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O Morador de Rua

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.224 Palavras (9 Páginas)  •  299 Visualizações

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UNIESP – FAMA

O SUJEITO

MORADOR DE RUA

ALUNOS: ALESSANDRA MARCELA

DULCINEIA ROBERTO SOUSA

LEANDRO DE OLIVEIRA SABINO

LETICIA FERREIRA MARTINS

MARIANA MARIA DA SILVA

SARAH PEREIRA DOS SANTOS

VANESSA MORENO MOURA BRILHANTE

MAUÁ. 2015

O Morador de Rua

O que leva o sujeito a viver dessa maneira?

                                         Em 2008, no Brasil, numa pesquisa realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social sobre a população em situação de rua, foi constatado que 71% dos moradores de rua trabalham e apenas 16% dependem da mendicância para sobreviver. O alcoolismo e as drogas são as razões que levam a maioria dessas pessoas a morar na rua: 35,5%. A seguir, vem o desemprego com 30% e conflitos familiares com 29%. (http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/aula-sobre-moradores-rua.htm)

Percebemos que há vários fatores que levam uma pessoa a viver como um morador de rua, entre eles o maior fator esta no alcoolismo e as drogas, essa situação leva o sujeito a se tornar um dependente químico, esse uso abusivo de álcool e outras drogas está frequentemente associado ao mau funcionamento familiar e social, e com a resistência da família em não aceitar a condição de dependência e o incomodo, leva o sujeito as ruas buscando um ambiente externo para lhe satisfazer o vazio existencial.

                                         O desemprego ajuda a aumentar o número de famílias desamparadas que perambulam pelas ruas de São Paulo. Hoje há milhares de pessoas nessas condições, sofrendo o que os especialistas chamam de processo de frustração crônica. (ROSA, 2005 Pg. 39)

De acordo com a pesquisa e com a autora Rosa vemos que o desemprego é um fator que também faz com que muitas pessoas optem pelas ruas, por falta de renda, por opção, ou por falta de moradia, muitos por se encontrarem nessa situação acabam desenvolvendo a frustração crônica, onde o sujeito se encontra em uma situação de desespero e tristeza.

Comportamento do Sujeito de Rua

                                         A frustração é um sentimento de não-realização ou não-satisfação diante de um destino que se distancia da vontade. Aí, o mais correto seria chamar o quadro de tristeza, mágoa, aborrecimento, desespero.  E talvez esse evento seja fundamental para o desenvolvimento emocional, muito mais importante do que a privação total de frustrações proporcionada por pais super protetores. (http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=10)

Alguns moradores de rua projetam mentalmente idéias de como será o futuro deles, porém como a mente deles não é capaz de reconhecer os processos baseados em realidade, eles projetam idealizações, ou seja,expectativas do que pode acontecer, as necessidades que os afetará, as conquistas e os objetivos desejados.

Outros parecem acreditar que a rua pode significar um caminho facilitador na construção de sua identidade, em ter a sua liberdade, ser dono de si mesmo, sentir – se alguém.

                                         A rua oferece a liberdade e a dimensão lúdica que e aos poucos vai dando lugar as experiências dolorosas da violência, física, sexual e moral. Dessa forma, para manter-se na rua, ou desenvolvem estratégias para lidar com essas situações, ou tornam-se vulneráveis. As situações de risco físico, social e emocional podem fazer parte do contexto evolutivo de qualquer pessoa e, dessa forma, diferentes mecanismos podem ser utilizados para o enfrentamento dessa situação. (Paludo e Koller, 2005).Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-social/a-relacao-de-afeto-de-um-ex-morador-de-rua-e-sua-familia-atual © Psicologado.com

O comportamento dos sujeitos tende a variar de acordo com a situação que está vivendo, podemos perceber que são muitas as experiências dolorosas relacionadas a violência. Para lidar com essas situações eles precisam desenvolver estratégias para se proteger de pessoas mal-intencionadas e até mesmo do seu emocional que tende a ficar abalado, quase sempre se encontram sem proteção e segurança o que os deixam ainda vulneráveis.

                                         Os moradores de rua ouvidos pela Agência Brasil durante as últimas duas semanas afirmaram já terem sido agredidos ou, no mínimo, destratados enquanto caminhavam ou dormiam em bairros de São Paulo. Todos disseram, também, que os policiais militares e os guardas-civis metropolitanos são os maiores agressores. “Os policiais e guardas metropolitanos tratam a gente como animais. Para eles, somos um lixo”, afirma Katia Cristina da Silva, 29 anos, há cinco anos dormindo na Praça da Sé com seu companheiro e a filha de 6 anos. “Chegam com ignorância, acordando a gente com chutes e água. ” “Eu tenho medo”, complementa Marcelo de Castro, 28 anos, há 11 anos vivendo em albergues. “Quando eu vejo a viatura, atravesso a rua e não fico olhando. Se você olha, eles levam isso como afronta”, afirmou. (Http://www.ecodebate.com.br/2010/05/31/reportagem-especial-moradores-de-rua/)

A violência está presente no dia a dia dos sujeitos, pois eles convivem diariamente com esta situação, seja pelo olhar de preconceito, pela exclusão social, até a violência física e emocional.

Diariamente nos deparamos com cenas constantes de violência, em todo o mundo, os sujeitos muitas vezes são agredidos, espancados, ofendidos verbalmente e humilhados, e a situação só piora com o passar do tempo.

Diante dessa situação, a sociedade pode protestar e requerer das autoridades competentes para combater a violência contra os sujeitos nessa situação de rua.

Exclusão Social

                                         O preconceito com que a sociedade julga a população de rua e a forma como as próprias pessoas envolvidas internalizam valores, desenvolvem relações e modos de vida próprios, estabelecendo novas formas de sociabilidade às quais vão se agregando novos significados. (ROSA, 2005 Pg. 107)

Os sujeitos por muitas vezes se encontram ignorados da sociedade, os moradores de rua podem não ser pessoas maravilhosas, mas são seres humanos comuns, que praticam atos repudiados e na maioria das vezes consequência de seu modo de vida. “É a desigualdade que gera a violência, é a privação de direitos que gera a criminalidade”. (DOSSIÊ-DENÚNCIA: VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS, 2007 p.14)

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