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Imperio Romano

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Por:   •  24/10/2014  •  698 Palavras (3 Páginas)  •  286 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Se um clássico acaba por ser uma eleição pessoal de cada leitor com suas predileções, estas, nem sempre de acordo com os critérios das instituições acadêmicas ou com os números das vendagens desta ou daquela obra (o que necessariamente não a torna um clássico embora popular e sucesso editorial de vendas) o "The History of the Decline and Fall of the Roman Empire", escrito entre 1776 e 1788, pelo historiador inglês Edward Gibbon (1737-1794) com a edição brasileira de título "Declínio e queda do Império Romano" (Cia das Letras. 2003, 504 págs. Esgotado) certamente figura entre eles por várias razões. Aspectos como o uso inédito de fontes literárias e seu trato metodológico rigoroso (a arqueologia ainda não existia como tal) e em particular, pelo uso de uma argumentação lógica e racional na explicação dos eventos e fatos históricos centrados neste mundo, isto é, sem recorrer ao uso das explicações de natureza religiosa, divina. É tida por isso como a primeira obra histórica moderna. Fiel ao ceticismo crítico em sua análise, pensou o "objeto histórico" com maior isenção e cientificidade com a qual nem sempre foi favorável em suas reflexões, mesmo quando estas se voltavam para o cristianismo primitivo. O que claro, gerou controvérsias que desde então, se tornaram frequentes quando das muitas questões decorrentes dos encontros (e embates) entre as coisas da religião e da ciência. A obra que é monumental, extensa, não foi publicada completa no Brasil, o que não a torna menos interessante e "obrigatória" para os interessados em conhecer e ler um autêntico clássico. Publicada em seis volumes, entre 1776 e 1778, esta obra, imediatamente reconhecida como clássica e que se tornaria a mais famosa da historiografia inglesa, abrange três grandes períodos: da época de Trajano e dos Antoninos (c. 100 d.C.) à extinção do império romano do Ocidente, com a conquista de Roma por Alarico em 410; do reinado de Justiniano no Oriente ao estabelecimento do Sacro Império Germânico por Carlos Magno; e, por fim, do renascimento do império no Ocidente à tomada de Constantinopla. Abreviada e editada pelo renomado especialista Dero A. Saunders, esta edição aborda principalmente o período inicial, o do progressivo enfraquecimento do império romano no Ocidente. Com isso, o leitor brasileiro tem a oportunidade de acompanhar, na prosa cadenciada de um dos maiores estilistas da literatura inglesa, o "triunfo da barbárie e da religião" sobre as nobres virtudes romanas que Gibbon tanto admirava. E, sempre presente neste modelo de narrativa histórica, a irresistível ironia de Gibbon, exemplificada em sua famosa definição da história como "pouco mais do que o registro dos crimes, loucuras e desventuras da humanidade".

DESENVOLVIMENTO

Gibbon, como muitos historiadores antes do estabelecimento da ciência da arqueologia, dependia de fontes literárias. Ele recorreu muito raramente a fontes secundárias de historiadores ou literatos já falecidos, preferindo recorrer a contemporâneos ou quase-contemporâneos. Uma razão importante para que a obra de Gibbon tenha prevalecido no tempo foi o seu julgamento prudente e esclarecido quanto à fidelidade das fontes e ainda o seu esforço diligente na sistematização das afirmações de

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