A Psicologia Social

Introdução

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão bibliográfica de dois artigos científicos: Entrelaçando (im)possibilidades: reflexões sobre a atuação da psicologia social comunitária na atenção primária à saúde; O trabalho psicossocial em rede: uma experiência no município de Cajamar.

Temas estes que embasam as práticas do psicólogo social na comunidade, no contexto da saúde pública. O primeiro artigo, visa analisar a prática da Psicologia Social Comunitária e suas (im)possibilidades de ações especificamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) norteando a problematização do exercício profissional.

Em contrapartida, o segundo artigo, refere-se a prática psicossocial comunitária em que foi empreendido o trabalho em rede, cuja metodologia teve por base a perspectiva de psicologia comunitária defendida por Montero (2004; 2006).

Desenvolvimento

No percurso histórico sobre a influência da Psicologia com a comunidade, é possível encontrar teorias sem adaptações para a realidade local, aflorou um conflito que alicerçou reflexões a cerca da operação tecnicista da Psicologia, com poucas adaptações que não encaixavam efetivamente as particularidades locais.

Sendo assim, em 1980 a Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso), sobrepujou as críticas do modelo tradicional-clínico e obteve então um referencial ético e político, designando uma nova perspectiva voltada a realidade social, o que agora transformou-se em uma Psicologia Comunitária.

No artigo “Entrelaçando (im)possibilidades: reflexões sobre a atuação da psicologia social comunitária na atenção primária à saúde”, demarcado por uma experiência de estágio numa UBS no município de Juiz de Fora/MG, que visava buscar informações dos sujeitos pertencentes ao local a fim do mapeamento e aproximação com os moradores, no que diz respeito às questões éticas, observou a importância em sustentar uma perspectiva crítica a Psicologia Social Comunitária, com a intenção de romper com os padrões hegemônicos da Psicologia.

Já no artigo “O trabalho psicossocial em rede: uma experiência no município de Cajamar”, em que foi implantado um trabalho em rede com a participação de diferentes atores sociais, como representantes do poder público, empresas e comércio e representantes da sociedade civil, fórum, durante dois anos (2007-2009). Essa iniciativa de intervenção visava introduzir a prática comunitária e a implantação de Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), e consequentemente, observou-se a importância de se romper com as práticas marcadas pelo assistencialismo e clientelismo.

Mediante isso, pode-se correlacionar que os aspectos dos objetivos em comum entre essas ações comunitárias estão intimamente ligados a promoção da participação da comunidade e dos beneficiários das políticas sociais, tornando-os sujeitos que buscam, com o Poder Público, o encaminhamento e solução de suas demandas.

Em contrapartida, o trabalho em rede, por meio da organização em comissões, possibilitou o manejo entre os diferentes atores sociais que atuam no município de Cajamar

Ao ser iniciado um trabalho comunitário, os que proporcionam tal ação, visam e compreendem o sujeito como um participante ativo e dinâmico de sua realidade por meio de sua participação no planejamento e execução de estratégias no que diz respeito ao enfrentamento às suas demandas sociais, econômicas e políticas. Por outro lado, há dificuldade dos moradores em reconhecer-se como protagonistas e capazes de exigir do Poder Público uma solução que melhore suas condições de vida. Tal confronto, é visto evidentemente nos dois artigos científicos.