Os Refugiados na Europa
Por: irismalta • 9/12/2022 • Trabalho acadêmico • 729 Palavras (3 Páginas) • 123 Visualizações
No entanto, as grandes vagas de refugiados, como as que a Europa atravessa, podem significar o aparecimento de relevantes impactos económicos, políticos e na segurança; seja na dos próprios refugiados, seja na da comunidade que os recebe. Com isto, o meu ponto de vista, concentra-se em apresentar os argumentos de forma a mostrar o quão prejudicial o acolhimento de refugiados pode ser.
Primeiramente, a receção de um grande nº de refugiados implica, necessariamente, custos significativos com a sua integração, nomeadamente a nível social, educação, transporte, entre outros encargos públicos inerentes, o que pode enfraquecer o Estado Social, pois os Estados gastam cada vez mais na sua manutenção, formação, como por exemplo, Itália gasta mais de 1 milhão de euros em subsídios por dia para manter os abrigos que acolhem os imigrantes e refugiados e a Alemanha, Holanda e Suécia, mesmo enfrentando a resistência das suas próprias sociedades, tentam integrar os imigrantes com custosos programas de inserção que envolvem aulas de línguas e cursos de formação.
Quanto às ameaças políticas, os refugiados podem representar uma ameaça ao governo do Estado anfitrião por se reverem em grupos locais separatistas e/ou que questionam a legitimidade desse governo, expondo-se como uma preocupação ao nível da segurança, pois há cada vez mais partidos nacionalistas extremistas (alguns abertamente xenófobos) a ganhar espaço em muitas nações, por exemplo
Por último, a nível económico, a receção dos refugiados é vista como uma ameaça direta à segurança do Estado de acolhimento, pois há um receio coletivo em relação aos refugiados que afluem a uma determinada região, por se recear que sejam elementos pertencentes a grupos de criminalidade organizada ou a estruturas terroristas. Esse receio tem sido ampliado no contexto europeu devido aos vários atentados que se verificam em solo europeu, pois cada vez há mais informação que o Estado Islâmico infiltra terroristas em território europeu graças aos milhões de refugiados.
Em menos de 1 ano (entre 2015 e 2016) por exemplo, houve 2 grandes atentados em Franca.
Novembro de 2015- O estado islâmico provocou vários ataques na sala de espetáculo Bataclan e em diversos restaurantes em Paris que fizeram 130 mortos e 350 feridos.
Julho de 2016- Um tunisino numa carrinha dirigiu-se contra uma multidão, na avenida mais movimentada de Nice, em França, provocando 86 mortos e 450 feridos.
Também, o medo do terrorismo motivou a Bulgária a erguer um muro de mais de 30 quilômetros na fronteira com a Turquia.
Com efeito, à medida que a crise de refugiados progride, a EUROPOL tem vindo a aperceber-se de um número crescente de redes de tráfico humano nas travessias pelo Mediterrâneo, que eram já conhecidas há anos por funcionarem como gangues de exploração sexual, mão de obra ilegal e escravatura na Europa. Segundo a EUROPOL, nos anos de 2014 e 2015 desapareceram cerca de dez mil crianças que procuravam asilo na Europa sem família.
Concluindo, o problema dos refugiados levanta hoje desafios maiores do que nunca, pois à medida que os números aumentam, instala-se o medo que é alimentado por acontecimentos e preconceitos que colocam em causa a segurança e fazem desta onda migratória uma potencial ameaça. A Europa encontra-se numa encruzilhada de que não há memória desde o fim da II GM. Os conflitos, guerras, as violações dos direitos humanos, a miséria e a fome compeliram milhares de pessoas a rumarem ao continente europeu , num esforço muitas vezes desumano de obterem asilo. Este fenómeno a atingiu, em 2015, números críticos e a Europa mostrou-se impreparada para apresentar uma solução adequada e eficaz para o drama que a feriu.
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