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O artesanato da palavra

Por:   •  11/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  999 Visualizações

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O Artesanato da Palavra

Introdução

1.1 - O capítulo relata o desafio de transformar ideias em palavras coerentes, claras, elegantes e articuladas entre si.

1.2 - O aumento do tamanho do cérebro humano e a capacidade de linguagem foi a primeira mudança mais significativa ao longo da evolução dos primatas ao homo sapiens. Ambas profundamente associadas, pois sem o cérebro maior o homem não teria como processar sua linguagem.

1.3 - E apesar das inúmeras tentativas de explicar o mundo material e reconstruir simbolicamente o seu funcionamento, a tarefa de fazer ciência não acaba quando os experimentos e as observações são realizadas e os resultados obtidos. Tudo deve se plasmar em palavras para que haja a comunicação.

1.4 - Boa parte do desacordo nas discussões filosóficas e do ruído nas comunicações eram atribuídos, por alguns filósofos  e cientistas, ao uso desleixado da palavra.

1.5 - Ludwing Wittegenstein  defendia a ideia de que o grande objetivo da filosofia deveria ser depurar a linguagem de suas imprecisões. Sem um uso correto das palavras, as pessoas não conseguem dizer o que querem.

1.6 - É necessário que tenhamos bastante cuidado no uso das palavras e definições que, se não usadas corretamente, comprometem toda a análise.

1.7 - Por esses motivos é que há um artesanato da palavra. Saramago nos disse: “Um artesão precisa cuidar das suas ferramentas com desvelo. Ora, se a ferramenta do escritor é a palavra, igual cuidado merecerá.”.

Sem boa forma, o conteúdo morre na praia

2.1 - Deve-se entender a relação que há entre estilo e conteúdo. O bom estilo está a serviço do conteúdo. Uma melhor apresentação contribui para tornar mais confiável o conteúdo.

2.2 - Não se põe a perder um bom trabalho por não saber transcrever suas ideias para o papel. Um bom tema não deve ser desperdiçado pela má qualidade da redação.

2.3 - A redação não é apenas transcrever ideias prontas, mas uma fase da construção do trabalho, juntamente relacionada com o desenvolvimento do raciocínio.

2.4 - Ás vezes ocorre de ao tentarmos apresentar nossas ideias acabamos por alterá-las tanto na forma quanto no conteúdo. Novas ideias vão surgindo à medida que trabalhamos no contexto em estudo.

2.5 - Não se deve separar o que se pensa do que se escreve. Temos que encontrar um equilíbrio entre esses dois contextos.

O sofrimento do primeiro trabalho

3.1 - O começo da redação, para os iniciantes, pode ser a parte mais complicada do trabalho. Mas depois que se inicia, quando as ideias começam a ser transcritas, ganha-se ritmo e autoconfiança.

3.2 - Já sabemos que os primeiros parágrafos devem ser os bem elaborados, pois é a porta de entrada para que o leitor entre no mundo do autor. Por isso a razão de serem os mais difíceis.

3.3 - É importante que se inicie logo, mesmo que depois seja preciso descartar alguma coisa. É necessário que as ideias comecem a se expostas, não adianta esperar ter tudo pronto, todas as ideias devidamente organizadas, isso é impossível.

3.4 - Ocorre com muitos escritores iniciantes o medo de escrever, que os paralisa. Mas quando as ideias vão se organizando, até o que a princípio estava obscuro sobre o que se quer dizer, se desenvolve naturalmente.

3.5 - Ou também pode ocorrer de se já ter algo bem claro do que irá ser dito, mas ao longo da escrita vai-se mudando as certezas. As ideias mudam, os julgamentos sobre o assunto se tornam mais seguros.

3.6 - Não importa o tema que está sendo elaborado, à medida que trabalhamos no assunto, mais informações e mais ideias vão surgindo ao longo do processo.

3.7 – Ao  terminar o trabalho é preciso voltar ao início e descartar o que parecer desnecessário, incoerente. Ou até mesmo seja o caso de refazê-los.

3.8 - Acontece que as revisões podem demorar mais tempo do que o que foi investido para fazê-lo. Mas é preciso esse polimento na forma para que o resultado final agrade ao leitor.

As Arapucas estilísticas

4.1 - Autores iniciantes são vítimas de armadilhas devido a más leituras que fizeram durante a sua formação. Não dá pra evitar. Mas persistir tropeçando nos mesmos erros, não é inteligente.

4.2 - A princípio, deve-se evitar os clichês, o que todos já viram e estão cansados de saber. As palavras da moda, palavras vagas, jargões, palavras ideologicamente carregadas, podem até ter seu lugar certo, mas tendem a ser usadas sem cuidado algum.

4.3 - É preciso também evitar palavras vagas e obscuras, é sempre recomendável usar termos que o leitor possa entender e imaginar corretamente.

4.4 - O bom artesanato da linguagem consiste em dizer o máximo, com o máximo de clareza e com o mínimo de palavras.

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