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A DIVA: MACHISMO NA SOCIEDADE DO SÉCULO XIX

Por:   •  14/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  608 Palavras (3 Páginas)  •  106 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

DOCENTE: ELANE PLÁCIDO

DISCENTES: ANA CAROLINA GAMA, ERICK CLEMENTE, SAMARA VICHIATO, THIAGO BLANCO E JANSEY SCOFIELD

CURSO: QUÍMICA INTEGRADO

DISCIPLINA: PORTUGUÊS

DIVA: MACHISMO NA SOCIEDADE DO SÉCULO XIX

1. RESUMO:

        Este trabalho tem como objetivo analisar as relações matrimoniais, a educação feminina, a descrição, apresentação e valores das mulheres em relação à sociedade patriarcal do século XIX, representada no romance Diva de José de Alencar, publicado em 1864.

2. OBJETIVO GERAL:

        Analisar as relações machistas na sociedade patriarcal do século XIX, representava no romance “Diva” de José de Alencar.

3. METODOLOGIA:

        As obras foram analisadas a partir da visão da cultura patriarcal presente na sociedade da época com a finalidade de encontrar aspectos que evidencie os conceitos machistas no romance.

4. DESENVOLVIMENTO DO TEMA        

A cultura patriarcal foi imposta desde o início da colonização brasileira e determinava que a mulher é um ser submisso ao homem e a igreja. Nos romances do século XIX, inclusive em Diva, de José de Alencar, é possível observar que as heroínas românticas sempre prestavam um papel de seres frágeis, puros, submissos e modestos, de acordo com o perfil ideal de mulher na sociedade patriarcal. Dessa forma, Emília, que se recusava a casar sem ser por amor, era considerava diferentes dos restos das mulheres da época. As citações a seguir mostram como o caráter forte e retraído de Emília era repudiado na época:

“Tive de lutar contra a enfermidade rebelde e a tenacidade inflexível de um caráter singular de menina, habituada a ver satisfeitas todas as suas vontades, como ordens imperiosas.”

“O império dessa menina era tal que não impunha unicamente obediência às pessoas que a cercavam; obrigava-as a se identificarem com a sua vontade, anulando-se.”

Isso acontecia porque a existência da mulher era reduzida ao casamento e os homens casavam-se visando os “dotes”, consequentemente, tratando às mulheres como mercadorias. A citação abaixo evidencia o interesse de Augusto no dote que iria receber no seu casamento com Emília:

“Disse-lhe que a amava já muito, mas isso não era nada em comparação do que senti depois... Um dia, alguém, creio que um corretor, assegurou-me que o Sr. Duarte era nada menos que milionário... duas vezes milionário [...] viúvo, só com dois filhos... pensei eu... Então D. Emília terá um milhão de dote! Um milhão! Desde esse momento meu amor não teve mais limites; [...] oh! Que paixão, D. Emília! Era um delírio... uma loucura... Foi então que eu não pude mais resistir e confessei-lhe que a amava!”

(ALENCAR, 1984, p. 64).

Nesse contexto, não casar para uma mulher daquela época era a mesma coisa que a morte pois, se uma mulher tivesse 20 anos e não estivesse casada ela era vista como inútil para a sociedade. Portanto, as mulheres recebiam educação para serem boas esposas desde cedo. Em Diva, ao ler a citação a seguir, é possível perceber que Emília, além de seguir a educação de acordo com os moldes patriarcais do século XIX, também focava em outros aspectos:

“Essa moça tinha desde tenros anos o espírito mais cultivado do que faria supor o seu natural acanhamento. Lia muito, e já de longe penetrava o mundo com o olhar perspicaz, embora através das ilusões douradas. Sua imaginação fora a tempo educada: ela desenhava bem, sabia música e a executava com mestria; excedia-se em todos os mimosos lavores de agulha, que são prendas de mulher. Possuía habilidades que não eram esperadas das mulheres no século XIX, porém, no final, cumpriu seu papel de mulher submissa no casamento.”

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