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História da Educação - Período Medieval

Por:   •  11/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  11.156 Palavras (45 Páginas)  •  363 Visualizações

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História da Educação - Período Medieval

Resumo:

  • Ponto de início: doutrina da igreja católica;
  • Conhecido como o século das trevas
  • Educação conservadora;
  • Criticava a educação grega (liberal) e romana (prática);
  • Fundação da Companhia de Jesus (jesuítas).

    No período medieval a educação era desenvolvida em estreita simbiose com a Igreja, com a fé cristã e com as instituições eclesiásticas que – enquanto acolhiam os oratores (os especialistas da palavra, os sapientes, os cultos, distintos dos bellatores e dos laboratores) – eram as únicas delegadas (com as corporações no plano profissional) a educar, a formar, a conformar. Da Igreja partiram os modelos educativos e as práticas de formação, organizavam-se as instituições ad hoc e programavam-se as intervenções, como também nela se discutiam tanto as práticas como os modelos. Práticas e modelos para o povo, práticas e modelos para as classes altas, uma vez que era típico também da Idade Média o dualismo social das teorias e das práxis educativas, como tinha sido no mundo antigo.

    Também a escola, como nós conhecemos, é um produto da Idade Média. A sua estrutura ligada à presença de um professor que ensina a muitos alunos de diversas procedências e que deve responder pela sua atividade à Igreja ou a outro poder (seja ele local ou não); as suas práticas ligadas à lectio e aos auctores, a discussão, ao exercício, ao comentário, à argüição etc.; as suas práxis disciplinares (prêmios e castigos) e avaliativas vêm daquela época e da organização dos estudos nas escolas monásticas e nas catedrais e, sobretudo nas universidades. Vêm de lá também alguns conteúdos culturais da escola moderna e até mesmo da contemporânea: o papel do latim; o ensino gramatical e retórico da língua; a imagem da filosofia, como lógica e metafísica.

Idade Antiga

A IDADE ANTIGA iniciou-se a filosofia no século VIII a. C os pensadores pré-socráticos viveram na Grécia Antiga e nas suas colônias. São chamados de filósofos da natureza, pois investigaram questões pertinentes a esta, como de que é feito o mundo. Romperam com a visão mítica e religiosa da natureza que prevalecia na época, como a posição que o homem seria explicado pela natureza que justificava a existência de todos os seres, adotando uma forma científica de pensar. Se tudo era constituído de terra, ar, fogo, água ou átomos, o homem também teria na água, no fogo ou nos átomos as "raízes" de sua realidade física, psíquica e moral, prosseguindo até no século V a.C., ainda neste século começa o período socrático com a frase "conhece-te a ti mesmo" passou a indicar um novo rumo para a especulação filosófica: no próprio homem é que estaria a chave para a decifração do enigma humano; inútil explicá-lo à semelhança das pedras, das plantas ou mesmo das estrelas, surgindo a Paidéia (formação integral e harmônica do homem pela educação), o centro de interesse se desloca da natureza para o homem, este período se estendeu até o século IV a.C., aonde começa o período pós - socrático ou helenístico romano com a fusão da cultura grega e oriental surgindo a cultura greco-romano havendo uma transformação na filosofia passando a ter preocupação com a salvação e a felicidade, sendo que toda a ação moral significaria, assim, o esforço do homem para permanecer fiel ou retornar à própria natureza humana. Surgimento de pequenas escolas filosóficas, predomínio da ética, que passa a exercer a função desempenhada pelos mitos religiosos estendendo-se até o século V d.C, iniciando então o período Patrística que é o encontro da filosofia grega com o cristianismo, que é a conciliação das exigências da razão humana com a revelação divina.

Educação na Idade Média

Introdução

O grande impulso que a cultura européia recebeu nos últimos séculos da Idade Média desaguou no pré-Renascimento. As universidades viveram um período áureo, o estudo do grego clássico recebeu um impulso decisivo e, em Florença, surgiu a primeira academia platônica, que foi seguida de outras nas principais cidades italianas. As novas correntes de pensamento, criadas pelos humanistas, impregnaram uma Europa otimista e plena de vitalidade, disposta a substituir o rigor técnico medieval por outra forma de cultura. A educação retomou os antigos ideais clássicos que defendiam a conjunção harmoniosa do homem com a natureza. Os grandes pensadores eram também, em sua maior parte, mestres solicitados, e percorriam incansavelmente a Europa, difundindo idéias. O continente parecia viver em estado de debate constante, como se as distâncias tivessem sido infinitamente encurtadas. Mas o período otimista da primeira fase do Renascimento duraria muito poucos anos.

