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Castelo De Windsor

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Por:   •  1/11/2013  •  5.557 Palavras (23 Páginas)  •  361 Visualizações

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Castelo de Windsor: vista do "Upper Ward".

O Castelo de Windsor localiza-se na cidade de Windsor, condado de Berkshire, na Inglaterra. Com a função de Palácio Real, juntamente com o Palácio de Buckingham em Londres e o Palácio de Holyrood em Edimburgo, é uma das principais residências da monarquia britânica, que nele passa a maior parte dos finais de semana, a Páscoa e a chamada semana de "Ascot Real" (em Junho), no Circuito de Corridas de Ascot, nas suas proximidades. É o maior castelo ocupado do mundo.

Entre as suas principais atracções, destacam-se a coleção de armaria e a Casa de Bonecas da Rainha Maria, um modelo na razão 1:12. Na parte baixa ('lower ward') encontra-se a Capela de São Jorge, enquanto que na parte alta ('upper ward') encontram-se os aposentos reais e a grande Sala de Estado (como o Salão de São Jorge, cujo tecto é decorado com os brasões de armas da liga dos cavaleiros). As duas partes são separadas pela Torre Redonda ('round tower'), um resquício do primitivo castelo de Guilherme, o Conquistador.

A maior parte dos Reis e Rainhas da Inglaterra tiveram uma influência directa na construção e evolução do castelo, o qual tem sido a sua fortaleza de guarnição, residência, palácio oficial e, por vezes, a sua prisão. A história do castelo e a da monarquia britânica estão inextrincavelmente ligadas. Cronologicamente a história do castelo pode ser traçada a partir dos reinados dos morarcas que o têm ocupado. Nas épocas de paz, o castelo tem sido expandido pela adição de grandes apartamentos; nos momentos de guerra, o castelo foi fortificado mais pesadamente. Este padrão tem sido continuado até ao presente.

Castelo de Windsor: Portão de Henrique VIII.

História

1070–1350

O Castelo de Windsor foi originalmente construído por Guilherme, o Conquistador, que reinou desde 1066 até à sua morte em 1087. O seu castelo de material original erguia-se no local da actual Torre Redonda ("A" na planta ao fundo da página). Este castelo formava parte do anel de castelos defensivos em volta de Londres. O local foi escolhido, em parte, devido à sua posição facilmente defensável.

No início do seu reinado, tomou posse de um solar, na localização da actual Old Windsor (Velha Windor), provavelmente uma residência Real anglo-saxónica. Pouco tempo depois, entre 1070 e 1086, arrendou o local ao Solar de Clewer e construiu o primeiro castelo de muralha e fosso. O fosso tinha 50 pés de altura e era escavado no cré da trincheira circundante, tornando-se, assim, no próprio fosso.

Nesta época, o castelo era defendido por uma paliçada de madeira, no lugar da actual grossa muralha de pedra. O plano do castelo de Guilherme é desconhecido, mas este era simplesmente uma base militar, e nenhuma das estruturas deste período inicial sobreviveu. Desde esta época, o castelo permaneceu sempre em uso contínuo, tendo sido sujeito a numerosas ampliações e melhoramentos.

A parte baixa na década de 1840. A Capela de St George está à esquerda e a Torre Redonda ao centro direita.

Pensa-se que o sucessor de Guilherme I, Guilherme II, melhorou e alargou a estrutura, mas foi o filho mais novo do Conquistador, Henrique I, o primeiro soberano a viver no seu interior. Preocupado com a sua própria segurança devido à instabilidade do reino, este tomou residência no castelo e celebrou ali o Pentecostes em 1110[1]. O seu casamento com Adeliza de Louvain, a filha de Godfrey I de Leuven, Duque da Baixa Lotaríngia, teve lugar no castelo em 1121.

O mais antigo dos edifícios sobreviventes em Windsor data do reinado de Henrique II, o qual subiu ao trono em 1154. Este monarca substituiu a paliçada de madeira que circundava a antiga fortaleza por uma muralha de pedra, intercalada com torres quadradas; uma parte, muito alterada, deste muro defensivo pode ser vista no que é, actualmente, o terraço Este. Henrique II também construiu o primeiro forte de pedra (A Torre Redonda), no monte irregular do centro do castelo.

Em 1189, o castelo foi cercado durante a Primeira Guerra dos Barões contra o Principe João. As tropas do Rei de Gales (pouco mais que mercenários privados) tomaram-no de assalto, e o Príncipe teve que fugir para França. Mais tarde, em 1215, em Runnymede, próximo do castelo, o Príncipe, agora Rei João I de Inglaterra, foi forçado a assinar a Magna Carta. Em 1216, ainda no contexto da Primeira Guerra dos Barões, o castelo foi novamente cercado, mas desta vez conseguiu resistir, apesar dos severos danos sofridos na estrutura da parte baixa.

Estes danos foram imediatamente reparados, ainda no ano de 1216, pelo sucessor do Rei João, Henrique III, que viria a reforçar as defesas com a construção do pano de muralhas do Oeste, muito do qual ainda sobrevive actualmente. Entre as partes mais antigas do castelo, que ainda se mantêm, encontra-se a Torre do Recolher (curfew tower - "T"), construída em 1227. O interior da torre contém a antiga prisão do castelo, e também os restos de um portão duplo (sally port), uma saída secreta para os ocupantes em épocas de cerco. O piso superior contém os sinos do castelo, colocados ali em 1478, e o relógio do castelo, datado de 1689. O telhado cónico, em estilo francês, é uma adição do século XIX. Henrique III morreu em 1272 e aparentemente terão ocorrido poucas construções no castelo até ao reinado de Eduardo III (1327–1377).

1350–1500

O Rei Eduardo III nasceu no Castelo de Windsor no dia 13 de Novembro de 1312, e foi frequentemente referenciado como "Eduardo de Windsor". Este monarca iniciou, em 1350, um longo programa de reconstruções, que duraria vinte e quatro anos, o qual passou pela demolição do castelo existente, com excepção da Torre do Recolher ("T") e algumas peças exteriores de menor importância. Na supervisão do desenho e construção do novo castelo foi colocado William of Wykeham. O forte de Henrique II (a Torre Redonda) foi substituído pelo presente forte, embora só tenha atingido a sua altura definitiva no século XIX. As fortificações também viriam a ser aumentadas. A capela do castelo foi substancialmente ampliada, mas os planos para a construção de uma nova igreja não foram executados, provavelmente devido à escassez de mão-de-obra e de recursos na sequência da Peste Negra. Deste período encontramos ainda o Portão Normando (Norman Gate - "M"). Este largo e imponente portão aos

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