Um Currículo que Emerge do Diálogo entre Crianças, Famílias e Docentes.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO[pic 1]

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – I

CURSO DE PEDAGOGIA

ESTÁGIO EM GESTÃO DO TRABALHO DOCENTE I

DOCENTE: Ma . Francy Sousa Rabelo

DISCENTE: Marinalva Jesus do Nascimento

RESENHA

Um currículo que emerge do diálogo entre crianças, famílias e docentes.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Um currículo que emerge do diálogo entre crianças, famílias e docentes. In:___.Práticas Cotidianas na educação infantil – bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. Brasília: MEC, 2009.p.79-106

A autora inicia o texto informando que é uma indicação extraída da consulta sobre as orientações curriculares para a educação das crianças de zero a seis anos e onze meses, cujo foco é um currículo formulado a partir do diálogo entre a criança, famílias e docentes, a gestão das práticas cotidianas e as concepções de docência na educação infantil.

Como sabemos o currículo escolar é elaborado por uma pessoa que pode está somente preocupada em apresentar um texto bonito, podendo não levar em consideração os atores daquela unidade, porque isso demanda tempo de observação, respeito à opinião do outro, é muito trabalhoso. Não há preocupação com os resultados da implementação de um currículo que não contempla as necessidades da comunidade escolar.

O que seria então currículo para Barbosa? Ela vai dizer que “são todas as ações que acontecem nos estabelecimentos educacionais, e não apenas a ação de refletir, projetar e listar as intenções e os conteúdos de aprendizagens.” Portanto o currículo se apresenta em todas as ações da escola, ainda que esteja organizado enquanto documento no papel, mas é na prática diária da escola que vemos o currículo real. E este deve considerar os saberes da criança, da família e comunidade escolar em geral.

Barbosa fala do conteúdo da educação infantil, sugerindo que nesta etapa da educação básica, sejam utilizadas as experiências da prática social e as linguagens, a fim de possibilitar o desenvolvimento dessa criança, desta forma nossas atitudes será um referencial para a criança, pois ela traz consigo a prática social da sua comunidade e vai acrescentando outras.

Neste sentido, a autora coloca que a gestão do espaço escolar da educação infantil, precisa está diretamente ligada à proposta pedagógica para oportunizar a criança um lugar de desenvolvimento nas suas múltiplas capacidades.  Precisa ser um lugar que não vai separar o cuidar do educar, um ambiente acolhedor, que proporcione experiências coletivas entre adultos e crianças de forma significativas.

O currículo bem como a proposta pedagógica, precisa contemplar a oportunidade de a criança conviver na diversidade, sendo respeitada enquanto ser de direito, e que a escola não é o lugar de moldar a criança para o convívio em sociedade, mas de valorização do ser humano, o lugar de possibilidades de aprendizagens significativas. Essas possibilidades de aprendizagens emergem dentro de determinados contextos que precisam ser pensado antecipamente para alcançar a finalidade da proposta educativa. Assim a intervenção do professor /professora se dar de maneira indireta, cuja proposta não é ensinar os conhecimentos científicos inicialmente, mas possibilitar aprendizagens, como os sentidos, a fala, o pensamento, os movimentos, a autonomia dentre outros.

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