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Barão De Mauá

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Por:   •  6/2/2015  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  227 Visualizações

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A história do Barão de Mauá inclui um grande evento na história do Brasil que foi a Guerra do Paraguai. A Guerra do Paraguai, ou Tríplice-Aliança, foi um conflito militar ocorrido entre Brasil, Argentina e Uruguai de um lado, contra o Paraguai do outro (1864 a 1870). O Império brasileiro tinha como mão-de-obra fundamental os escravos negros. Essa força de trabalho se concentrava na produção dos latifúndios da nobreza. Com a proibição, a partir de 1850, da vinda de novos escravos, a produção sofreu um duro golpe, desequilibrando ainda mais a situação econômica do país. A monarquia tentou contornar o problema estimulando a imigração estrangeira, ao mesmo tempo em que tomava medidas para atenuar a escravidão. A idéia de dar liberdade aos escravos encontrou resistências na própria nobreza, que detinha o poder político, e principalmente entre os latifundiários, que não estavam dispostos a substituir os escravos por trabalhadores assalariados. Essa realidade sócio-econômica frágil encontrou na guerra a saída que ela necessitava para superar, ainda que provisoriamente, a crise. Os empréstimos britânicos permitem no plano interno o surgimento de um "mercado de guerra" que gera empregos e cria a sensação de falso progresso. Embora vitorioso, o Império brasileiro teve agravadas internamente as suas contradições. O conflito serviu para fortalecer o Exército, tornando-o uma instituição suficientemente forte para interferir nos rumos do governo. A abolição da escravatura em 1888 e a Proclamação da República no ano seguinte foram consequências da guerra e tiveram o apoio e a participação dos militares.

O Barão de Mauá destoava do típico latifundiário da época devido ao seu empreendedorismo, liberalismo e abolicionismo, iniciando a atividade industrial no Brasil, assim como a instalação das primeiras ferrovias. Ele possuía a mentalidade empresarial britânica e estilo altamente liberal para administrar. Sempre mostrou ousadia. Com esse modelo de administração descentralizada e flexível o Barão de Mauá foi um homem de idéias brilhantes que trouxe da Inglaterra, a Revolução Industrial para o Brasil. Ele lutava para que o país deixasse de ser somente exportador de matéria-prima e se desenvolvesse industrialmente. Pode-se dizer que ele foi uma exceção ante a elite agrícola brasileira. O governo por sua vez não partilhava dos mesmos ideais. O Barão queria que os capitais fossem investidos em empresas que pudessem alavancar o país para a industrialização e o governo queria frear esse desenvolvimento para não perder o apoio dos grandes latifundiários.

No período em que o Barão de Mauá obteve sua ascensão, o Brasil adotava um modelo político monárquico centralizado, era governado pelas elites agrário exportadoras, influenciada por uma pequena elite urbana. A administração pública no Brasil neste período é tida como patrimonialista, que era caracterizada pela enorme extensão do poder do soberano. Nesse período, os cargos públicos eram considerados prebendas e não se fazia a distinção entre o que era público e privado, pois predominava o coronelismo, protecionismo, corrupção e nepotismo. Assim, o patrimônio público e privado se confundiam, e o Estado era entendido como sendo propriedade do Rei. Em uma sociedade onde reina o patrimonialismo, o favoritismo é o meio de ascensão social. Este modelo de sociedade tem influências culturais

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