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Resenha Critica Sobre O Documentário As Cruzadas - History Chanel

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Por:   •  2/2/2015  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  2.490 Visualizações

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Documentário As Cruzadas – History Chanel – A Primeira Cruzada

O filme trata de um documentário que fala sobre As cruzadas e foi produzido pelo canal History, o trecho a ser analisado narra a primeira cruzada, seus protagonistas e os locais históricos onde tudo se passou.

O documentário descreve o jogo político e religioso que resulta nas primeiras cruzadas, que tem por objetivo principal a retomada de Jerusalém, que se encontrava nas mãos dos turcos.

Jerusalém desde sua fundação até os dias de hoje é disputada, principalmente entre hebreus que no século XI conquistaram a cidade e construíram um templo em homenagem a Javé, o Deus único; cristãos que entre os séculos IV e VII estiveram em poder da cidade que lhes era sagrada por ter abrigado Jesus em seus últimos dias e em 638 ela foi invadida por muçulmanos que acreditavam que foi na cidade que o profeta Maomé ascendeu aos céus.

Porém em 1071 os turcos expulsaram os árabes da cidade e não permitiram mais a peregrinação cristã e é nesse ponto que começa o documentário, mostrando que foi por esse motivo que o Papa Urbano II convoca os cristãos para uma guerra santa visando libertar Jerusalém do domínio turco.

A Europa estava em período de declínio, dominada pela violência e onde a fé perdia espaço para a ganância e a barbárie. Com o feudalismo, as novas técnicas empregadas no campo e a diversificação dos produtos agrícolas possibilitaram, entre outras mudanças, um aumento demográfico significativo, o qual forçou os homens a se expandirem para novas terras. Segundo Rousset, no final do século XI e nos primeiros anos do século XII, o numero excessivo de nascimentos na Europa ocidental criava uma situação difícil para os cavaleiros privados de terras e desocupados, e aos quais só restava escolher entre a guerra de conquista e as aventuras nos países longínquos (como fizeram muitos filhos mais novos na Normandia) ou entre a pilhagem e a desordem na própria terra. Além disso, as dificuldades encontradas pelos camponeses que queriam ampliar as suas culturas e os perigos que para eles representavam os guerreiros-salteadores clamavam por uma solução nova. Em suma, a situação econômica do Ocidente explica, numa parte impossível de avaliar, o êxito da Cruzada; aos pregadores não faltavam argumentos para exortar grandes e pequenos a se lançarem na rota da Síria [...] (ROUSSET, 1980, p. 14).

O catolicismo era a religião vigente e a única instituição com poder suficiente para mudar a situação de caos na Europa Ocidental. Numa época em que a religião era grande parte do cotidiano das pessoas e o temor dos castigos de Deus em relação ao pecado, que estavam sempre à espreita, faziam um cenário propício para transformar o poder espiritual da igreja em poder político. Na prática, convocar os cristãos para uma guerra santa foi apenas um subterfúgio, porque haviam inúmeros interesses envolvidos na oferta do Papa. Através dessa cruzada, o papa Urbano II almejava, basicamente, retomar o prestígio e a unidade da Igreja, que a muito estava abalado pela corrupção do clero e pelo Cisma do Oriente, ocorrido em 1054, e que foi responsável por ter dividido a cristandade entre a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma, e a Igreja Ortodoxa, com sede em Constantinopla.

Com o conhecimento desses objetivos e a clara intenção de colocar a igreja novamente no cenário político da época, em 1095 o Papa Urbano II decide ajudar um antigo rival, líder político da igreja ortodoxa grega, Aleixo I, que a partir de Constantinopla solicitou ajuda para revidar o ataque dos Turcos Seljúcidas que já tinham tomado os territórios muçulmanos da Pérsia, Síria, Palestina e a cidade de Jerusalém, sendo seu próximo alvo o Império Bizantino. Era além de tudo a oportunidade do cristianismo retomar as terras sagradas e aumentar o seu poder econômico e político.

O Papa Urbano II era um excelente orador e com um sermão histórico proferido em Clermont, na França, convocou os reis e príncipes da Europa a travarem uma guerra sob a bandeira da igreja católica, uma cruzada pela fé cristã e a reconquista da cidade de Jerusalém,

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