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Vargas E Kubitschek: Um Paralelo Sintético Das Estratégias De Desenvolvimento

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Por:   •  2/11/2014  •  399 Palavras (2 Páginas)  •  525 Visualizações

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É inegável que Vargas imprimiu no Brasil, durante seus governos, uma política de forte desenvolvimento nacional, viabilizando, no país, o processo de modernização, sobretudo no setor econômico – por conta da crise capitalista (1929) e do declínio do comércio agrícola (cafeicultor), e na organização do Estado em contraposição à vertente patrimonialista adotada pelos governos antecedentes da República Velha (1889-1930).

Malgrado a tendência centralizadora do poder político (totalitarismo) e da intensa política intervencionista na economia, aliadas à implementação de medidas de cunho social como pretexto de aproximação do povo e de obtenção do lastro popular ao governo, descabe questionar que Vargas consolidou o fortalecimento na indústria nacional através de incentivos estatais e de medidas protecionistas, incentivando a produção e consumo interno de bens.

Coelho (2009) ilustra o governo varguista afirma que “independente das virtudes e defeitos pessoais e da ação política desenvolvida por Getúlio Vargas, sua passagem pelo comando do setor público brasileiro estabeleceu um verdadeiro divisor de tempo”.

Já no governo de Kubistchek, o Brasil manteve, em parte, o modelo desenvolvimentista varguista com o estabelecimento de metas pré-definidas de crescimento econômico. Kubistchek instituiu, ainda, uma política econômica planejada (Plano de Metas) na qual foram priorizadas as obras de infraestrutura e o impulso à produção nacional segundo a referência da economia internacional.

No entanto, como a maior parte do financiamento desse projeto recaiu sobre as finanças do Estado – pouca participação da iniciativa privada (COELHO, 2009, p. 30) mesmo com o apoio de agências de crédito do governo (“Administração Paralela”), o Brasil enfrentou forte inflação, promovendo um desmantelo financeiro e endividamento externo.

Assim, contrariamente à visão de governo varguista, Kubistchek excitou o investimento do capital estrangeiro em detrimento no setor industrial nacional. Benayon (2009) dispara, afirmando que, neste período, o Brasil “foi sendo transformado em plataforma de transferência de recursos naturais e financeiros para o exterior”.

Portanto, ao tempo em que a Era Vargas proporcionou ao país significativas transformações – benéficas de um lado e maléficas, de outro, favorecendo a modernização na forma de definição das políticas públicas, Kubistchek promoveu a internacionalização da economia interna do Brasil, tendo os dois governos fomentado, concretamente, as bases para o desenvolvimento econômico, social e cultural nacional para os períodos subsequentes.

REFERÊNCIAS:

BENAYON, Adriano. Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. 2009. Disponível em: < http://www.jornalorebate.com.br/site/politica/334>. Acesso em: 13 abr. 2014.

COELHO, Ricardo Corrêa. Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2009.

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