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História Da Educação E Da Pedagogia

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Por:   •  15/10/2013  •  2.635 Palavras (11 Páginas)  •  1.026 Visualizações

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“Somos feitos de tempo ?``

Somos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no tempo, à medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal, como também da experiência coletiva. É assim que produzimos a nós mesmos e a cultura a que pertencemos. Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados. O passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente. Somos o resultado do devir humano, portanto não nos compreendemos fora da prática social, porque esta, por sua vez, se encontra mergulhada em um contexto histórico-social concreto. Com a História da Educação construímos interpretações sobre as maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. Se somos seres históricos nada escapam à dimensão do tempo.

A memória histórica deve ser preservada, ela é a herança de uma geração para outra. Sem a história como saberíamos quem foram nossos antecessores, como viviam, e quais eram suas necessidades.

A história existe por causa do tempo e das pessoas que a vivencia, sem isso não a temos. A cultura, a origem e a sociedade também influenciam a memória histórica. Cada geração assimila a herança cultural do passado e estabelece projetos de mudança, pois nem sempre o que foi bom ou que era certo no passado é bom ou correto para o presente. Com isso surgem mudanças, e a história é o tempo todo rescrita.

A cada dia surge um fato novo para acrescentarmos na história, por isso que ela nunca é idêntica em todos os tempos e nem em todos os lugares.

Informações históricas relativas a fatos como a chegada dos portugueses ao Brasil ou a abolição da escravatura são de fácil acesso em arquivos. Nesses locais, no entanto, só se encontram versões oficiais. "Existem muitas outras", afirma Santos, docente da USP (revista Nova Escola, ed.167, nov2003). O que pensavam os índios e os escravos nesses momentos históricos? São poucos os documentos que trazem a voz dos dois grupos. Considerar apenas arquivos escritos como comprovações fidedignas é desconsiderar, por exemplo, a memória de sociedades indígenas. Sem papéis, vale a lembrança dos mais velhos, transmitidas oralmente aos mais jovens, única forma possível de reconstrução do passado.

É importante que compreendamos que memória é cultura e também poder. Os arquivos oficiais contêm as versões que mais interessam às classes sociais que

dominaram e dominam as sociedades. E os livros, conseqüentemente, só reservam

espaço para essas interpretações.

A memória, entendida como elemento fundamental na formação da identidade cultural individual e coletiva, na instituição de tradições e no registro de experiências significativas, deve ser valorizada e preservada. Preservar a memória de uma sociedade não significa atrelá-la ao passado e impedir o seu desenvolvimento, mas sim conservar seus pilares constituintes a fim de não perder conhecimentos e identidades.

Conhecer o nosso passado e preservar a memória e a cultura é requisito para as ações no presente. É sabendo sobre como procederam aqueles que nos antecederam, nas mais diferentes situações, que agimos criticamente, espelhando-nos ou não em suas ações.

Refletir sobre a memória é valorizar o passado e seus legados, é ser sujeito da construção da história, e isso é um pressuposto básico para o exercício da cidadania.

A ORIGEM DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL – A AÇÃO DOS JESUÍTAS COMO PARTE DO MOVIMENTO DA CONTRAREFORMA CATÓLICA.

Com a vinda dos Jesuítas no final da primeira metade do século XVI, deu-se a história da educação no Brasil, sendo como a mais importante fase dessa história resultantes na cultura e civilização brasileira, podendo mencionar como o início da educação brasileira.

Os Jesuítas formaram as primeiras legiões de missionários que se dispuseram a deixar a Europa e a se dedicar à catequese do gentio. Por 210 anos, que se estendeu de 1549, quando chegaram ao Brasil , até 1759, quando se deu a expulsão dos mesmos pelo marquês de Pombal foram praticamente os únicos educadores do Brasil. Com o objetivo de integrar as culturas indígenas e européias, os missionários foram os primeiros responsáveis pela criação da rede de ensino do Brasil, através de diversas obras, constituindo na colônia portuguesa do país uma presença cultural e social relevante.

É importante abordar os principais aspectos da metodologia utilizada pelos jesuítas em terras do Brasil colônia, vista a importância da Companhia de Jesus na história da educação brasileira. Após a reforma, com a ligação da igreja católica e os Jesuítas, abordando uma disciplina rigorosa, implantaram a primeira escola no Brasil em 1549, sendo o início da escolaridade básica. Enfrentaram vários desafios às estruturas de ensino, mas conseguiram se adaptar no novo continente.

Os Jesuítas conseguiram organizar uma rede de ensino, essa atividade teve um aspecto positivo o fato de dar continuidade ao ensino da língua portuguesa aos filhos dos colonos e para filhos de índios. Eles privilegiaram a educação dos curumins (crianças indígenas), uma vez que perceberam que os adultos que se convertiam, muitas vezes não guardavam a devoção e o comportamento esperados, voltando as antigas práticas e solicitavam ao rei que enviasse ao Brasil alguns órfãos do rei (como eram conhecidas as crianças que ficavam sob os cuidados de instituições caridosas ), para que interagissem com as crianças indígenas, de forma a aprender sua língua e ensinar a língua do branco, o que contribuiu para a implantação da cultura cristã entre os indígenas.

A educação dada aos curumins era restrita a catequese continuada ao aprendizado do ler e escrever (escolas do bê a bá), observando que as primeiras letras eram necessárias para a catequese continuada, em outros termos, o ensino era para os Jesuítas apenas um instrumento de catequese e a base para a organização do seu sistema.

As escolas Jesuítas eram regulamentadas por um documento e não se limitaram ao ensino das primeiras letras, além do curso elementar mantinham curso de letras e filosofia, considerada secundários, e o curso de teologia e ciências sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de letras estudava-se gramática latina, humanidade, e no curso de filosofia estudava-se lógica, metafísica, moral, matemática e ciências físicas e naturais.

Concluímos que no Brasil os Jesuítas perceberam que não era possível

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