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Guerra Do Paraguai

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Por:   •  4/11/2013  •  1.863 Palavras (8 Páginas)  •  559 Visualizações

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Guerra do Paraguai

As peças do tabuleiro platino

Francisco Solano López assume o poder ditatorial, herança de seu pai Carlos Antonio López, em 1862. Solano López era ministro de guerra e colocou o Paraguai num rumo mais ousado de sua política externa, conflitando com os governos argentino e brasileiro.

A Argentina até aquele momento estava decidindo a consolidação do Estado nacional em aderir a uma política centralizada, que era o projeto da burguesia mercantil, ou à política federalista imposta pelas oligarquias. Solano López decidiu estabelecer uma aliança com esta oposição federalista.

Bernardo Berro, presidente do Uruguai, enfrentava desde 1863 uma guerra civil que fora desencadeada por Venâncio Flores, que era apoiado por Mitre e por fazendeiros gaúchos que tinham posses no território uruguaio. A cidade de Montevideo era alternativa tanto para o Paraguai quanto para Argentina no comércio, e isto aproximou López de Berro.

Com a independência uruguaia, surgiram no país dois partidos: Colorado defendiam o livre comércio e navegação nos rios platinos. E o partido Blanco (Nacional) que representavam os proprietários de terras, que tinham afinidade com pecuaristas argentinos. Este fato explica o porquê de Rosas ter apoiado militarmente e dado forças do líder Manuel Oribe, na guerra civil uruguaia de 1838.

O Brasil tinha os mesmos princípios que os Colorados, pois o único modo de o Rio de Janeiro se comunicar com o Mato Grosso era através da navegação que passava pelo Prata, singravam os rios Paraná e Paraguai até chegar em Cuiabá.

Devido à perseguição de Rosas, aos liberais liderados por Mitre, exilaram-se em Montevideo em 1840 e lutaram ao lado dos colorados contra os blancos, alterando os eixos políticos regionais argentinos.

Uma cooperação entre governos argentino e brasileiro facilitaria a estabilização da região do Prata, cessando as guerras civis que ameaçavam a Argentina.

Em 1864, as tropas brasileiras invadiram o Uruguai, enquanto Tamandaré apoiava as rebeliões de Flores. Um navio brasileiro foi aprisionado logo que saiu de Assunção e, no final do ano, as tropas paraguaias invadiram e tomaram conta do Mato Grosso.

O plano de López era avançar ao Rio Grande do Sul, derrotar as tropas brasileiras que haviam lá e impor condições e barreiras no território, porém um acordo de paz entre Tomás Villaba, presidente uruguaio blanco, e José Maria da Silva Paranhos, futuro visconde do Rio Branco, mudou os rumos de seu plano. Após dois meses mais de 12 mil soldados paraguaios adentraram em território sulgrandense, sendo planejada uma “guerra-relâmpago”, já que o intuito era derrotar a tropa brasileira no Uruguai, devido ao maior número de soldados.

Sendo visto como invasor, López não conquistou a simpatia do povo de Corrientes, e Urquiza recuou para evitar um bloqueio comercial naval em Entre Rios. Com isto, a marinha brasileira se impôs sobre a improvisada marinha de guerra do Paraguai em 1865 e praticamente a aniquilou numa batalha travada no rio Paraná. Devido a isto, o Paraguai foi submetido à bloqueios de arsenal e de comércio, exceto pelas relações precárias com a Bolívia.

A tríplice aliança e o recuo paraguaio

O Império brasileiro começou a montar uma estratégia para retirar as tropas paraguaias do Mato Grosso, sem que estas pudessem vir a São Paulo e prejudicar o plano. Pra isso, o Brasil enviou um novo enviado, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, para fortalecer o governo Flores e saber quais os recursos o Uruguai tinha para entrar em guerra contra o Paraguai juntamente com o Brasil.

Devido a invasão de Comentes, território argentino, e a vontade de combater o Paraguai, fora assinado o Tratado da Tríplice Aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai. Tinha como objetivo a retirada do Solano López do poder e não entrar em guerra contra o povo paraguaio, inclui também acordo de fronteiras entre os aliados.

Pra conseguir mantimentos, o coronel Estigarribia desobedeceu as ordens de não invasão direta ao Uruguai, pois, precisava de mantimentos, mas rendeu-se a Pedro II.. A tropa do major Duarte foi batida pelas tropas de Flores na batalha do Jataí. Em Corrientes, Robles também desobedeceu às ordens e marchou rumo ao Uruguai que, imobilizado pela inexperiência, foi destituído e fuzilado, por traição.

As campanhas do Uruguai e de Comentes foram um desastre para o Paraguai, pois, perderam muitas tropas bem treinadas. Mas as que se instalaram no Mato Grosso permaneceram até 1868, para reforçar a frente sul, onde se decidia o resultado da guerra.

O sistema defensivo paraguaio

Para mostrar aos demais países que não haveria intenção expansionista brasileira, a Tríplice Aliança elegeu Mitre como comandante chefe das tropas, tendo como objetivo principal, a tomada de Assunção para o fim da guerra. As características geográficas paraguaias dificultavam a invasão dos aliados, pois a única via de acesso era o rio Paraguai.

A estratégia dos aliados consistia em fazer uso de sua potente marinha para ultrapassar a fortaleza de Humaitá. O plano exigia coordenação entre forças naval e terrestre e uma harmonia no comando aliado, que era inexistente. A tecnologia da artilharia dos aliados foi praticamente anulada, já que o território do Paraguai eram alagados, favorecendo a defensiva de suas tropas, levando em conta o conhecimento dos soldados nas trilhas ficando sempre em posições mais favoráveis que os aliados. O número de soldados paraguaios era praticamente o triplo dos soldados aliados, o que dificultava muito mais a ofensiva, o que explica a longa duração do conflito.

Com os bloqueios sofridos, López já sabia que não poderia vencer a guerra em 1866, mas ainda existia uma possibilidade, que era isolar o Brasil, desfazendo a Tríplice Aliança. Mas sua aposta não aconteceu.

O impasse diante de Humaitá

Em 1866, aproximadamente 65 mil soldados das forças aliadas invadiram o Pragauai através do rio Paraná. Esperando o combate com os paraguaios em Tuiuti, o general brasileiro Osório invadiu o acampamento, mas López já tinha ordenado a evacuação dos soldados. As forças aliadas se instalaram no acampamento e viveram por quase dois anos, onde vários morreram.

Foi em Tuiuti que ocorreu a maior batalha, em 1866. Aa cavalaria dos paraguaios estava em número maior, porém, os aliados tinham uma superioridade esmagadora na artilharia o que culminou na vitória dos aliados.

Os aliados quiseram promover ação rápida contra o inimigo Paraguai para que pudessem

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