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Camões Poema Redondilhas de Babel

Por:   •  2/2/2020  •  Ensaio  •  508 Palavras (3 Páginas)  •  726 Visualizações

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE ____________

NÚCLEO DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS VERNÁCULAS

 ENSAIO SOBRE O POEMA: Redondilhas de Babel e Sião

Porto Velho

2019

INTRODUÇÃO

Luís Vaz de Camões foi um grande poeta português do século XVI que conseguiu transmitir grande patriotismo para o seu povo, tendo Os Lusíadas, poema épico, como o mais conhecido dos seus poemas, o qual lhe rendeu glória. Além de poemas épicos, escreveu poemas líricos, como o poema “Redondilhas de Babel e Sião”, também conhecido como “Sôbolos Rios que Vão” e por “Super Flumina”, objeto desse ensaio. Tendo como o tema a diáspora judaica de Jerusalém para a Babilônia, episódico bíblico encontrado no salmo 137.

DESENVOLVIMENTO

Como um dos títulos do poema mostra, é uma poesia escrita em redondilhas com as estrofes em versos de sete sílabas. O poema de caráter religioso, faz uma paráfrase do salmo 137 da bíblia, portanto faz referências a elementos bíblicos, como: Sião, Jerusalém, cidade de Babel, Babilônia etc. De acordo com a Bíblia, Babilônia foi o local onde foram levados os judeus depois da conquista de Jerusalém, cidade referida como Sião. O poema retrata esse episódio, mas representado de forma poética por Camões, ele dá voz a tristeza de um habitante de Sião depois de serem expulsos de sua terra natal (Jerusalém) e levados cativos para a Babilônia. Exemplo: “Sôbolos rios que vão/ Por Babilônia, me achei,/ Onde sentado chorei/ As lembranças de Sião,/ E quanto nella passei.” “ canta o preso docemente/ Os duros grilhões tocando;/ canta o segador contente;/ E o trabalhador, cantando,/ O trabalho menos sente.

Além disso, fala do episódio que o profeta Jeremias clama que seu povo continue a viver, mas para os habitantes isso seria algo impossível de realizar, pois o amor a terra natal é algo que para eles não dá para viver sem. Exemplo: “Como poderá cantar/ Quem em choro banha o peito?/ Porque se, quem trabalhar/ canta por menos cansar,/Eu só descansos enjeito./ Que não parece razão,/ Nem seria coisa idônea,/ Por abrandar a paixão/ Que cantasse em Babilônia/ As cantigas de Sião.” 

Também, o poeta escreveu outra poesia similar “cá nesta babilônia”  abordando o mesmo tema das “Redondilhas de Babel e Sião” que é a temática do desterro e amor à pátria e também referindo aos mesmos assuntos bíblicos como Sião e Babilônia, elementos que o poeta abordava bastante na hora de escrever, tornando-se assim importantes para análise. Pelo o soneto “cá nesta babilônia” permite a interpretação que Sião e Babilônia referidos na rendondilha sejam referências, também, a vida do poeta, o primeiro termo, a Portugal, terra de Camões, e o segundo, Babilônia, lugar onde ocorreu o seu exílio pela corte portuguesa. Assim a tristeza do eu-lírico das redondilhas cabe também para os sentimentos do poeta durante o exílio. Outro ponto importante, é a exaltação que Camões faz a terra natal se referindo a Portugal como uma terra sagrada, de alta pureza e perfeição, assim como é descrito de Sião.

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