 

A Reforma religiosa, acontecimento plenamente identificado com o espírito renascentista, acarretou uma reação católica que representou um verdadeiro retrocesso. Costuma-se dar como sua data inicial o ano de 1517, em que Martinho Lutero expôs em público, pela primeira vez, sua contestação à doutrina eclesiástica das indulgências. A partir desse ano, tudo foi diferente. A Europa mergulhou numa guerra civil permanente que esgotaria os recursos do continente por um século e meio, e levantaram-se duras fronteiras ideológicas cujo papel era dificultar a difusão do pensamento. As lutas religiosas não tardaram a paralisar o otimismo renascentista, e as instituições eclesiásticas e estatais começaram a se assustar. A liberdade de que tinham desfrutado os educadores na época imediatamente anterior foi cortada pela raiz, e no mundo católico teve início uma profunda decadência das universidades, que se tornaram baluartes do pensamento teológico medieval. Não teve melhor sorte a filosofia na maioria dos países protestantes, nos quais também não se toleraram dissidências ideológicas até o momento em que, em alguns deles, foi preciso apelar à tolerância para frear a guerra civil. As pequenas ilhas de permissividade tornaram-se berço das principais idéias inovadoras que surgiriam na Europa.

 

Os efeitos da Reforma na educação se fizeram sentir a longo prazo. Talvez o mais importante deles tenha sido a extensão do ensino primário. Efetivamente, para se ter acesso direto às Sagradas Escrituras, era preciso saber ler. O próprio Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, para estimular sua leitura. O latim, idioma internacional dos humanistas, foi logo relegado a segundo plano perante o florescimento dos idiomas nacionais. Todo o movimento da Reforma, associado ao advento da imprensa, favoreceu a alfabetização de setores cada vez mais amplos da população, que tiveram acesso aos livros, cada vez mais baratos.

 

Com a Contra-Reforma, os países católicos ganharam novas instituições de educação: os colégios. Os jesuítas, seguidos de perto por outras congregações e ordens religiosas, criaram um modelo de instituição educacional destinada aos filhos das classes privilegiadas, para o que se desenvolveram métodos educacionais de grande refinamento psicológico. A Igreja Católica, por sua vez, começou a organizar de forma rigorosa a formação de sacerdotes, criando para isso os seminários.

 

A extensão da educação, apoiada em novos recursos técnicos, entre os quais teve importância fundamental a imprensa, foi intensa ao longo da modernidade européia. Os aparelhos de estado absorviam um número cada vez maior de funcionários letrados. Reis, governadores, bispos e autoridades municipais precisavam cercar-se de um grande staff de escrivãos, juristas e técnicos. As novas formas de vida obrigavam cada vez mais pessoas a educarem-se. Já não se podia capitanear um galeão sem saber decifrar as cartas náuticas, nem manipular os instrumentos de precisão ou escrever o diário de bordo sem conhecer as letras. Da mesma maneira, não se podia governar uma cidade ou dirigir um exército sem saber ler, interpretar e redigir documentos, nem levantar uma fortificação sem recorrer a cálculos de balística. O ideal da educação renascentista tinha sido o de formar no homem um espírito livre, capaz de dominar todos os campos do conhecimento, desde a arte até a ciência. Mas logo se viu que isso seria impossível. O desenvolvimento das técnicas, adiantando-se muitas vezes ao das ciências puras, impôs a especialização dos saberes, num mundo em que a arquitetura, a arte da guerra, a navegação e as finanças ficavam cada vez mais em mãos de um grupo reduzido de especialistas.

