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Infância e Educação no Brasil Nascente

Por:   •  10/3/2017  •  Resenha  •  1.007 Palavras (5 Páginas)  •  661 Visualizações

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UERJ  - Pedagogia

Márcia Maria de Paula Oliveira

Turma 2 - prof. Tuca

Resenha capítulo II : Infância e Educação no Brasil nascente

Esse capítulo se apresenta crucial na história da educação da infância no Brasil por nele encontrarmos o sentido de alguns conceitos socialmente construídos na história em relação à Infância tratando do inicio do processo educacional das crianças no  período colonial do nosso país.

O capítulo tem inicio com o período inicial de colonização  quando tivemos a educação jesuítica. A chegada dos jesuítas marca o inicio da Historia da educação oficial no Brasil mas lamentavelmente essa educação era reservada aos filhos dos colonizadores ou para a preparação de sacerdotes, sendo apartados dessa educação os negros e as mulheres.  As mulheres tinham o seu aprendizado restrito às boas maneiras e às prendas domésticas.  Destaca-se, no texto,  que os jesuítas foram quase os únicos educadores no Brasil até a chegada de Marques de Pombal e a expulsão da Companhia de Jesus.

O autor  destaca no capitulo que pedagogia voltada para a "infância" na Companhia de Jesus era severa, cheia de castigos inclusive físicos  sendo caracterizada por educar para a fé católica e para a submissão e as crianças eram vistas como " um pequeno Jesus" capazes de suportar muitas dores físicas. A visão dos colonizadores era a de que a infância era o momento ideal para o processo de aculturação dos nativos pois a criança ainda não teria se corrompido pela "selvageria" e sua alma era uma " tábula rasa", um papel em branco, ou seja, fácil de se moldar. As crianças indígenas, os curumins,  foram o alvo dessa aculturação, e nas escolas aprendiam rudimentos da escrita e sobre a fé católica.  O objetivo era legitimar a superioridade da cultura portuguesa mas a decepção dos jesuítas se deu com a saída desses pequenos da infância e seu retorno aos seus costumes e seu povo.

A autora também aborda no capítulo a questão das diferentes caracterizações das crianças. Até os 5 anos, a criança era ser considerada como um "anjo" e seu falecimento não significava tristeza para a família mas, consolo pois ela seria mais uma " entrada nas portas dos céus" ( talvez uma forma de conformismo pelas altas taxas de mortalidade infantil no período).  A criança da casa grande, se sobrevivesse a esse período , dos 5 aos 10 anos era considerada  "menino-diabo" pois vivia correndo, brincando e fazendo traquinagens. Já a criança negra da mesma idade era chamada de "moleque" ou "moleca"e tinha a função de fazer companhia para o (a) sinhozinho (a) sendo muitas vezes tratada por eles como objeto ou bicho de estimação.  A partir dos 10 anos a criança se torna um adulto em miniatura o que lhe era imposto na forma de vestir e nas formas de agir. Já a criança escrava aos 7 anos começava a trabalhar para o senhor.

Em outra parte do capítulo a autora trata do abandono de crianças: a dura realidade das mães escravas e das mães brancas pobres fez com que muitas não desejassem ter filhos e as que os tinham acabavam por enjeitá-los.  No Brasil, a Casa da Roda veio como tentativa de enfrentar essa situação de abandono de crianças em número crescente. As crianças eram deixadas numa roda e a identidade da mãe permanecia desconhecida. Mas, infelizmente  essa casa não teve muito êxito pelas más condições de higiene das instalações e no trato com as crianças, além disso, quando havia amas de leite, essas era, em número insignificante frente a demanda de crianças a serem amamentadas. No sentido de aumentar a mortalidade, a  concentração da população nos grandes centros também contribuía pois as crianças eram aglomeradas em pequenos espaços , o que facilitava a transmissão de doenças.

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