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A INTERVENÇÃO DO EDUCADOR NA PREVENÇÃO DAS DIFICULDADES DE ENSINO OCASIONADAS PELA DISLEXIA: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO

Por:   •  20/10/2016  •  Artigo  •  7.033 Palavras (29 Páginas)  •  305 Visualizações

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A INTERVENÇÃO DO EDUCADOR NA PREVENÇÃO DAS DIFICULDADES DE ENSINO OCASIONADAS PELA DISLEXIA: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO

Existe um grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem, exigindo assim, medidas pedagógicas adequadas consoantes com as necessidades constatadas. Tal perspectiva exige que educadores tenham formação suficiente, que os habilite ao atendimento especializado, utilizando metodologias de ensino adequadas. A necessidade de uma formação científica multidisciplinar no âmbito educacional incentivou o interesse em desenvolver uma pesquisa bibliográfica, a qual pode ser descrita como um breve estudo descritivo, onde são abordados pontos relevantes sobre a manifestação da dislexia em sala de aula. O objetivo da presente pesquisa é evidenciar a necessidade de diagnóstico precoce da dislexia, no sentido de prevenir dificuldades de aprendizado, fato comprovado através das leituras realizadas durante a sistematização do estudo. Para tanto foi realizado um levantamento bibliográfico com a intenção de verificar a importância da formação docente, abordar os aspectos mais relevantes sobre a educação especial, compreender como o professor pode identificar e auxiliar um aluno disléxico, e por fim, propor adequações metodologias voltadas para o ensino desses educandos.  

Palavras-chave: Aprendizagem. Dislexia. Educação. Desenvolvimento.

1 Introdução


        Muitos educadores se deparam com alunos que apesar de receberem subsídios educacionais adequados para seu desenvolvimento cognitivo, possuem dificuldades de aprendizado no âmbito da leitura ou da escrita, reduzindo suas oportunidades de sucesso escolar e, consequentemente êxito no convívio em sociedade. Frequentemente tais dificuldades são associadas à capacidade intelectual dos indivíduos, mas o problema pode ser na verdade algum tipo de distúrbio de dificulte o correto desenvolvimento da aprendizagem, dentre os quais tem-se a dislexia.

        Contudo, o reconhecimento de uma dificuldade de aprendizagem implica que os educadores saibam reconhecer os fatores que a integram, bem como, o procedimento indicado para lidar corretamente com esse problema. Diante do primordial papel dos educadores, surge a preocupação destes profissionais, em que seus educandos aprendam a ler, escrever e consigam expressar-se oralmente, e que tais habilidades traduzam a capacidade do saber ouvir, falar, ler e escrever diante da participação social. 

        No âmbito do desenvolvimento biológico, para que aprendizagem seja desenvolvida sem dificuldades, é necessário que o sistema nervoso (periférico e central) do indivíduo seja saudável, tendo em vista que o aperfeiçoamento cognitivo ocorre por meio da recepção e percepção de informações externas. Essa afirmação remete a ideia de que a aprendizagem ocorrerá de fato, se o sistema nervoso responsável pela assimilação dos conteúdos esteja íntegro. Porém, isso não significa que a aprendizagem dependa exclusivamente de fatores neuropsicológicos, necessitando de artifícios fornecidos pela educação.

        A complexidade desse cenário despertou o interesse em desenvolver um levantamento bibliográfico na tentativa de compreender a percepção que pesquisadores da área têm sobre o assunto e, principalmente, sobre as implicações da dislexia no processo de ensino-aprendizagem.

        Dessa forma, justifica-se a importância da presente abordagem no interesse em disponibilizar um estudo capaz de auxiliar pais, profissionais da educação e demais áreas a compreenderem as principais características que envolvem a dislexia, no sentido de auxiliá-los no acompanhamento e desenvolvimento de técnicas educativas apropriadas, para trabalhar com alunos que tenham sido diagnosticados com tal problema.

        O objetivo principal da pesquisa centraliza-se na preocupação de fornecer informações pertinentes ao diagnóstico e trabalho educacional que pode ser desenvolvido com educando que apresentem dislexia. Especificamente tem-se a intenção de discorrer sobre a educação especial no contexto brasileiro; evidenciar a importância de uma formação docente adequada; verificar como as dificuldades de aprendizagem podem se manifestar em sala de aula; compreender como um caso de dislexia pode ser identificado, suas interferências na aprendizagem; e propor possíveis adequações de ensino às necessidades do educando disléxico.

         Como se trata de uma pesquisa especificamente bibliográfica, para sistematização do artigo em si foi realizado um levantamento de livros, artigos, trabalhos científicos e revistas, com a intenção de enriquecer o conhecimento a ser disponibilizado através da construção textual resultante. Para tento foram utilizados os estudos de autores como Abram Topczesky (2000), Daniel Goleman (2007), Giselle Massi (2007), Jean Piaget (1975, 2003), Lev Vygotsky (1993), Renata Jardini (2010), Sara Paín (1989), dentre outros pesquisadores que se dedicam ao estudo das dificuldades encontradas no desenvolvimento do ensino infantil.

        Com a intenção de proporcionar uma leitura concisa, coerente e agradável, o artigo em questão aborda os tópicos relacionados a dislexia e a educação na seguinte sequência: primeiramente, são realizadas breves considerações sobre a educação inclusiva e sua importância para um sistema de ensino igualitário. Após isso, discorre-se sobre a importância do plano nacional de educação para o desenvolvimento da prática docente.

        Adentrando ao assunto proposto, é abordada a interferência ocasionada pelas dificuldades de aprendizagem, especificamente da dislexia, sua interferência no aprendizado, e quais as possíveis medidas que os educadores podem adotar para adaptar metodologia de ensino a realidade dos alunos disléxicos. A pesquisa em si culmina com as observações e perspectivas adquiridas através do estudo desenvolvido.

2 Formação docente: expectativas e necessidades

        Durante muito tempo, a formação inicial dos educadores foi considerada algo suficiente para preparar o indivíduo para enfrentar as diversidades da vida profissional. Entretanto, o avanço do conhecimento observado nos últimos anos e sua interferência sobre desempenho profissional despertou a necessidade de atualização e de aperfeiçoamento constante dos que atuam na educação, reafirmando que;

A formação não se esgota na formação inicial, devendo prosseguir ao longo da carreira, de forma coerente e integrada, respondendo às necessidades de formação sentidas pelo próprio e às do sistema educativo, resultantes das mudanças sociais e/ou do próprio sistema de ensino. (RODRIGUES e ESTEVES, 1993, p. 41).

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