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PRODUÇÃO DE ELABORAÇÃO DIDÁTICA

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Por:   •  17/4/2014  •  2.967 Palavras (12 Páginas)  •  286 Visualizações

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PRODUÇÃO DE ELABORAÇÃO DIDÁTICA

DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA AULA: I

PROFESSOR: ELIZABETH TURMA: 7º ANO

INTRODUÇÃO

RESUMO DA AULA ANTERIOR: Leitura e Interpretação de Textos

TÍTULO: Explorando os elementos da narrativa

TÓPICOS: Leitura do Conto “As mãos de meu filho” Erico Veríssimo.

Contextualizar o Autor da obra

Explorando os elementos da narrativa

Tempo e espaço no conto “As mãos de meu filho”:

OBJETIVOS: Proporcionar aos alunos experiências de leituras, em textos literários, que satisfaçam suas necessidades e estratégias que sejam conhecidas por eles;

INCENTIVO: Material literário – textos que abordem temas/ composições muito procurados pelos alunos na própria literatura ou em outros meios de expressão (televisão, quadrinhos, folclore, espetáculos, filmes etc.);

REFERÊNCIAS

http://www.releituras.com/everissimo_filho.asp

EXPLICAÇÃO

• Levar o aluno a refletir que a leitura é um processo único, individual e intransferível.

• Fazer as seguintes perguntas aos alunos

Que obras você já leu?

De acordo com as obras lidas, quais você mais gostou e por quê?

Que gênero literário mais agrada a você? Romance, conto, crônica, poemas, teatro?

Que categoria de textos mais o atrai? Humorísticos, ficcionais, dramáticos?

• Identificar a preferências literárias da turma:Ex. textos curtos; contos, crônicas, músicas; poemas, filmes.

• Ler o conto junto com a turma, fazendo que cada um participa da leitura.

• Falar um pouco sobre o autor para que eles conheçam mais a nossa literatura:

Érico Veríssimo faz parte do Modernismo Brasileiro, movimento artístico e literário, cujo marco inicial se dá com a realização da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. Para a Literatura, é um período de grande relevância histórica, pois rompe com a tradição literária até então vigente, tanto na linguagem como na forma. Os autores expunham na literatura as suas reflexões sobre a realidade social e política vivida. O Modernismo se divide em três gerações: de 1922 a 1930, a mais radical delas, justamente em consequência da necessidade de definições e do rompimento de todas as estruturas do passado, da qual faz parte, entre outros, Mário de Andrade; de 1930 a 1945, os autores produzem uma literatura de caráter mais construtivo, de maturidade, aproveitando as conquistas da geração de 1922 e sua prosa inovadora. Érico Veríssimo, com sua prosa regionalista, pertence a essa geração; de 1945 até a contemporaneidade temos a terceira geração.

VERIFICAÇÃO SUMÁRIO

 Pelas respostas dos alunos, oralmente;

 Pelos exercícios na folha de A4.  Leitura e interpretação de textos;

1. Leitura do texto

As mãos de meu filho

Erico Veríssimo

Todos aqueles homens e mulheres ali na platéia sombria parecem apagados habitantes dum submundo, criaturas sem voz nem movimento, prisioneiros de algum perverso sortilégio. Centenas de olhos estão fitos na zona luminosa do palco. A luz circular do refletor envolve o pianista e o piano, que neste instante formam um só corpo, um monstro todo feito de nervos sonoros.

Beethoven.

Há momentos em que o som do instrumento ganha uma qualidade profundamente humana. O artista está pálido à luz de cálcio. Parece um cadáver. Mas mesmo assim é uma fonte de vida, de melodias, de sugestões — a origem dum mundo misterioso e rico. Fora do círculo luminoso pesa um silêncio grave e parado.

Beethoven lamenta-se. É feio, surdo, e vive em conflito com os homens. A música parece escrever no ar estas palavras em doloroso desenho. Tua carta me lançou das mais altas regiões da felicidade ao mais profundo abismo da desolação e da dor. Não serei, pois, para ti e para os demais, senão um músico? Será então preciso que busque em mim mesmo o necessário ponto de apoio, porque fora de mim não encontro em quem me amparar. A amizade e os outros sentimentos dessa espécie não serviram senão para deixar malferido o meu coração. Pois que assim seja, então! Para ti, pobre Beethoven, não há felicidade no exterior; tudo terás que buscar dentro de ti mesmo. Tão-somente no mundo ideal é que poderás achar a alegria.

Adágio. O pianista sofre com Beethoven, o piano estremece, a luz mesma que os envolve parece participar daquela mágoa profunda.

Num dado momento as mãos do artista se imobilizam. Depois caem como duas asas cansadas. Mas de súbito, ágeis e fúteis, começam a brincar no teclado. Um scherzo. A vida é alegre. Vamos sair para o campo, dar a mão às raparigas em flor e dançar com elas ao sol... A melodia, no entanto, é uma superfície leve, que não consegue esconder o desespero que tumultua nas profundezas. Não obstante, o claro jogo continua. A música saltitante se esforça por ser despreocupada e ter alma leve. É uma dança pueril em cima duma sepultura. Mas de repente, as águas represadas rompem todas as barreiras, levam por diante a cortina vaporosa e ilusória, e num estrondo se espraiam numa melodia agitada de desespero. O pianista se transfigura. As suas mãos galopam agitadamente sobre o teclado como brancos cavalos selvagens. Os sons sobem no ar, enchem o teatro, e para cada uma daquelas pessoas do submundo eles têm uma significação especial, contam uma história diferente.

Quando o artista arranca o último acorde, as luzes se acendem. Por alguns rápidos segundos há como que um hiato, e dir-se-ia que os corações param de bater. Silêncio. Os sub-homens sobem à tona

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