A educação grega e V - A pedagogia grega A meditação sobre educação e as idéias pedagógicas surgiu na Grécia. As idéias aparecem expostas de forma essencial, elementar, isto é, em seus fundamentos. Platão e Aristoteles, clássicos da pedagogia grega, exprimiam suas idéias educacionais em obras de filosofia e de política. Essa faculdade criadora tem sido interpretada de várias maneiras, quase todos de com valor humanístico, de afirmação da personalidade livre sobre as circunstâncias políticas. Os sofistas - Os primeiros professores, e educadores profissionais conscientes da história. Eram contra a educação tradicional. Eles aplicavam a atividade docente como professores ambulantes na segunda metade do século V a.C., no momento de grande transformação social e política de Atenas, exigia-se preparação, de uma educação mais alta, mais intelectual. Assim surgiu os sofistas, um grupo de homens sem conexão entre si, tinham, contudo, a mesma finalidade : educação para a vida pública, formação do político, do orador. Os sofistas são antes professores que cientistas ou filósofos originais, e sua influência foi considerável na cultura e na educação do tempo. As idéias pedagógicas dos sofistas, das referências que temos podem ser sintetizadas assim: Acentuaram o valor do humano, do homem e mais concretamente do indivíduo na educação. Reconheceram que a aretê, a virtude, a capacidade, não é transmissível , suscetível de ensino. Acolheram na educação a cultura geral, o saber múltiplo, não apenas retórico ou dialético. Foram os criadores da educação intelectual. Os sofistas foram os fundadores do intelectualismo, do individualismo e do subjetivismo na educação , com todos os benefícios e prejuízos produzidos por esses conceitos. Sócrates - O primeiro grande educador espiritual foi Sócrates, realizou a atividade educativa por meio da conversação, da palavra falada, como eles, discordava da educação do tempo, excessivamente sujeita à influência do Estado; como eles insistia no valor do homem, da vida pessoal, e como eles cria que a virtude, a aretê, não era patrimônio da aristocracia, senão que devia ser de todos, pois era transmissível, passível de ser ensinada. Filosoficamente, a maior contribuição de Sócrates corresponde, com efeito, ao domínio da moral, da ética. O fim último da educação era, para Sócrates, a virtude, o bem, a personalidade moral, e não o estado. É necessário ensinar a pensar. A educação intelectual é a base da educação moral, como método ele emprega fundamentalmente o diálogo, com suas duas fases, a ironia como ponto de partida e faz ver ao interlocutor sua própria ignorância e a maaiêutica faz, como faria uma parteira, nascer, da alma do interlocutor, idéias latentes. No diálogo socrático trata-se de uma espécie de ficção ou convenção, pela qual o interrogado acredita descobrir a verdade que o interrogador lhe sugere. O diálogo tem grande importância pedagógica, porque o aluno é estimulado a pensar, a descobrir as coisas por si, por forma ativa, não receptiva. Tem ainda aspecto indutivo, já que se parte de fatos ou idéias concretas, particulares, para chegar a uma conclusão geral, expressa numa definição. A contribuição de Socrátes para a educação pode se dizer que foi o primeiro a reconhecer como fim da educação o valor da personalidade humana, decisivo no homem é a virtude, o fim imediato da educação é a formação ética, a moral. Mas a educação tem também aspecto social; e neste sentido há de estar de acordo com as leis e tradições do Estado. A sua pedagogia é intelectualista, unilateral. Em essência não é mais que o diálogo, forma viva e ativa de educação, com certo caráter psicológico. Platão - Foi fundador da teoria da educação, da Pedagogia .E sobressaiu a reflexão pedagógica associada à política. Organizou o ensino e investigação sistemáticos. A pedagogia está baseada em sua filosofia, a qual, por sua vez, assenta em sua concepção das Idéias que são o fundamento último e a essência da realidade. Predominam as idéias éticas, a preocupação da justiça. O fim da educação para Platão , a formação do homem moral, e o meio é a educação do Estado, na medida em que este representa a idéia de justiça. Platão pede a criação de um comissário de educação, encarregado de inspecioná-la e dirigi-la e a criação de professores especiais. A educação, como a sociedade de Platão, está baseada na diferenciação de classes sociais; mas esta não é uma separação fixa, de tipo aristocrático, senão que surge do caráter e talento dos indivíduos. Assim, se os filhos dos governantes forem incapazes , mas que sejam relegados ao estado conveniente, seja o de artesão ou de lavrador. O diálogo platônico é mais sistemático e encaminhado para fins pré-determinados. A educação tem caráter intelectualista e aos conceitos e às idéias, embora que em Platão se acentue mais o aspecto da beleza. A idéia essencial da pedagogia de Platão, poderíamos dizer que é a formação do homem moral dentro do Estado justo.

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