma economia de mercado foi possível graças a grandes reformas econômicas e à abertura geral da economia. A partir de 1979, Deng Xiaoping, que se tornou líder da China em 1978, introduziu um programa de reforma da economia que aos poucos mudaria o funcionamento da estrutura econômica do país. Primeiramente, suas reformas focaram o setor agrícola. Os preços da produção agrícola aumentaram, as restrições à produção e os impostos sobre essa, diminuíram e, o mais importante, a responsabilidade sobre a produção, a propriedade dos meios de produção e as decisões sobre as mesmas foram transferidas das comunas e governos locais para os próprios agricultores. Essas mudanças levaram ao aumento da renda familiar, o que, por sua vez, aumentou os investimentos, a poupança e a demanda total por bens em todo o país.

Na metade da década de 80, o setor industrial passou por reformas que permitiram a entrada de empresas privadas para complementar as empresas estatais então existentes, o que trouxe algumas liberalizações de preços e salários a essas últimas. Além disso, algumas dessas empresas estatais foram autorizadas a reter uma parcela dos lucros como incentivo pelo bom desempenho, e 14 grandes cidades localizadas ao longo da costa foram abertas ao comércio exterior e ao investimento estrangeiro. Essas reformas atraíram investimento estrangeiro direto sob a forma de novas empresas (principalmente joint ventures) e de capital estrangeiro, o que proporcionou o desenvolvimento das indústrias de tecnologia e de infraestrutura, tais como produção de energia e transportes, além de criar novos postos de trabalho.

Durante o final da década de 80 e início da de 90, as autoridades chinesas continuaram a melhorar o processo de reformas usando “modelos”para experimentar novas políticas e reformas. Eles implementavam modelos em regiões e em empresas específicas para avaliar o desempenho de uma política antes de sua implementação em todo o país. Como resultado dessa prática, as reformas que não davam certo causavam poucos prejuízos. Deng Xiaoping disse que essa forma de abordagem era como “cruzar o rio sentindo as pedras sob os pés”.

Também foram mantidas e expandidas zonas econômicas especiais, nas quais foram gradativamente introduzidos capital e tecnologia estrangeiros e comércio exterior. As autoridades chinesas reduziram as tarifas de forma substancial e tornaram mais flexíveis os controles sobre a importação e a exportação. As exportações da China variavam de produtos têxteis e outros produtos manufaturados de baixo valor agregado como brinquedos, roupas e calçados, a produtos mais sofisticados como eletrônicos, móveis, materiais industriais e produtos para viagem como malas, bolsas, pastas, e maletas para laptops.

Além disso, o país tornou-se um centro produtor regional e de industrialização para reexportação, ou exportação de produtos anteriormente importados. As importações para a China passaram a vir, cada vez mais, de outros países asiáticos ao mesmo tempo em que um aumento correspondente nas exportações fluía para nações desenvolvidas, especialmente para os Estados Unidos e países da Europa. Entre 1990 e 2000 as exportações cresceram, em geral, quase 300%, enquanto as importações, 318%. Nesse mesmo período, as exportações da China somente para os Estados Unidos cresceram 880%, e as exportações dos Estados Unidos para China, quase 230%.

Colhendo os frutos

Nesse período, elevaram-se muito os investimentos estrangeiros diretos na China. Na década de 80, a média desses investimentos no país era de menos de US$ 5 bilhões por ano, enquanto durante a década de 90 esse número aumentou para quase US$ 30 bilhões. Em 2004, o total dos investimentos estrangeiros diretos foi de pouco mais de US$ 60 bilhões, de acordo com o Ministério do Comércio da China.

A admissão da China na Organização Mundial de Comércio (World Trade Organization—WTO), em 11 de dezembro de 2001, colaborou para o processo de integração desse país à economia mundial, e demonstrou sua perseverança em converter-se em um país de economia de mercado. As autoridades chinesas continuam reduzindo as tarifas e as barreiras comerciais, de acordo com compromissos assumidos pela China junto a WTO. Os preços passaram, cada vez mais, a ser determinados pelo mercado, e os preços dos produtos comercializados internacionalmente convergiram de forma substancial com os preços internacionais.

A economia da China continua a crescer rapidamente, especialmente devido aos investimentos e às exportações. Em 2004, as autoridades governamentais adotaram medidas para evitar o aquecimento demasiado da economia. Tais medidas incluíram aumentar as reservas obrigatórias das instituições financeira — o que limitou os empréstimos e diminuiu os investimentos — e restringir algumas autorizações de uso da terra a alguns setores (especialmente os setores imobiliário, de aço, de cimento e de alumínio). No entanto, o crescimento real do PIB em 2004 permaneceu, conforme previsto, em 9,5%, a maior taxa desde 1996. A previsão da média de crescimento econômico da China antevê a expansão do PIB em termos reais de 8 a 8,5% em 2005 e 2006.

Ainda há obstáculos

Independentemente do cenário positivo atual, a China ainda tem muitos desafios a enfrentar antes de atingir seu potencial de crescimento forte e sustentável, e se integrar à economia mundial. A curto prazo, estão sendo implementados planos para o desenvolvimento dos principais setores de prestação de serviços como telecomunicações, seguros e serviços financeiros. A médio prazo, o país provavelmente se concentrará em melhorar o mercado de trabalho e estabelecer garantias sociais, e os legisladores poderão abordar a flexibilização das taxas de câmbio. De forma geral, conforme as reformas forem sendo implementadas, o papel da China na economia mundial provavelmente continuará a se tornar cada vez mais importante.

Segurando

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