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Sexualidade Em Sala De Aula

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Por:   •  31/5/2013  •  3.062 Palavras (13 Páginas)  •  1.319 Visualizações

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Sexualidade em sala de aula

O despertar da sexualidade

Ao contrario do pensamento de muitos, a sexualidade está presente na vida do individuo desde seu nascimento, e quem sabe até antes, na barriga da mãe, quando se formam os órgãos genitais.

Freud, em seu trabalho intitulado “Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade” foi o primeiro pesquisador a ousar dizer que as crianças eram dotadas de sexualidade desde o nascimento, e que se auto-manipulavam em busca de prazer.

E a verdade é que a criança desde que nasce está desenvolvendo a sexualidade. Começa pelo desejo e prazer em se alimentar, em descobrir os pezinhos e as mãos e levar tudo à boca. Quando começa a se distinguir do outro, descobre as diferenças entre homens e mulheres, entre meninos e meninas, brincando até com os órgãos sexuais do coleguinha. Tudo naturalmente, dependendo da atitude dos pais perante estas descobertas.

Professores de séries iniciais e pré-escolares com certo tempo de profissão, com certeza poderão relatar ao menos um caso de uma criança que tivesse a mania de tocar seu órgão sexual. E isso é de certa forma normal, visto que nessa fase ocorre o descobrimento do corpo; a criança se toca descobre uma sensação gostosa, apesar de ainda não relacionar esse ato com o sexo propriamente dito.

Esta criança, ao se tocar, está apenas se descobrindo e sentindo prazer no que está fazendo, sem ter idéia ainda de libido e sexo como ocorre com os adultos.

Além disso, em diversas situações cotidianas, o educador pode observar a presença da sexualidade nas atitudes das crianças, em brincadeiras individuais ou em grupo.

As atitudes das crianças são erotizadas pelos adultos, que dão um sentindo distorcido, proibido, e por muitas vezes, sujo. Essa não é a melhor maneira de lidar com a sexualidade infantil. E como bem sabemos sexualidade não é sexo.

A reação dos professores, e ainda mais dos pais, é quase sempre de surpresa quando as crianças fazem perguntas como “De onde eu vim?” ou "Como o meu irmãozinho foi parar dentro da sua barriga?". Os mesmos podem sentir-se constrangidos quando ‘flagram’ os pequenos brincando com seus órgãos genitais.

A curiosidade da criança não pode de forma alguma ser inibida. Porem a criança deve ser orientada de que certos comportamentos não são aceitos em publico.

A sexualidade - como muitas outras coisas - se desenvolve baseada em valores morais e culturais que a criança absorve do meio em que vive. A infância é, ainda hoje, ligada à pureza e inocência, mesmo em tempos modernos onde valores morais e culturais são diferentes e mais abertos do que antigamente. A educação sexual deve ser feita de forma clara, simples, prazerosa e natural. Alguns docentes acreditam no trabalho com o lúdico, para que a criança possa visualizar e aprender sobre o assunto de forma natural.

Tudo o que é passado para as crianças com transparência e naturalidade, sem preconceitos e mentiras, é desenvolvido da melhor maneira sem traumas ou conseqüências.

A educação sexual é constituída pelos processos culturais

contínuos que, desde o nascimento, de uma forma ou de outra,

direcionam os indivíduos para diferentes atitudes e comportamentos,

ligados a manifestação de sua sexualidade. Esta educação é dada

indiscriminadamente na família, na escola, no bairro, com os amigos,

pelos meios de comunicação etc. É a própria evolução da sociedade

que determina os padrões sexuais de cada época e, conseqüentemente

a educação sexual do indivíduo ( NUNES,1987, p.30).

Homossexualidade em sala de aula

Dentro da escola, o que podemos perceber é que se um menino prefere brincar com as meninas ou uma menina gosta mais de brincadeiras com os meninos eles já são tidos como homossexuais. É um julgamento errôneo para os dias atuais. Eles podem não ser, mas se forem, devem ser respeitados.

Os professores devem ser preparados a responder e a esclarecer o respeito às diferenças, claro que este respeito deve ser ensinado em casa com a família também.

Para evitar o constrangimento, o assédio ou o bullying por parte dos outros estudantes, os familiares e a escola devem falar aos jovens sobre a necessidade de respeitar as diferenças e de refletir sobre o porquê de que quem não tem o "comportamento padrão" imposto pela sociedade sofrer muito.

Esclarecer os diferentes tipos de orientação sexual (atração afetiva pelo mesmo sexo ou identificação física e psicológica com o sexo oposto) no ambiente escolar faz parte disso, embora não seja fácil.

Na escola ou em qualquer lugar, ninguém escolhe ser homossexual; o desejo sexual e emocional por uma pessoa do mesmo sexo surge naturalmente assim como com um heterossexual.

Preparar as alunas como sendo futuras esposas que ficam em casa cuidando dos filhos enquanto os meninos como o chefe de família que sai para trabalhar e sustentar a família é um pensamento ultrapassado. A família atual não é assim.

Ao longo dos anos, as brincadeiras mudaram, o estilo de vida da população mudou e a família de hoje não tem um modelo a ser seguido: vemos a avó que cuidou dos netos, a mãe que cuidou da filha, o pai e a madrasta ou vice versa, o casal homossexual e assim, as relações se baseiam em amor e não há padrão a ser seguido. E é isso que também deve ser mostrado em sala de aula, que o diferente do seu, é comum para o outro e o que basta são as relações de respeito e amor.

Teoria queer

Queer, palavra da língua inglesa que significa estranho, inesperado e não natural. Também é uma forma antiga de se referir a homossexuais ofensivamente. O termo foi reapropriado, de insulto passa a nomear abordagens que tentam explicar as sexualidades.

Nos últimos vinte anos, a sexualidade tem recebido grande atenção de cientistas, religiosos, antropólogos, educadores e estudiosos em geral, sendo, desde então, entendida das mais diferentes maneiras.

A teoria queer afirma que a orientação sexual e a sua identidade é o resultado de uma construção social e, portanto, não existem papeis sexuais escritos biologicamente na natureza humana.

Originada a partir dos Estudos Culturais norte-americanos, a teoria queer ganhou notoriedade como contraponto crítico aos estudos sociológicos

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