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História Medieval

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Por:   •  4/2/2015  •  1.142 Palavras (5 Páginas)  •  725 Visualizações

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História Medieval – AD1

1) Identifique as formas pelas quais a ideia de Idade Média foi construída ao longo do tempo.

Quando estudamos a Idade Média nas escolas e até mesmo nos cursos superiores, temos uma visão deturpada e muita das vezes não temos a noção de quão perto de nós essa sociedade se aproxima.

Embasando-se na obra lida, A civilização Feudal, no capítulo introdutório, o autor busca esclarecer os leitores sobre o ponto chave que será abordado no seu livro.

Jêrônime Baschet, nos atenta para a forma errônea com que é representada e disseminada a Idade Média, gerando dogmas e preconceitos na maioria das pessoas.

Podemos destacar as traiçoeiras comparações morais e o anacronismo, por parte dos novos pensadores humanistas italianos que deram prosseguimento as diferenças entre o real do medievo e a realidade no seu presente.

Já em séculos posteriores, com o advento do Iluminismo é feito um recorte da história em três “partes” ( Antiguidade, Idade Média, Tempos Modernos), sendo assim, essa forma de interpretar a história gera um instrumento historiográfico corrente, utilizado por alguns eruditos alemães.

É nesse momento que, Baschet, frisa que a burguesia toma posse do poder político, e alguns filósofos do século XVIII,utilizando da noção de obscurantismo e atraso , faz um contra ponto à Idade Média, para imposição da nova ordem econômica, política e social.

O que podemos notar é que apesar do cerne dessas diferenças, não se teve a intenção de aviltar a Idade Média, mas sim de clarificar e realçar cada época com as suas especificidades.

No entanto, temos a clareza que isto foi um dos motivos que levou o público a criar uma imagem cinzenta e dogmática da Idade Média.

2) Exponha a argumentação de Baschet acerca da importância do estudo da Idade Média nas Américas.

Baschet, expõe especificamente a data de 1942, como sendo um ponto de articulação entre a Idade Média e a Moderna, coadunando elementos para que possamos interpretar a importância da aventura marítima em direção ao Oeste para a descoberta de novas terras.

Nessa perspectiva, o autor expressa que tanto a Reconquista, como a conquista das novas terras se unem em um mesmo processo de unificação e de disseminação da cristandade.

Nesse ótica, percebemos que não há uma linha divisória entre a Idade Média e a Moderna, mas sim um laço entre momentos históricos que se unem em vasta medida.

Segundo Jêrônime Baschet, menciona com extrema clareza que: “ É verdade que a Conquista não é uma reprodução idêntica da Reconquista, mas ela é seu inegável prolongamento.”

Portanto conseguimos apreender que os homens que chegam ao continente americano não são modernos, muito pelo contrário, são homens imbuídos de elementos medievais.

3) Analise as considerações de Jérôme Baschet sobre o estudo de Luis Weckmann acerca da herança medieval no México, procurando identificar as continuidades do mundo medieval que poderiam ser observadas no Novo Mundo.

Ao mencionar os estudos de Weckmann, Baschet faz críticas as formas com que ele se limita a isolar aspectos que são equivalentes tanto na sociedade feudal europeia, quanto na sociedade colonial, usando-os como algo mórbido, engessado.

Baschet menciona em uma de suas críticas que, Weckmann permanece preso ao tradicionalismo de uma oposição entre Idade Média e Moderna, citando que, em meio a disseminação das ideias renascentistas, a Espanha permanecia medieval e atrasada, da forma que o resto da Europa se encontrava na modernidade.

A postura do autor é discordante de Weckmann, e enfatiza que a Espanha é uma das pioneiras a se lançar no processo de conquista da América, sendo um reino sólido, além de Fernando de Aragão ser considerado o modelo de príncipe para Maquiavel.

Neste sentido, conseguimos ter como referência, a permanência estrutural do feudalismo nas terras americanas, uma vez que houve a prolongação do papel fecundador de dominação, a estruturação da igreja, coadunando uma série de relações políticas entre um estrato social monárquico e aristocrático.

Fica claro que, o autor a se referir a modificação entre a relação política-econômica no período considerado como moderno, não é o bastante para a ruptura brusca da lógica feudal.

Segundo o autor, o movimento da Reconquista é de caráter medieval, tendo os conquistadores usado como padroeiro Santiago Matamoros.

Podemos citar como um exemplo de continuidade o completo predomínio da estrutura eclesiástica medieval na América. As terras que a Igreja detinha, os processos de evangelização, a luta contra o paganismo, a substituição dos cultos indígenas, pelos cultos aos santos da Igreja.

Em suma, o papel da Igreja no mundo colonial foi quase que idêntico ao do mundo medieval, se impondo como fonte reguladora religiosa, cultural e moral da sociedade.

4) Identifique as principais formas de periodização nos estudos sobre o medievo e analise a proposta do historiador Jacques Le Goff de uma "longa Idade Média".

Seguindo os passos de Baschet, em sua análise, estima uma ideia de continuidade da Idade Média, vendo a periodização como algo superficial e equivocado.

Notamos que, ao se referir ao declínio do Império do Ocidente, o autor deixa claro que, a data de 476 é uma referência cômoda, marcando o fim de uma capital e o desaparecimento do Império do Ocidente de uma forma superficial. Ao se atentar as questões do declínio do Império, Baschet, diz que é um fato consumado,assim como o avanço e as instalações de povos germânicos sobre suas terras, inclusive a própria Roma, que seria abandonada em proveito de outras capitais, tomada pelo Visigodo Alarico e suas tropas em 410.

O autor discorda da ruptura da Idade Medieval, como no olhar usual que vê o término do período, com a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453).

Para Jêrônime Baschet, os padrões sociais feudais perpassam tempos, não só na Europa, como também nas terras americanas, que legam muita das características sócio-cultural medieval.

No texto é proposto que a passagem da Idade média para a Idade Moderna seja repensada, pois não há uma ruptura abrupta entre as épocas.

Notamos a existência de elementos medievais que permanecem durante tempos e de diversas continuidades: A dominação da Igreja, ritos e sagração dos reis,mantendo tais estruturas até o século XIX.

Segundo Baschet, “As continuidades são múltiplas, dos ritos da realeza sagrada ao esquema das três ordens da sociedade, dos fundamentos técnicos da produção material ao papel central exercido pela Igreja.”

Utilizando a dinâmica que caracteriza a longa Idade Média, estabelecida ao feudalismo, prolonga-se da Antiguidade escravagista e os primórdios da Revolução Industrial e do modo de produção capitalista.

Com isso, a noção de Longa Idade Média de Le Goff, Baschet diz que, “é uma ferramenta preciosa para romper com as ilusões do Renascimento e dos Tempos Modernos.”

Nessa Ótica, o autor enfatiza a hipótese de longa duração da Idade Média proposta por, Jacques Le Goff, “entre o fim do Império Romano e a Revolução Industrial”.

É plausível que essa forma de repensar esse grande período histórico, trás um notável problema a obra de Baschet, que desconsidera a existência de alguns cortes no processo, Baschet não as nega, mas também não as salienta.

Nome: Daniel Carvalho de Deus

Matrícula: 12116090008

Polo: Piraí

Curso: História

E-mail: danielcarvalho_deus@yahoo.com.br

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