PROCESSOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET E VIGOTSKY E SUAS INTERCONEXÕES COM A APRENDIZAGEM
Por: PriBlauth • 23/9/2019 • Trabalho acadêmico • 4.542 Palavras (19 Páginas) • 449 Visualizações
PRICILA LIDIANE BLAUTH (8081626)
Pedagogia
PROCESSOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET E VIGOTSKY E SUAS INTERCONEXÕES COM A APRENDIZAGEM
Tutor: Vera Lucia de Faveri Fernandes e Silva
Claretiano - Centro Universitário
ARAÇATUBA
2019
PROCESSOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET E VIGOTSKY E SUAS INTERCONEXÕES COM A APRENDIZAGEM
RESUMO
Esta é uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa de cunho bibliográfico. O objetivo deste trabalho foi demonstrar alguns conceitos dos estudos de Piaget e Vigotsky no desenvolvimento e aprendizagem e sua aplicabilidade no âmbito escolar. Por exemplo, a cada fase que a criança atinge há um sistema em seu organismo a ser desenvolvido, e com isso há também uma brincadeira ou um brinquedo que a ajude a se desenvolver na fase em que se encontra. Também, neste estudo, foi visto a parte da inclusão social de alunos especiais com problemas de aprendizagem em instituições escolares sem preparo para recebê-los, e por último, foram citados alguns exemplos de distúrbios da aprendizagem. Esta proposta mostrou que as instituições públicas de ensino brasileiro devem investir na formação continuada de professores principalmente na área da educação especial e também na infraestrutura do ambiente escolar assistirem de forma digna aos alunos especiais.
Palavras-Chave: Vitgosky, Piaget, Desenvolvimento, Aprendizagem.
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho irá abordar estudos sobre processos do desenvolvimento infantil e sua correlação com a aprendizagem tendo como base as considerações de Piaget e Vygotsky e sob qual aspectos os professores podem estimulá-la em sala de aula, respeitando cada etapa da criança, ajudando-a a superar suas dificuldades neste percurso, rumo ao progresso.
No ambiente escolar, com uma grande pluralidade infantil, diferentes contextos familiares, como avaliar o nível de desenvolvimento e aprendizagem individual, e saber o que realmente está afetando o desempenho de uma determinada criança, são as práticas pedagógicas? São fatores externos? Ou são fatores fisiológicos?
Levando em consideração o espaço sala de aula, cenário privilegiado onde se desenrola, efetivamente, o processo de ensino-aprendizagem, professor e aluno em constante interação, são os dois atores centrais, protagonistas de uma cena em que não há coadjuvantes. (VASCONCELOS, 2012, p.40).
Um dos aspectos relevantes na educação infantil que pode afetar o desempenho da criança é a presença ou não da afetividade nas práticas pedagógicas. Cada aluno, também, traz uma bagagem emocional, uma realidade socioeconômica diferenciada, e entre outros fatores externos, que estão além dos conteúdos educacionais, e depende do comprometimento profissional e da empatia de cada professor, se disponibilizar a visualizar quaisquer que sejam os fatores externos, que, possam vir a prejudicar desempenho de seus pupilos.
O respectivo estudo é uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, sendo caracterizado, segundo a natureza dos dados, como uma pesquisa bibliográfica.
DESENVOLVIMENTO:
Desenvolvimento e aprendizagem segundo teorias de Piaget e Vigotsky:
Sob um olhar mais enxuto deste universo do desenvolver infantil, será adotado nesta primeira parte a visão de dois grandes pesquisadores que contribuíram muito para a melhoria das práticas pedagógicas, são eles: Jean Piaget e Lev Semenovich Vigotsky.
Este artigo não visa confrontar as ideias destes estudiosos, tampouco julgar qual delas é a melhor, mas sim tirar a essência principal de cada uma e fazer proveito das mesmas na área da educação.
Por muito tempo o ensino foi configurado apenas sob aspecto racional, desvalorizando o aspecto afetivo, pois era baseado na ideia de que o predomínio da razão sobre a emoção era fundamental para os avanços humanos, sociais, tecnológicos etc. (BELTHER, 2017, P.65)
Durante este período com relação a alfabetização, o objetivo central do ensino nas escolas tinha haver com ensinar determinadas habilidades de leitura e escrita, deixando sempre em segundo plano a preocupação em fazer com que de fato o aluno gostasse de ler. (LEITE, 2011, p.17 apud BELTHER, 2017, p.66).
[...] A partir da ampliação dos conhecimentos sobre a emoção, o conceito de homem centrado apenas na dimensão racional vem sendo revisto em direção a uma concepção monista de constituição do ser humano em que a afetividade e a cognição passam a ser interpretadas como dimensões indissociáveis do mesmo processo. (LEITE, 2011, p.17 apud BELTHER, 2017, p.66).
Em um primeiro momento, o aluno era concebido como sujeito passivo, aguardando que alguém lhe transferisse todo conhecimento sistematizado possível; atualmente, esta interpretação difere muito da anterior, ou seja, neste novo contexto a aprendizagem se dá por meio da interação do sujeito com vários objetos de conhecimento, sob mediação de algum agente cultural (sujeito-objeto-mediação) que tem sua qualidade intrinsicamente associada a afetividade nela presente. (BELTHER, 2017, p.66).
Um teórico fundamental que se propôs a estudar a afetividade no desenvolvimento do ser humano é Lev Vigotsky. (LEITE, 2011, p.361 apud BELTHER, 2017, p.68).
Inicialmente, as manifestações emocionais são orgânicas e vão se desenvolvendo a partir da presença do indivíduo, dentro de uma cultura, até se tornarem aptas a atuarem no universo simbólico. A afetividade, portanto, apresenta um caráter social. Para o processo de desenvolvimento do sujeito a afetividade e a inteligência (cognição) são indispensáveis (BELTHER, 2017, p.68-69).
Conforme Palangana, (2015, p.42), os estudos de Vigotsky em relação ao desenvolvimento e aprendizagem estão sistematizados de forma clara e objetiva, reconhecendo que estes dois fenômenos são distintos e independentes, um tornando o outro possível, e também ressaltando o importante papel da competência linguística na interação desses dois processos, já que é por meio da apreensão e internalização da linguagem que a criança se desenvolve. Para ele a aprendizagem está presente desde o início da vida da criança.
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