TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Lingua portuguesa

Por:   •  5/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  1.601 Visualizações

Página 1 de 6

REVISAO. P1 2016. 09.12

Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina. São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Existem duas opções para o ensino da leitura: ou se parte das partes para o todo ou do todo para as partes. A partir dessas orientações, é possível delinear também como funcionam os métodos de alfabetização.  

[pic 1]

Os métodos analíticos partem das unidades maiores para chegar as unidades menores e com base nesse princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores, defendendo que a leitura é um ato global e audiovisual.

[pic 2]Os métodos sintéticos partem das unidades menores para chegar às unidades maiores, estabelecendo uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, sendo considerados métodos sintéticos a palavração, a sentenciação, e o conto/historieta.

 Os métodos alfabético/soletração, fônico/fonético e silábico/silabação partem das letras, dos fonemas e das sílabas para chegar às unidades maiores e o estudante aprende, inicialmente, as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, em seguida, formar as palavras que constroem o texto.

 O método da palavração consiste em ensinar as formas e os sons das vogais e, depois, se ensinam as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas e cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras, sendo que, primeiro, são ensinadas as sílabas mais simples e, depois, as mais complexas.

 O método alfabético/soletração ensina como princípio, que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, de todas as suas combinações silábicas e, em seguida, das palavras e, a partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas, vai evoluindo até conhecer histórias. Ensino da língua portuguesa

A partir da década de 80, houve um deslocamento de foco: da perspectiva “de como se ensina”, a dos métodos tradicionais de alfabetização, para perspectiva de “como se aprende”, fundamentado nos estudos e nas pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1985) sobre a Psicogênese de Língua Escrita, que têm como base na Epistemologia Genética de Jean Piaget. As autoras propõem uma inversão na discussão: “mais do que pensar em métodos, é preciso compreender os processos de aprendizagem que a criança vivencia ao tentar reconstruir a representação do sistema alfabético.” (FRADE, 2004:39). A partir desses estudos, a língua escrita deixa de ser encarada como mera apropriação de um código ou como meros atos de codificação e decodificação de palavras, sílabas e letras, para ser concebida como sistema de representação. Segundo essas autoras, as crianças elaboram conhecimentos sobre a leitura e escrita, passando por diferentes hipóteses – espontâneas e provisórias – até se apropriar de toda a complexidade da língua escrita. Tais hipóteses, baseadas em conhecimentos prévios, assimilações e generalizações, dependem das interações delas com seus pares e com os materiais escritos que circulam socialmente.

Weisz (2002), em O diálogo entre ensino e aprendizagem, afirma que o conhecimento avança quando o aprendiz enfrenta questões sobre as quais ainda não havia parado para pensar. A consequência didática dessa afirmativa é que o professor deve:

A) garantir a máxima circulação de informações em sala de aula, apresentando situações e materiais diversos, promovendo interação entre os alunos e situações que favoreçam a ação do aprendiz sobre aquilo que é seu objeto de conhecimento.

  • Planejar ações desejáveis a partir:
  1. Habilidades e competências;
  2. Objetivos bem delimitados;
  3. Objeto de estudo;
  4. Concepção de ensino e linguagem;
  5. Processos de aquisição, uso e aprendizagem.

A aquisição da escrita, para muitas crianças brasileiras, “inicia-se muito antes da educação formal e, mesmo durante a fase escolar, pode-se detectar indícios de autoaprendizagem ao lado de progressos devidos à condição de aprendizagem” (KATO, 2002, p.7). Há uma busca da coesão e da coerência na escrita infantil pode ser visualizada desde o início, em que a criança tem a concepção do que seja o texto, de sua unidade formal e conceptual. Torna-se necessário, no entanto, encontrar estratégias de segmentação do texto em unidades menores, sem romper a coesão ou a coerência. O que se compreende através de KATO(2002) contribuir para a compreensão do que de fato ocorre em um aprendizagem bem-sucedida, e, neste contexto, ambiente familiar e escola contribuem de forma positiva.

Ensinar e aprender

  • Dialética teoria e prática-Práxis;
  • Autonomia profissional;
  • Pesquisa constante;
  • Experimentar e testar hipóteses;
  • Planejar e avaliar, redimensionando práticas pedagógicas;

O conjunto de princípios para explicar a aprendizagem constitui o que se denomina teorias da aprendizagem. Nessa perspectiva, conclui-se que a teoria sociocultural tem como base a ideia de que a aprendizagem ocorre principalmente em processos de relações sociais, com a ajuda de pessoas mais experientes.

Ensinar língua não é

  • Produzir escritas isoladas unicamente;
  • Produzir textos sem função social;
  • Estudar apenas a gramática normativa;

Ensinar língua portuguesa é:

  • Uso interativo e funcional da língua;
  • Práticas sociais da língua materna;
  • Conhecimento linguístico:Fonética, fonologia, morfossintaxe, semântica e pragmática;
  • Trabalhar diversos gêneros textuais;
  • Gostar de leitura e escrita.

Duas vertentes:

Língua como sistema em potencial, enquanto conjunto abstrato de signos e de regras, desvinculando da sua condição de realização.

Língua como atuação social, enquanto atividade de interação verbal de dois ou mais interlocutores. Sistema de função aplicada em circunstâncias concretas de uso.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (9 Kb)   pdf (114.5 Kb)   docx (35.7 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com