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RESUMO A PESQUISA EDUCACIONAL NO BRASIL: TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS

Por:   •  6/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  552 Visualizações

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE JUIZ DE FORA

CURSO ESPECIALIZAÇÂO EM GESTÃO PEDAGÓGICA

METODOLOGIA CIENTÍFICA II

JUIZ DE FORA 2017

GEORGIA GOMES DE OLIVEIRA

RESUMO

A PESQUISA EDUCACIONAL NO BRASIL:

TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS

Trabalho, apresentado à Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora, como requisito parcial de avaliação do módulo Metodologia Cientifica II.

Coordenadora: Heloisa Delage

                                                       

JUIZ DE FORA 2017

A pesquisa educacional no Brasil: tendências e perspectivas

(Resumo)

Uma abordagem sobre os contextos de pesquisa exige explicitar, antes, de qual pesquisa se fala, tendo em vista as diversas possibilidades de se entender esta prática. Entende-se a pesquisa como uma ação intencional e metodologicamente estruturada na busca de uma resposta para uma pergunta previamente elaborada. Produzir pesquisa é ser criativo, reinventar a história e os fazeres humanos sob um olhar particular. Trata-se de uma atividade coletiva, cuja função primordial é atribuir sentidos ao cotidiano, revendo e significando identidades e histórias.

A situação dos professores, especificamente, sobretudo em escolas públicas, cumprindo intermináveis jornadas de trabalho, percebe-se que a conscientização nem sempre é condição de emancipação. Estes professores, assim caracterizados, muitas vezes, estão conscientes de sua situação, mas se sentem incapacitados para propor alterações e sentirem-se menos assujeitados. Sua condição de profissional está incluída nos discursos que o circundam, representada em falas que não são suas. Simplesmente dialogar sobre estas falas não representa modificá-las, é preciso agir em relação a elas.

Importante estabelecer uma relação entre os procedimentos de pesquisa acadêmica e a pesquisa em educação. Na educação, não havia projeto amplo, não havia políticas sequências em prol da escola para todos, não havia um Estado que investisse seriamente na ampliação e qualificação do sistema educacional. Mesmo com o advento da República, as iniciativas foram superficiais e muito relacionadas à política, em vez de um efetivo investimento social.

O Movimento Escolanovista, a criação da Universidade de São Paulo, a USP, assim como, em nosso Estado, a vinda dos imigrantes geraram uma instabilidade nunca antes sentida, pois havia uma conformidade primeiramente ao modelo jesuítico de prática educativa e depois à falta de uma política educacional. Esta instabilidade assentou-se na proposição do novo. Um novo radicalmente oposto ao que se praticava no país. Neste contexto, amparados pela ideia de projeto como metodologia de aula, divulgada pelos escolanovistas, surge a primeira e incipiente ideia de pesquisa.

 Outro aspecto significativo para o início da pesquisa em educação é o processo de industrialização do país, na década de 1930, gerando na escola a necessidade de acompanhar tal movimento. Acrescente-se a este cenário a criação do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP). Outro aspecto ainda é o espaço educacional da Universidade de São Paulo, estrategicamente localizada no centro do país e, de lá, emanando ideias e propostas em torno de uma educação em perspectivas menos tradicionais. Após o período das guerras mundiais, surgem, no Brasil, importantes instituições fomentadoras e de apoio à pesquisa científica, tais como o Conselho Nacional de Pesquisas e a Fundação de Amparo à Pesquisa nos diferentes estados; outra é a presença da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, como instituição aglutinadora e organizadora da comunidade científica; a criação e expansão de um sistema nacional de programas de pós-graduação em todas as áreas de conhecimento e, finalmente, a tentativa de estabelecer planos nacionais para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Não há dúvida que todos estes desenvolvimentos criam no país um clima bastante distinto para a atividade científica. As primeiras temáticas desenvolvidas em larga escala nas pesquisas em educação estavam relacionadas a temas específicos.

Durante a década de 1960, consolidou-se o espaço de pós-graduação e ampliou-se significativamente a quantidade de cursos e instituições no país. Nestes espaços, gerou-se pesquisa. Muitas delas significativas na reconfiguração dos ambientes educacionais brasileiros. Paralelamente, houve o aparecimento de uma diversidade de metodologias, referências, abordagens, muitas vezes, até confusas, na área da pesquisa educacional. Do mesmo modo, há uma preocupação maior em abordar sobre processos e não produtos, debruçando-se sobre o cotidiano escolar, focalizando o currículo, as interações sociais na escola, as formas de organização do trabalho pedagógico, a aprendizagem da leitura e da escrita, as relações de sala de aula, a disciplina e a avaliação. Os enfoques também se ampliam e diversificam.

A propagação da metodologia de pesquisa–ação e da teoria do conflito no início dos anos 1980, ao lado de certo descrédito de que as soluções técnicas iriam resolver os problemas da educação brasileira, fazem mudar o perfil da pesquisa educacional, abrindo espaço a abordagens críticas, em uma perspectiva multi/inter/transdisciplinar e de tratamentos multidimensionais. Ganham força os estudos chamados de "qualitativos", que englobam um conjunto heterogêneo de perspectivas, de métodos, de técnicas e de análises, compreendendo desde estudos do tipo etnográfico, pesquisa participante, estudos de caso, pesquisa-ação até análises de discurso e de narrativas, estudos de memória, histórias de vida e história oral.

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