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A educação na transformação social e a falha do processo de educação no brasil.

Por:   •  4/5/2017  •  Artigo  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  258 Visualizações

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A educação na transformação social e a falha do processo de educação no brasil.

Através da leitura dos estudos feitos pelos autores Émile Durkheim – Educação e Sociologia, Maria Helena Souza Patto – A Produção do Fracasso escolar e Paulo Freire – Educação e Mudança outros, tentará se descrever o caminho percorrido para o desenvolvimento teórico sobre as transformações da educação e o fracasso da educação brasileira.

A Educação expressa uma teoria pedagógica que aborda a concepção do homem e sociedade. O processo educacional está muito além da estrutura física da entidade chamada escola, para Durkheim ela emerge através da família, igreja, a própria escola e comunidade. O autor parte do ponto de vista que o homem é um ser egoísta e que precisa ser preparado para viver em sociedade e para isso este processo é realizado pela comunidade, família, e também pelas escolas e universidades. A ação desempenhada pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão maduras para a vida social tem por objetivo provocar e desenvolver na criança determinados números de estados físicos, intelectuais e morais que dele reclamam, por um lado, a sociedade política em seu conjunto, e por outro, o meio especifico ao qual está destinado. O individuo só chegar à educação através de seus pais e mestres. É preciso que estes sejam a personificação do dever, que a autoridade moral seja a qualidade fundamental do educador.

Paulo Freire em seu livro Educação e Mudança mostra que o educador deve assumir o compromisso social, estando consciente de sua realidade sendo capaz de agir e refletir sobre determinado assunto. Para isso é necessário o distanciamento ao mesmo tempo reflexão do objeto. É preciso ter compromisso completo, da forma que seja necessário uma emersão por completo nos estudos sobre o objeto para atingir a transformação necessária. Freire ainda trabalha da ideia que neutralidade é na verdade um medo de se posicionar ocultando a verdade, sendo assim o compromisso não é um ato passivo e inepto, mas é práxis, reflexão sobre a sociedade, que também significa amparo. O humano como um ser incompleto necessita da educação como seu complemento, dessa ideia surge seu caráter permanente, o homem é um ser da aprendizagem, jamais saberá tudo e também jamais será um completo ignorante, Freire mostra nesse discurso como ser humano necessita de buscar conhecimento. Para Paulo Freire educação é amor, “Quem ama não compreende o próximo e não o respeita” (FREIRE, [1979] 2008, p. 29), então a educação dever ser ligada ao respeito e não a busca de apropriação, é uma relação entre profissionais e alunos, uma comunicação respeitosa e de interação mutua.

No primeiro contato que com o texto de Patto fica claro que o fracasso escolar está envolvido em aspectos estruturais e funcionais do sistema educacional, concepções de ensino, comprometimento docente, preconceitos e a formação histórica. A autora trabalha como tema central a formação do sistema capitalista e o liberalismo. O fortalecimento do novo sistema de produção foi o principal motivo na mudança da forma escolar. A revolução francesa e industrial, principais fatos históricos de rompimento com o sistema antigo, traziam uma nova concepção sobre a sociedade, onde os indivíduos podiam vencer na vida através do esforço próprio, do mérito, não mais a sociedade era preestabelecida pelo nascimento, como acontecia no feudalismo. Esses fatores fizeram que a educação se expandisse de uma maneira gigantesca, pelo fato de quem detinha o conhecimento tinha melhor chance de crescer. Mas essa expansão não foi acompanhada pela demanda de professores da época e muitos ficaram indivíduos da nova sociedade formada ficaram de fora, como o estado não tinha condições para colocar a todos na escola, apenas os que tinham mais condições financeiras conseguiram se desenvolver. Esse é o principal fracasso escolar onde o sistema capitalista e o liberalismo favoreceram uma pequena parte dos indivíduos do estado. De acordo com Patto a culpa do fracasso escolar é atribuía aos alunos pobres, pois esses não possuem condições de pagar por um ensino de qualidade, mas não só a eles essa culpa é atribuída, mas também no método, no corpo docente e do fator sócio econômico, bem como no sistema capitalista que sustenta os interesses dos ricos. Percebemos também que o fracasso junta os aspectos de evasão, indisciplina e repetência, bem como a falta de desinteresse e motivação do aluno. O professor deve agir como motivador e reconhecer a realidade individual de cada aluno, mas os baixos salários e a carga horaria contribuem para o prejuízo no trabalho docente e para a sua falta de comprometimento.

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